Um chamado à santidade que atravessa os séculos e continua ecoando no coração da Igreja.

O sentido profundo da Festa de Todos os Santos
No dia 1º de novembro, a Igreja Católica enche-se de alegria para celebrar a Solenidade de Todos os Santos, uma das mais antigas e significativas do calendário litúrgico.
É o dia em que o Céu e a Terra se encontram, e a Igreja militante — nós, que ainda lutamos neste mundo — se une à Igreja triunfante, aquela formada por todos os santos, isto é, por aqueles que já alcançaram a glória eterna, não apenas os canonizados.
Essa celebração é também uma resposta cristã a antigas práticas pagãs.
Enquanto os povos celtas celebravam, na noite anterior (31 de outubro), rituais supersticiosos em que acreditavam que os espíritos vagavam pela terra — o chamado Halloween —, a Igreja propôs um contraponto luminoso: honrar os amigos de Deus que venceram o mal e vivem eternamente diante do Cordeiro.
Das catacumbas à glória do altar
Desde o século II, os cristãos já se reuniam para rezar por todos os santos e mártires que haviam entregado a vida por amor a Cristo.
Em meio às perseguições do Império Romano, os primeiros fiéis se escondiam nas catacumbas, onde celebravam a Eucaristia sobre os túmulos dos mártires.
Com o passar dos séculos, essa piedade se consolidou. No século VI, Roma passou a celebrar oficialmente essa memória.
Mais tarde, o Papa Gregório IV, no ano 835, transferiu a data para 1º de novembro, associando-a à véspera do Dia de Finados (2 de novembro).
A partir de então, o mundo cristão passou a celebrar “numa única solenidade, todos os Santos”, como reza a liturgia.
Uma multidão vestida de branco diante do Cordeiro
O livro do Apocalipse de São João descreve essa visão grandiosa:
“Depois disso, vi uma grande multidão que ninguém podia contar, de toda nação, tribo, povo e língua: estavam de pé diante do trono e do Cordeiro, vestidos de branco e com palmas nas mãos. (…) Estes são os que vieram da grande tribulação e lavaram suas vestes no sangue do Cordeiro.” (Ap 7,4.14)
Esses são os santos — conhecidos e desconhecidos — que lavaram suas vestes no sangue do Cordeiro.
O número simbólico de 144 mil representa a plenitude do povo de Deus: a totalidade dos que perseveraram na fé e agora vivem na glória.
Como mencionado acima, entre eles estão os santos canonizados pela Igreja — mais de 20 mil reconhecidos oficialmente — e também todos os anônimos que alcançaram a bem-aventurança eterna.
Como recorda o Catecismo da Igreja Católica:
“Pelo fato de os habitantes do Céu estarem unidos mais intimamente com Cristo, consolidam com mais firmeza na santidade toda a Igreja. Eles não deixam de interceder por nós junto ao Pai.” (§ 956)
Por isso, a Igreja recomenda aos pais que deem nomes de santos aos filhos, para que cresçam sob o exemplo e a proteção dos amigos de Deus.
E, entre esses amigos do Céu, está o Padre Pio — fiel servo de Cristo, intercessor das almas e guia para tantos fiéis neste combate espiritual.
Toque aqui e inscreva-se no grupo Filhos Protegidos do Padre Pio, para estar espiritualmente unido a ele e ser lembrado nas orações e Missas celebradas nas suas intenções.
Chamados à mesma santidade
A Festa de Todos os Santos não é apenas uma homenagem. É um convite pessoal e permanente: todos nós somos chamados à santidade.
O próprio Jesus nos exorta: “Sede perfeitos, como o vosso Pai celeste é perfeito” (Mt 5,48).
A marca de cada santo é a vivência das Bem-Aventuranças. Eles foram os pobres em espírito, os puros de coração, os misericordiosos e os perseguidos por causa da justiça.
Eles são o rosto de Nosso Senhor Jesus Cristo que vive em cada alma que se abandona à vontade divina.
Viveram o Evangelho até as últimas consequências, mostrando que a santidade é o destino comum de todos os batizados, e não privilégio de poucos.
Como ensina o santo patriarca Jó, “a vida do homem sobre a terra é um combate contínuo” (Jó 7,1), e esse combate só se vence pela fé vivificada pela caridade, sustentada pela graça e pela perseverança nas virtudes cristãs.
O progresso espiritual — pela oração, penitência, vida sacramental e renúncia — conduz à paz e à alegria prometidas por Cristo.
O Padre Pio, que carregou as chagas de Cristo e ofereceu o próprio sofrimento pelas almas, dizia com clareza: “A santidade consiste em fazer a vontade de Deus, seja qual for.”
Ele é, hoje, um espelho de como os santos continuam cuidando de nós e intercedendo junto a Deus — mesmo depois da morte.
Porque aqueles que já atingiram essa meta continuam a nos acompanhar do Céu, mostrando que a santidade é comunhão, não distância.
O auxílio dos santos e a esperança eterna
Na hora da morte, São Domingos de Gusmão dizia aos seus frades:
“Não choreis! Ser-vos-ei mais útil após a minha morte e ajudar-vos-ei mais eficazmente do que durante a minha vida.”
E Santa Teresinha do Menino Jesus completava: “Passarei meu Céu fazendo o bem sobre a Terra.”
Esses testemunhos revelam o quanto os santos permanecem vivos na comunhão da Igreja: eles intercedem, protegem e caminham conosco.
Celebrar Todos os Santos é reconhecer que o Céu está repleto de irmãos nossos que perseveraram na fé e agora louvam eternamente o Cordeiro.
Essa solenidade é um convite à conversão, um lembrete de esperança e uma prova de que a graça de Deus transforma qualquer alma disposta a fazer a Sua Vontade.
Que essa festa nos inspire a trilhar o mesmo caminho dos santos — na oração, na fidelidade e no amor — até que também nós possamos fazer parte dessa multidão vestida de branco diante do trono de Deus.
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