Papa Leão XIV em Genazzano: um gesto profético sob o olhar da Mãe do Bom Conselho

Foi por sua expressa vontade que, neste último sábado, o Papa Leão XIV se dirigiu ao Santuário de Nossa Senhora do Bom Conselho, em Genazzano.

Uma visita histórica que ecoa em Fátima

A decisão não partiu de um protocolo oficial, nem de um gesto agendado por assessores.

Partiu do coração de um Papa que, em meio às trevas do nosso tempo, desejou colocar-se como simples filho aos pés da Mãe e confiar seu pontificado à proteção da Mãe do Bom Conselho.

O Santuário de Genazzano está sob os cuidados da Ordem de Santo Agostinho desde os seus primórdios.

Essa ligação torna ainda mais significativa a visita do Papa Leão XIV, ele próprio membro da família agostiniana.

Como filho espiritual de Santo Agostinho, o Santo Padre quis honrar o templo confiado à sua Ordem e venerar, como devoto, a imagem que ali se conserva há séculos.

Diante da imagem milagrosa da Virgem Santíssima — suspensa como por mãos invisíveis sobre a parede lateral da igreja — o Sumo Pontífice ajoelhou-se em silêncio.

Tinha no coração a Igreja. Tinha diante dos olhos a Senhora do Bom Conselho.

Este gesto, singelo na aparência, mas profundo no alcance, tem um significado que ultrapassa a piedade pessoal do Pontífice.

É, de fato, um gesto profético. Uma súplica ao Céu. Uma proclamação silenciosa de que a Igreja reconhece, acima de todas as crises, o papel soberano de Maria: Mãe, Guia e Conselheira da humanidade.

Neste artigo, apresentamos ao leitor o sentido profundo dessa visita, a história do Santuário de Genazzano e da imagem da Mãe do Bom Conselho, e a ligação íntima entre esse acontecimento e a Mensagem de Fátima.

A origem milagrosa da imagem de Genazzano

Em 1467, na cidade italiana de Genazzano, um prodígio mariano comoveu toda a cristandade.

No dia 25 de abril, durante a festa de São Marcos, uma nuvem branca e luminosa desceu dos céus e pousou sobre uma das paredes da igreja dos agostinianos, em reformas.

Quando a nuvem se dissipou, revelou-se uma imagem belíssima da Virgem Maria com o Menino Jesus nos braços.

Uma pintura que parecia pairar sobre a parede, sem apoio nem moldura, como se fosse sustentada por mãos invisíveis.

A devoção rapidamente se espalhou, pois não se tratava de uma imagem qualquer.

Era o ícone desaparecido da cidade de Scutari, na Albânia, cuja população havia visto, atônita, a imagem libertar-se da parede da igreja e elevar-se aos céus durante uma celebração, envolta na mesma nuvem luminosa.

Dois fiéis albaneses, Giorgio e De Sclavis, seguiram a nuvem por uma viagem extraordinária até chegarem a Genazzano, onde reconheceram a imagem milagrosa.

Assim começava a devoção a Nossa Senhora do Bom Conselho, que desde então atraiu incontáveis peregrinos, recebeu a visita de santos e tornou-se símbolo de orientação sobrenatural.

A ação de Petruccia Noteria: instrumento da Providência

Vale destacar que a capela onde a imagem apareceu estava em ruínas e vinha sendo restaurada por uma mulher idosa e piedosa, Petruccia Noteria.

Sem recursos materiais, ela usava o pouco que tinha para reconstruí-la, confiante de que Nossa Senhora proveria o restante.

Quando os recursos acabaram e os moradores zombavam de sua fé, veio o milagre da aparição.

Petruccia tornou-se, assim, símbolo da confiança total na Providência Divina e da fé que atrai os prodígios do Céu.

Leão XIII e o vínculo pontifício com Genazzano

Entre os Papas que mais fomentaram essa devoção destaca-se Leão XIII, autor da oração oficial a Nossa Senhora do Bom Conselho e grande promotor do Rosário como arma contra os erros modernos.

Foi ele quem incluiu o título da Mãe do Bom Conselho nas Ladainhas Lauretanas e reafirmou, em seus documentos, o papel insubstituível de Maria na defesa da Igreja.

Não por acaso, o atual Pontífice, Leão XIV, escolheu esse nome como sinal de continuidade espiritual.

Ao visitar Genazzano, ele se coloca na mesma linha de combate mariano, reafirmando que o conselho da Virgem é remédio seguro para os males de nosso tempo.

Uma Igreja cercada de trevas, um Papa que busca luz

Vivemos uma época de intensa confusão doutrinária, relativismo moral e apostasias veladas.

A autoridade é constantemente minada; o espírito revolucionário infiltra-se até mesmo em ambientes sagrados.

Contra tudo isso, Leão XIV não respondeu com discursos diplomáticos ou estratégias humanas: ele buscou a Mãe, buscou Nossa Senhora.

Na visita silenciosa ao santuário, havia um pedido oculto: “Mãe, aconselhai-nos. Mostrai à Igreja o que fazer. Iluminai o caminho.”

Porque hoje, como nunca, a Igreja precisa de direção.

A doutrina do Bom Conselho: Maria como guia dos últimos tempos

A devoção à Mãe do Bom Conselho carrega um conteúdo doutrinal profundo.

Não se trata apenas de um título afetuoso, mas de uma realidade espiritual: Maria é aquela que, por vontade de Deus, tem uma missão ativa na condução das almas.

A Igreja a invoca como “Sede da Sabedoria” e “Rainha dos Profetas”.

São Bernardo, no século XII, dizia que quem segue Maria não se perde, quem reza a Ela não desespera.

Santos como São Luís Grignion de Montfort e o Beato Palau profetizaram que nos tempos finais Maria seria conhecida e honrada como nunca antes.

Ela seria a guia dos justos, a estrela da manhã que precede o triunfo de Cristo.

É por isso que tantos fiéis mantêm, em seus lares, uma Estampa de Nossa Senhora de Fátima abençoada — como sinal visível dessa presença materna que orienta e protege.
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A ponte entre Genazzano e Fátima

À primeira vista, Genazzano e Fátima parecem distantes: uma imagem silenciosa na Itália do século XV e aparições apocalípticas em Portugal no século XX.

Mas ambas convergem numa mesma mensagem: Maria é a conselheira dos pecadores e a advertência contra os perigos que ameaçam o mundo.

Em Fátima, Nossa Senhora alertou sobre o inferno, a perda da fé, os erros do comunismo e os castigos que cairiam sobre o mundo se não houvesse conversão.

Ela pediu oração, penitência e consagração ao seu Imaculado Coração.

Genazzano, sem palavras, proclama o mesmo: a imagem da Mãe com o Filho nos braços olha para o fiel com firmeza e doçura, convidando-o a obedecer a Cristo.

“Fazei tudo o que Ele vos disser”, é o eco silencioso que atravessa os séculos.

O Rosário, elo entre as mensagens

Tanto em Fátima quanto em Genazzano, o Rosário aparece como chave.

Leão XIII e Leão XIV o promovem como oração privilegiada. Em Fátima, Maria o pede a cada aparição.

O Rosário é o fio que liga a confiança ao conselho, a súplica à resposta.

Rezar o Rosário é, de certo modo, entrar em sintonia com o conselho da Mãe.

Através dele, Ela guia, protege e forma os corações.

As maiores graças de Fátima, os milagres de Genazzano, e os frutos espirituais na história da Igreja estão sempre ligados a essa devoção.

O olhar profético de Maria: entre silêncio e advertência

A imagem de Genazzano impressiona não apenas pela sua origem misteriosa, mas pelo olhar da Mãe.

Não há gritos nem lágrimas. Há silêncio. Um silêncio que ensina, que aconselha, que chama à reflexão.

É o mesmo olhar que encontramos em Fátima: um olhar que penetra o coração, que exorta à mudança, que suplica por oração e reparação.

Na era do ruído e da confusão, o silêncio da Mãe torna-se ainda mais eloquente.

Ela não compete com os discursos do mundo, mas brilha com uma autoridade própria.

Ela não impõe, mas convence. Não ameaça, mas alerta. Não acusa, mas convida.

Conclusão: Onde Maria guia, Pedro não naufraga

Ao final da visita, o Papa teria resumido sua confiança com palavras que ecoam no coração dos fiéis: onde Maria guia, Pedro permanece firme.”

A mensagem transmitida pela visita do Papa Leão XIV a Genazzano pode ser resumida assim: confiar-se à orientação de Maria é assegurar firmeza à barca de Pedro.

Trata-se de uma ideia que, por si só, poderia inspirar um programa de pontificado, um grito de fé e uma proclamação mariana.

Se a Igreja — clero, leigos, religiosos — escutar o Bom Conselho da Mãe, então as portas do inferno não prevalecerão.

Se seguir seus conselhos, resistirá à tormenta.

Se confiar em sua intercessão, triunfará.

Por isso, o gesto do Papa é mais do que simbólico: é um chamado universal.

Como os pastorinhos de Fátima, como os peregrinos de Genazzano, como tantos santos ao longo dos séculos, somos convidados a fazer o mesmo:

Ajoelhar-se diante da Mãe, escutar o seu silêncio, acolher seu conselho, e, como filhos fiéis, dizer:

“Eis-me aqui, ó Mãe. Mostrai-me o caminho.”

Pois quando Maria guia, tudo o mais se ordena.

Quando Ela fala, o erro se cala.

Quando Ela aconselha, os corações se iluminam.

E quando Ela intervém, mesmo as trevas mais densas se dissipam diante da luz do seu Filho.

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