Missionários espanhóis foram mortos por defender o matrimônio cristão e agora são reconhecidos como verdadeiros heróis da fé.

Os ecos da história nos trazem, mais uma vez, o testemunho impressionante de homens que, impelidos pelo amor a Cristo, entregaram suas vidas pela Verdade.
Em tempos de confusão moral, onde valores sagrados são relativizados, ressurge a luminosa lição dos cinco missionários franciscanos espanhóis martirizados no Novo Mundo por defenderem a santidade do matrimônio.
A Santa Sé reconheceu oficialmente o martírio destes bravos religiosos, que, em 1597, derramaram seu sangue na atual Geórgia, EUA, como autênticos soldados de Cristo.
O choque entre a verdade divina e os costumes pagãos
No alvorecer da evangelização das Américas, missionários espanhóis penetravam terras inexploradas com a missão de levar a luz do Evangelho a povos mergulhados em práticas pagãs.
Frei Pedro de Corpa, frei Blas Rodríguez, frei Miguel de Añón, frei Antonio de Badajóz e frei Francisco de Veráscola consagraram suas vidas a essa grandiosa missão.
O que motivou sua morte? A defesa intransigente do sacramento do matrimônio. Em suas pregações, ensinavam aos indígenas da tribo Guale a moral cristã, reprovando a poligamia e exortando-os à fidelidade conjugal.
A série de eventos que culminou no martírio dos cinco missionários começou quando Juanillo, um líder local convertido ao catolicismo, decidiu tomar uma segunda esposa, afrontando a doutrina que abraçara no batismo.
O testemunho de uma fé inabalável
O frei Pedro de Corpa, firme como uma rocha, teve a coragem de corrigir Juanillo, relembrando-lhe o compromisso que assumira ao ser batizado.
Esse ato de verdadeira caridade cristã despertou a fúria do indígena, que, tomado por uma ira cega, executou o missionário com golpes de machado.
O gesto covarde de Juanillo abriu caminho para uma onda de perseguição contra os demais frades. Frei Blas Rodríguez foi torturado e morto dias depois. Frei Miguel de Añón e frei Antonio de Badajóz celebraram a Santa Missa como se fosse sua última Ceia, e logo depois também foram mortos. Frei Francisco de Veráscola sofreu o mesmo destino, tombando sob o fio do machado pagão.
O sangue dos mártires e a lição para o presente
O martírio dos cinco franciscanos não pode ser visto apenas como uma narrativa histórica distante. Em uma época onde a própria instituição do matrimônio sofre ataques por todos os lados, a coragem desses servos de Deus ecoa como um chamado urgente: defender a santidade do casamento, mesmo diante de ameaças e perseguição.
Quantos hoje, dentro da própria Igreja, silenciam frente à dissolução da moral cristã? Quantos padres e bispos hesitam em proclamar com firmeza a indissolubilidade do matrimônio, temendo o julgamento do mundo?
Ao contrário, os mártires de Tolomato mostraram que a fé autêntica exige firmeza e que não se pode negociar com o erro sem trair a verdade divina.
O exemplo de Padre Pio: a mesma luta pela pureza do matrimônio
Não se pode deixar de lembrar de São Pio de Pietrelcina, que, assim como esses franciscanos, enfrentou oposição e incompreensão ao defender os preceitos da moral cristã.
Em suas confissões, ele não admitia condescendência com pecados graves, e sempre exortava seus filhos espirituais a se manterem fiéis à doutrina católica. Padre Pio sofreu pelo zelo com que guardava a verdade.
Assim como ele, os cinco franciscanos espanhois não hesitaram em dar sua vida pela santidade do matrimônio.
No fundo, o que se viu naquela selvagem revolta indígena de 1597 foi a manifestação de um mundo rebelado contra Deus, que não suporta que suas leis sejam respeitadas.
O que podemos fazer hoje?
A história nos mostra que os inimigos da verdade jamais descansarão. O que resta aos fiéis? Lutar! Manter-se firmes na oração, buscar sempre a santidade e ensinar a moral cristã sem medo de represálias. A coragem desses missionários deve nos inspirar a não aceitar o relativismo que tenta corromper a família e os valores fundamentais da Igreja.
Por isso, convidamos você a se aprofundar na vida dos mártires e pedir sua intercessão para os dias atuais.