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Jacinta Marto, pastorinha de Fátima
🎶”Cantemos alegres a uma só voz, Francisco e Jacinto, rogai por nós!”🎶

Por José María Zavala

Na quarta-feira, 20 de Fevereiro, celebra-se o centenário da morte de Santa Jacinta Marto, uma das três videntes de Fátima, canonizada pelo papa Francisco em 2017.

No meu livro “O Quarto Vidente de Fátima”, publicado por Martínez Roca, motivado pelo centenário, conto com todos os detalhes as últimas horas da pastorinha.

Era 20 de fevereiro de 1920, primeira quarta-feira da Quaresma, quando Jacinta já se debatia entre a vida e a morte.

 A Virgem de Fátima tinha-lhe revelado o dia exato de sua morte, razão pela qual ela, com apenas noves anos, insistia em pedir com urgência junto a si a presença do Padre Manuel Nunes Formigão, nessa mesma noite.

Não é em vão que sua prima Lúcia deixou escrito de próprio punho e letra: “De Lisboa, Jacinta me fez chegar o recado de que Nossa Senhora já lhe havia dito o dia e a hora em que morreria.”

Jacinta Marto já tinha avisado a enfermeira às seis da tarde do dia 20 de fevereiro, insistindo que como iria morrer essa mesma noite, desejava  receber os últimos sacramentos, embora tivesse se confessado e comungado pouco antes de sua entrada no hospital.

O padre Pereira dos Reis deu-lhe a absolvição por volta das oito da noite e prometeu-lhe levar a Comunhão no dia seguinte, convencido de que a menina, por mais que repetisse que estava prestes a morrer, seguiria ainda viva no dia seguinte.

O pároco conhecia a opinião unânime dos médicos sobre o feliz desenlace da operação, mas era evidente que a Virgem sabia muito mais do que todos eles.

 

Prova árdua: a cirurgia

Dias antes, em 10 de fevereiro de 1920, a pequena havia sofrido horrores nas mãos dos cirurgiões.

Seu corpinho desnudo se submeteu indefeso, ante sua impotente vergonha, ao rigoroso bisturi do doutor Leonardo de Castro Freire, médico chefe do hospital e um dos mais acreditados cirurgiões pediatras, assistido pelo doutor Elvas.

A extrema debilidade de Jacinta havia impedido o anestesista de administrar o clorofórmio obrigatório, substituindo finalmente por uma sedação local;

de modo que a menina teve que padecer resignada a terrível humilhação para ela de se ver nua e observada ante ao grande foco da sala de cirurgia em meio a um monte de estranhos enfiados em jalecos brancos.

A madre Godinho presenciou toda a operação e dava testemunho dessa permanente turbação que fez verter muitas lágrimas da pequena, enquanto permanecia indefesa à mercê dos cirurgiões.

Do lado esquerdo lhe extraíram duas costelas; a ferida era tão grande que cabia um punho inteiro que se conseguia apalpar suas entranhas.

O diagnóstico não era menos edificante: “Pleurisia purulenta, com uma grande cavidade do lado esquerdo, fistulosa; e osteítes das costelas sétima e oitava do mesmo lado.

A enfermeira Leonor da Assunção, que não era crente, disse a sua companheira Mariana Reto Mendes que a vidente sofreu o corte das duas costelas e que lhe logo aplicaram algumas bandagens com uma solução de Dakin;

isso é, uma fórmula diluída de hipoclorito de sódio e outros ingredientes estabilizadores, empregada tradicionalmente como antisséptico.

“Esse tipo de bandagem queima muito e é muito dolorosa. Mas Jacinta nunca se queixava”, comentava a enfermeira.

Consumida pelo bacilo de Koch, Jacinta padecia seu próprio Gólgota, ingressa desde o dia 02 de fevereiro de 1920, festividade da Purificação, no hospital de D. Estefânia.

Em nada lembrava a moribunda a descrição que sua prima Lúcia havia feito dela com seis anos:

“bem desenvolvida, de natureza robusta, mais delgada que gorda, de cor queimada pelo ar e pelo sol da serra. Olhos grandes e castanhos, muito vivos, protegidos por grandes sobrancelhas e cílios negros; olhar doce e terno e, ao mesmo tempo, vivo.”

A Virgem já lhe tinha avisado do grande sofrimento que lhe esperava para salvar almas.

Semanas antes, faltou a Jacinta tempo para confidenciar-se assim com Lúcia:

“Me disse – explicou ela, em alusão a Virgem – que irei a Lisboa, para outro hospital; que já não voltarei a te ver como tão pouco a meus pais, e que depois de sofrer muito, morrerei sozinha. Mas acrescentou que não tenha medo, porque Ela virá me levar para o Céu.”

E assim foi.

Fonte: Larazon.es

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