A Eucaristia: o mistério que o sustentava Padre Pio

Vivemos tempos sombrios, em que o mundo se debate entre a indiferença espiritual e o desprezo pelo sagrado.

Mas no coração da Igreja brilha, silenciosa e invencível, a luz da Sagrada Eucaristia.

Ali está Jesus Cristo presente — com Seu Corpo, Sangue, Alma e Divindade — sob as aparências do pão, oferecendo-Se como alimento das almas. Força dos santos e esperança de um mundo que, exausto, já não sabe onde repousar.

Neste artigo, contemplaremos como a presença eucarística sustentou gigantes da fé, como São Padre Pio.

A sede eucarística de Padre Pio

Padre Pio é uma das testemunhas mais eloquentes do amor apaixonado por Jesus na Eucaristia.

Em suas cartas, encontramos expressões quase inefáveis de desejo pelo Santíssimo Sacramento. Ele escreve:

“O que me atormenta mais é pensar em Jesus no Santíssimo Sacramento. […] Antes de recebê-Lo, tenho tanta fome e sede d’Ele que quase morro de desejo.”

Esse testemunho é comovente. Revela um coração abrasado pelo amor divino, que não se satisfaz nem mesmo depois de ter recebido o próprio Deus.

Em Padre Pio, vemos um reflexo dos santos que, ao receberem a Sagrada Comunhão, sentiam-se esmagados por tanta ternura.

Ao invés de aplacar o desejo, o encontro com Jesus o intensificava. Porque quanto mais se ama, mais se deseja.

São Pedro Julião Eymard: o apóstolo da Eucaristia

Para melhor entender o que vivia Padre Pio, é indispensável conhecer a figura de São Pedro Julião Eymard, o grande “apóstolo da Eucaristia”.

Fundador da Congregação do Santíssimo Sacramento, ele via na Eucaristia o ápice da vida cristã e o meio mais eficaz para a santificação das almas. Seu ensinamento é claro e vigoroso:

“A santa comunhão é o combate de Deus em nós contra a concupiscência, contra o espírito do mundo, contra o demônio que nossas más paixões continuamente invocam.”

Ele não falava de modo vago ou sentimental. Via a Eucaristia como instrumento concreto de batalha espiritual.

Por meio dela, o cristão é fortalecido para resistir às tentações, para crescer nas virtudes, para transformar-se gradualmente em outro Cristo.

“Na comunhão, é Jesus que se forma em nós e se torna nosso mestre, despertando em nós o amor por Ele e o desejo de imitá-Lo. […] Uma única comunhão bem feita pode tornar uma alma santa.”

É um pensamento que deveria ecoar em cada um de nós: que graça é receber Jesus!

E com que preparo devemos fazê-lo! Exame de consciência, contrição sincera, recolhimento, ação de graças…

São atitudes que os santos cultivaram com zelo, e que hoje devem ser resgatadas com urgência.

Quando não se pode comungar

Padre Pio, como bom pastor de almas, sabia que nem todos os fiéis têm acesso fácil e diário à Eucaristia. Por isso, escrevia à sua filha espiritual Maria Assunta di Tomaso:

“Quando você não puder ir pessoalmente, voe ao menos em espírito até o Tabernáculo. Expresse ali seus desejos ardentes. Fale, peça, abrace o Bem-Amado das almas, como se tivesse recebido sacramentalmente.”

Esse conselho vale para todos. A comunhão espiritual, feita com fervor, é fonte de graças reais.

É um ato de fé, de esperança e de amor. É um grito silencioso que sobe até o Céu e move o Coração de Jesus.

Se você sente que não caminha sozinho, se precisa de apoio espiritual e quer colocar sua vida sob a proteção de alguém que viveu intensamente a presença de Jesus na Eucaristia, junte-se aos Filhos Protegidos do Padre Pio.

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Preparação, disposição e frutos da Comunhão

A Igreja sempre ensinou que a disposição interior com que se comunga influi diretamente nos frutos espirituais que se colhem.

Não se trata de sentimentalismo, mas de abertura real da alma à ação de Deus. São Pedro Julião Eymard insistia nesse ponto:

“O sol do céu não distribui tantos raios quanto Jesus distribui graças ao comungante fervoroso.”

Quantos comungam sem saber quem recebem!

Quantos, infelizmente, aproximam-se da Eucaristia sem sequer se confessar!

Essa é uma tragédia de nossos tempos. E, por isso, deve-se fazer reparação.

A reparação eucarística: dever dos justos

A Sagrada Eucaristia, ultrajada por sacrílegos, esquecida por muitos, deve ser defendida pelos fiéis com mais adoração, mais visitas, mais comunhões bem feitas.

Essa é a verdadeira “militância eucarística”.

Não basta indignar-se com os abusos litúrgicos ou as profanações. É preciso responder com fervor, recolhimento, reverência.

Jesus pediu, em revelações reconhecidas, almas reparadoras. Almas que, como anjos, permaneçam em adoração para consolar o Coração Eucarístico do Salvador.

Viver da Eucaristia. Viver para Jesus

Muitos fiéis desejam receber Jesus para obter graças, consolo, cura, força. E isso é legítimo.

Mas os santos nos ensinam a dar um passo além: receber Jesus para servi-Lo, para amar por Ele, para reinar com Ele.

São Pedro Julião Eymard dizia:

“Viver de nosso Senhor é bom, mas viver para Ele é melhor.”

A alma que comunga com frequência e com profundidade deixa de buscar apenas o que recebe. Passa a perguntar: “Senhor, o que queres de mim?”

E então, como em um processo silencioso, Jesus vai tomando posse daquela alma. Vai purificando, iluminando, transformando, conduzindo-a ao abandono total nas mãos da Providência.

O sentido da delicadeza espiritual

O comungante fervoroso desenvolve, com o tempo, uma verdadeira “delicadeza de alma”, como explicava São Pedro Julião.

Ele começa a evitar não só o pecado, mas tudo o que pode entristecer o Coração de Jesus. Fica sensível às moções da graça. Aprende a ver o mundo com os olhos do Salvador.

Esse processo não acontece automaticamente. É fruto da frequência aos sacramentos, da oração silenciosa, da meditação da Paixão, e da generosidade contínua no cumprimento dos deveres de estado.

A Eucaristia é o Céu antecipado

Para o fiel que comunga bem, a Eucaristia é já uma antecipação do Céu.

Não por visões ou êxtases extraordinários, mas pela união interior com Aquele que é o Príncipe da Paz. Como dizia São Pedro Julião:

Viva para comungar, e comungue para viver santamente. Assim você dará glória a Nosso Senhor, e um dia Ele o beatificará para a eternidade.”

Na comunhão, Jesus traz consigo o Céu inteiro. O Pai, o Espírito Santo, a glória dos santos, os méritos da Cruz. Tudo se torna presente na alma que O recebe com fé.

E essa alma, transformada, torna-se testemunha de uma esperança que não decepciona.

O adorador como sentinela

O adorador é, hoje, uma sentinela.

Vigia enquanto muitos dormem.

Reza enquanto o mundo se agita.

Ama enquanto o ódio se espalha.

Ele é a última muralha da fé, o último bastião da reverência, o último altar aceso em meio à noite.

Padre Pio viveu para a Missa. São Pedro Julião dedicou a vida à adoração.

Cabe a nós dar continuidade a essa cadeia de fidelidade.

Ser adoradores. Ser reparadores. Ser comungantes fervorosos. Fazer da Eucaristia o centro da vida, e da vida uma preparação para a eternidade.

Pois enquanto houver almas que amem Jesus na Eucaristia, a Igreja continuará a resplandecer como luz nas trevas.

E o mundo, ainda que exausto, encontrará n’Ele o único repouso possível.

Se Padre Pio viveu para a Missa e tantos santos deram sua vida pela Eucaristia, o mínimo que podemos fazer é manter acesa essa chama.

Faça parte dos Filhos Protegidos do Padre Pio e ajude a manter viva a luz do amor eucarístico no mundo.

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