A Igreja celebra neste dia, a Virgem Maria na sua compaixão e nas suas sete dores que tiveram como ápice a Paixão e Morte do Seu Divino Filho. 

Celebramos a paciência e a força com que Nossa Senhora assistiu à crucifixão e morte de seu Filho deixando-se atravessar pela espada de dor que lhe profetizara o santo profeta Simeão. 

Esta festa, celebrada desde o século XIII na Ordem dos Servos de Maria, foi estendida a toda a Igreja pelo papa Pio VII, para comemorar sua libertação do cativeiro onde esteve sob o jugo de Napoleão Bonaparte, o ímpio imperador francês.

O Evangelho não nos diz que Maria Santíssima tivesse estado presente em nenhum dos gloriosos momentos da vida de Jesus, mas diz-nos, que ela estava presente aos pés da Cruz: 

“Perto da cruz de Jesus estavam de pé a sua mãe, a irmã de sua mãe, Maria de Cléofas e Maria Madalena” (Jo 19,25)

Ninguém a impediu de estar junto ao Seu Filho que estava sendo julgado e condenado, mas também Cristo não a chamou. É o Seu imenso amor que lhe dá coragem para estar lá. 

E foi permanecendo aos pés da cruz que ela uniu seus sofrimentos aos de seu filho pela salvação do mundo.

Isto faz com que Maria Santíssima mereça o título de “Corredentora do gênero humano” com justa razão.

Mas a Santíssima Virgem não tomou somente parte nas dores de Cristo durante sua Paixão.

Essa festa nos lembra ainda que a Virgem Santíssima, continua compadecente e participante da agonia de Cristo que, segundo Blaise Pascal, deverá durar até o fim do mundo. 

A recordação das Dores de Nossa Senhora para nós é um convite para agirmos tal e qual a Santíssima Virgem, participando ativamente da Redenção de Cristo, porque também nós somos chamados a fazê-lo. 

Esse é um dos convites que Ela fez em Fátima aos 3 pastorinhos e que eles aceitaram-no com grande generosidade, atitude essa que devemos imitar para consolar a grande dor que aflige o coração de Nosso Senhor e de sua Santíssima Mãe. 

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