“Mesmo em meio ao sofrimento, devemos permanecer na Igreja”
A Igreja atravessa tempos de provação. O Cardeal Raymond Burke, com a clareza que lhe é peculiar, lança um alerta aos católicos: a crise que assola a fé exige de nós uma resposta firme, uma volta à tradição e à autêntica doutrina de Cristo.
Em uma recente entrevista, o Cardeal abordou os desafios da Igreja e da sociedade, reforçando que a solução não está em modismos doutrinários, mas na fidelidade inabalável à herança sagrada recebida dos Apóstolos.
O Perigo da Secularização e a Necessidade da Devoção
A fé, quando reduzida a um conceito abstrato, perde sua força transformadora. Para Burke, a espiritualidade autêntica se alimenta da devoção a Nossa Senhora e aos santos.
O prelado menciona a Novena em honra a Santa Maria de Guadalupe, que reuniu quase duzentas mil pessoas, como prova de que os fiéis ainda têm sede de Deus. Entretanto, essa sede precisa ser orientada para uma vivência católica plena, alicerçada nos sacramentos e na oração.
Sem a vida devocional, a fé se desfigura e cede espaço a ideologias passageiras. A perda da devoção após o Concílio Vaticano II, conforme observa Burke, contribuiu para o esvaziamento espiritual de muitos católicos.
A consequência? Uma sociedade que rejeita a oração, o matrimônio cristão e até a própria vida. A única resposta a essa desordem é uma restauração da fé verdadeira, vivida no dia a dia, sem concessões ao espírito do mundo.
O Sínodo e o Perigo da Ambiguidade
Em tempos de crise, a clareza é um dever. Burke alerta sobre os perigos da chamada “sinodalidade”. Sem uma definição precisa, o termo se tornou uma brecha para infiltrações que ameaçam a tradição da Igreja.
A tentativa de reabrir debates sobre o diaconato feminino, por exemplo, ignora séculos de ensinamento ininterrupto. Como bem destaca o cardeal, a Santa Igreja jamais ordenou mulheres, e tal questão não está aberta à discussão.
A confusão doutrinal gera desorientação e conduz à apostasia silenciosa de milhões de fiéis. A missão da Igreja não é agradar ao mundo, mas conduzir as almas à salvação. Diante das ambiguidades de nosso tempo, cabe aos católicos manterem-se vigilantes e fiéis à verdadeira doutrina.
A Perseguição à Missa Tradicional: Um Ataque à Fé?
Outro ponto que Burke ressalta é a crescente perseguição à Missa Tradicional. Desde o motu proprio Traditionis Custodes, fiéis de todo o mundo têm sido privados de uma das mais belas expressões da espiritualidade católica.
O cardeal denuncia que esse ataque à liturgia não é apenas disciplinar, mas parte de uma crise mais profunda, onde tenta-se apagar a identidade católica.
A Santa Missa, celebrada com reverência e obediência à Tradição, sempre foi alvo daqueles que desejam diluir a fé. Como bem sabemos, os inimigos da Igreja não temem tanto a instituição em si, mas sim sua alma: a Santa Eucaristia.
Qualquer tentativa de restringir a Missa de sempre é um golpe contra o coração da Igreja.
O Combate da Fé: Sair ou Permanecer?
Diante de tanta confusão, a tentação do desânimo surge para muitos. Alguns pensam em abandonar a barca de Pedro, buscando refúgio em grupos isolados. Mas Burke é categórico: a resposta não é fugir, mas lutar.
Assim como São Atanásio enfrentou a heresia ariana, também hoje somos chamados a combater o bom combate da fé.
A história da Igreja é marcada por crises. No entanto, sempre que os fiéis permaneceram firmes na verdade, a vitória de Cristo se manifestou.
Esse é o chamado dos nossos tempos: resistir, sustentar a chama da fé e manter-se fiel à Igreja, ainda que isso signifique sofrimento. Afinal, o próprio Cristo nos alertou: “No mundo, tereis tribulações; mas tende coragem: Eu venci o mundo” (Jo 16,33).
Um Chamado à Conversão
O Cardeal Burke nos recorda que a renovação da Igreja não virá de reuniões ou debates, mas da conversão pessoal. Cada católico é chamado a aprofundar sua vida de oração, a frequentar os sacramentos e a defender a verdade com coragem.
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