Doença, fé e missão: O jesuíta que ajudou a lançar os alicerces espirituais e culturais da nossa nação.
Os primeiros passos de um apóstolo
No dia 19 de março de 1534, nas proximidades de um vulcão na ilha canária de Tenerife, nasceu José de Anchieta.
Desde cedo, recebeu uma sólida educação cristã de seus pais, Mência Dias e Juan López. Foi com eles que aprendeu as primeiras letras e os primeiros passos da fé.
Aos 12 anos, foi enviado a Portugal para estudar no Colégio das Artes, em Coimbra, onde teve contato com a vida universitária europeia — cheia de encantos, mas também de perigos.
Ainda adolescente, consagrou-se inteiramente à Virgem Maria. Servia como coroinha e chegava a participar de até oito missas por dia.
Foi nessa mesma época que conheceu o carisma inflamado da recém-fundada Companhia de Jesus.
Inspirado pelos testemunhos dos primeiros missionários jesuítas, como Francisco Xavier, São José de Anchieta ingressou na Companhia aos 17 anos, com um coração pronto para evangelizar.
Uma enfermidade, uma missão
Pouco tempo após entrar para a vida religiosa, Anchieta começou a sofrer com fortes dores — sinais de uma provável tuberculose óssea.
Um diálogo com o Padre Simão Rodrigues marcou sua vocação para o sofrimento fecundo: ao ouvir que deveria aceitar sua condição com alegria se assim Deus quisesse, o jovem São José de Anchieta encontrou conforto.
Inspirado pelas cartas de missionários, foi enviado ao Brasil em 1553, aos 19 anos.
Ao desembarcar em Salvador, carregava consigo apenas a fé, a doença e uma sede de anunciar Cristo.
Aprendeu com rapidez o tupi e escreveu a primeira gramática da língua indígena, abrindo caminho para que outros missionários pudessem evangelizar com eficácia.
Sua atitude lembra a de outro grande santo: Padre Pio, que também sofreu fisicamente, mas soube transformar sua dor em intercessão e zelo pelas almas. Ambos nos ensinam que até mesmo a fraqueza, quando unida a Cristo, se torna instrumento poderoso de salvação.
Assim como Anchieta, que ofereceu sua enfermidade pela salvação dos povos da Terra de Santa Cruz, hoje, o Brasil precisa de almas dispostas a continuar esse legado.
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Poeta, refém e servo da Virgem
Em 1563, durante negociações de paz entre portugueses e tamoios, Anchieta se ofereceu como refém.
Foi em Iperoí, atual Ubatuba, que ele viveu momentos de extrema solidão e perigo. Sofreu ameaças, enfrentou tentações e sentiu o peso do isolamento.
Ali, prometeu compor de memória um poema sobre a Virgem Maria. Cumpriu sua promessa: quase seis mil versos narrando a história da Mãe de Deus.
São José de Anchieta também escreveu peças teatrais, cartas e gramáticas. É considerado o pai do teatro e da literatura brasileira — mas acima de tudo, foi um homem de profunda vida interior, marcada pela oração, pela obediência e pelo amor ao próximo.
Foi também professor, gramático, fundador de cidades, botânico e autor de importantes cartas para a história do país. Em tudo, manteve-se fiel à oração, à caridade e à confiança em Deus.
Morte de um pai, nascimento de um legado
Já nos últimos anos de sua vida, em Reritiba (atual Anchieta–ES), mesmo muito enfermo, não deixou de servir. Em seus derradeiros instantes, levantou-se para preparar um remédio a um companheiro doente.
Sofreu então um ataque e morreu em 9 de junho de 1597, aos 63 anos.
A comoção foi imediata. Aqueles que o conheciam choraram a perda de um verdadeiro pai.
Seu corpo foi levado a Vitória, onde foi sepultado sob aclamações do povo e do bispo Dom Bartolomeu: “Morreu o nosso pai. O que nos amava como filhos, o que deu a vida por nós”. Quase quatro séculos depois, foi canonizado pelo Papa Francisco em 2014 — o primeiro Papa jesuíta da história.
Milagres e intercessão contínua
Chamado de “pagé guaçu” e “caraibebé” pelos indígenas, Anchieta era considerado um homem sagrado.
Há testemunhos de levitações, luzes celestiais e músicas misteriosas durante suas orações, experiências semelhantes aquelas que encontramos na vida do Santo Padre Pio.
Animais selvagens lhe obedeciam. Muitos foram curados por sua intercessão — como o menino Estevão Machado, mudo de nascença, e o índio Suaçú, que voltou a andar após uma súplica fervorosa do santo.
Hoje, ele continua sendo invocado por muitos brasileiros que reconhecem nele um verdadeiro intercessor, profundamente unido à Virgem Maria e ao povo que amou até o fim.
Essa confiança, essa entrega silenciosa e cheia de frutos, continua viva em tantos corações católicos. Hoje, quando tantos abandonam a fé, o exemplo de São José de Anchieta é um convite claro: não desistir, mesmo na fraqueza.
O testemunho de São José de Anchieta é uma resposta clara ao nosso tempo: a fé só se preserva quando há coragem, sacrifício e amor pelas almas.
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