De uma pequena inspiração no Brasil à oração de milhões em mais de 150 países, a devoção a São Miguel revela uma fé que reacende corações em tempos de escuridão espiritual.

A Força Espiritual que Brota do Brasil
Nos últimos anos, algo extraordinário tem acontecido no coração do Brasil.
Milhares de fiéis — e agora milhões ao redor do mundo — têm se voltado com fervor para São Miguel Arcanjo, o príncipe das milícias celestes.
A “Quaresma de São Miguel”, uma prática de 40 dias de oração e penitência que culmina em 29 de setembro, tornou-se um movimento de fé sem precedentes.
Neste ano, mais de quatro milhões de pessoas rezaram juntas o Rosário antes do amanhecer, unidas por plataformas digitais em um clamor global por proteção espiritual.
Essa devoção, impulsionada por dois religiosos católicos brasileiros, Frei Gilson e a Irmã Kelly Patrícia, atravessou fronteiras e reacendeu o sentido da batalha espiritual na vida cotidiana dos católicos.
Tradição Antiga que Renova a Fé
Embora tenha ganhado força recentemente, a devoção a São Miguel não é nova. Desde São Francisco de Assis, o Arcanjo é visto como protetor da Igreja e defensor da fé.
O Santo Padre Pio também fazia a Quaresma de São Miguel e recomendava aos seus filhos espirituais que a praticassem com fervor.
O bispo Dom Devair da Fonseca, da Diocese de Piracicaba, lembra que essa devoção “renova a esperança e a fortaleza da Igreja em tempos de secularização”.
Inspirado pela tradição italiana, ele consagrou sua diocese a São Miguel, trazendo uma imagem vinda de Monte Sant’Angelo, local onde o Arcanjo apareceu no século V.
“Em um mundo que tenta apagar os sinais do sobrenatural, São Miguel nos recorda que o mal é real. E que a vitória pertence a Deus”, afirmou o bispo.
Recentemente, em 12 de agosto, o Brasil foi consagrado a São Miguel Arcanjo, que o reconheceu como comandante espiritual da nação brasileira.
Um Combate que Envolve a Todos
Vivemos um tempo em que as famílias são atacadas e a fé é ridicularizada. São Miguel surge como um farol de esperança e força para os que permanecem fiéis a Cristo.
A devoção, profundamente enraizada na Sagrada Escritura, mostra São Miguel como o príncipe que defende o povo de Deus (cf. Dn 12,1) e aquele que vence o dragão no Apocalipse (cf. Ap 12,7).
O Padre Pio via neste Glorioso Arcanjo um aliado poderoso nas batalhas espirituais.
Por isso recomendava a seus filhos espirituais a invocação constante do Santo Arcanjo e a visita ao seu Santuário, que ficava próximo de San Giovanni Rotondo.
O Clamor que Ecoa nas Almas
A expansão dessa devoção responde a uma sede profunda do coração humano: o desejo de sentido, de proteção e de esperança.
Rezar a São Miguel é mais que uma tradição; é um ato de resistência contra a frieza espiritual e a indiferença moderna.
Por isso, cada vez mais famílias, paróquias e comunidades se unem em consagrações, formando verdadeiros exércitos de oração.
É uma resposta concreta a um mundo que parece esquecer Deus, mas que ainda clama mesmo sem saber por Sua presença.
Participe também dessa corrente de fé!
Acenda uma Vela a São Miguel Arcanjo e peça sua proteção sobre sua família e seus entes queridos.
“Quem como Deus?”
A Quaresma de São Miguel ensina que a vida cristã é, antes de tudo, um combate interior. Rezar é lutar.
É afirmar, todos os dias, junto com o Arcanjo: “Quem como Deus?” — uma declaração de fidelidade contra o orgulho, o egoísmo e o pecado.
Em meio a tantas incertezas, São Miguel continua a erguer sua espada em defesa das almas, lembrando à humanidade que a vitória já foi conquistada por Cristo.
Que, a exemplo do Papa Leão XIII e do Padre Pio, possamos rezar sempre: “São Miguel Arcanjo, defendei-nos no combate!”
Afinal, no mundo em que vivemos, essa súplica antiga é cada vez mais atual.
E não deixe de acender sua vela a São Miguel para fortalecer sua fé com o exemplo dos santos, especialmente do Poderoso Arcanjo, que jamais recuou diante das investidas do inimigo.



