A cura de Bruno e o testemunho de fé de uma mãe.
No último dia 16 de junho, a Igreja celebrou a memória litúrgica do Beato Pe. Donizetti Tavares de Lima, sacerdote brasileiro cuja vida foi marcada por uma fidelidade inquebrantável à doutrina católica, zelo incansável pelas almas e ardente caridade com os pobres.
A beatificação de Padre Donizetti foi oficialmente celebrada em 23 de novembro de 2019, em Tambaú (SP), cidade onde ele viveu a maior parte de seu ministério.
A cerimônia, presidida pelo cardeal Giovanni Angelo Becciu, em nome do Papa Francisco, consagrou publicamente a fama de santidade que o povo já reconhecia há décadas.
A trajetória de um sacerdote fiel
Nascido em 1882 na cidade mineira de Cássia, Padre Donizetti foi ordenado sacerdote em 1908, na Diocese de Pouso Alegre.
Após passagens por diversas paróquias, estabeleceu-se em Tambaú, interior de São Paulo, em 1926, onde permaneceu até sua morte, em 16 de junho de 1961.
Seu estilo de vida era marcado por profunda humildade e despojamento: dormia no chão, comia de maneira frugal, usava sempre a mesma batina remendada e doava tudo o que recebia aos mais necessitados.
Fundou instituições voltadas à assistência dos pobres, como o Asilo São Vicente de Paulo e a Associação de Proteção à Maternidade e à Infância.
Também incentivou iniciativas católicas como a Congregação Mariana e o Círculo Operário Tambauense.
Era um sacerdote que vivia segundo o Evangelho: amava profundamente a Eucaristia, a confissão, promovia a devoção ao Sagrado Coração de Jesus e a Nossa Senhora Aparecida.
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Sua fama de santidade cresceu ainda em vida, com inúmeros relatos de curas, bilocações e até fenômenos místicos durante a celebração da Missa.
Um dos casos mais comentados foi a súbita interrupção de uma tempestade durante uma procissão, em resposta à sua oração.
Mas foi um milagre ocorrido décadas depois de sua morte que levou a Igreja a reconhecê-lo oficialmente como beato: a cura inexplicável de um menino chamado Bruno Henrique Arruda de Oliveira.
Uma infância marcada pela dor e pela esperança
Em 2006, nasceu na cidade de Casa Branca (SP), a apenas 36 km de Tambaú, o pequeno Bruno Henrique, diagnosticado com uma grave deformidade conhecida como “pé torto congênito bilateral”.
Essa condição afeta severamente a estrutura dos pés e compromete a capacidade de andar, sendo geralmente tratada com gessos, botas ortopédicas e cirurgias dolorosas. Ainda assim, muitas vezes com sequelas permanentes.
Desde os primeiros dias de vida, a mãe de Bruno, Margarete Arruda de Oliveira, percebeu que algo não estava certo.
À medida que o menino crescia, a deformidade se tornava mais evidente: ele não conseguia pisar com as solas dos pés, andava com os lados e tinha as pernas arqueadas. O diagnóstico médico era desanimador.
Apegando-se à fé, Margarete recorreu ao Padre Donizetti, de quem já conhecia a reputação de santidade.
Certa noite, desesperada, colocou o filho em pé sobre a mesa da cozinha, tentando endireitar os pés com as próprias mãos. Sem sucesso, chorou copiosamente e fez uma prece comovente:
“Por favor, Santo Padre Donizetti, tenha piedade desta vossa filha que vos clama. Me ajude: cure o meu filho, cura os pés dele… Intercede por mim junto a Nossa Senhora Aparecida.
“Se o senhor atender o meu pedido, prometo ir até a sua casa em Tambaú e levar o sapatinho do meu filho como testemunho do seu poder junto à Mãe de Deus e a Jesus.”
Em seguida, Margarete colocou Bruno para dormir.
No dia seguinte, repetiu o gesto de colocá-lo sobre a mesa. E teve uma surpresa que jamais esqueceria: o menino pisava corretamente, com os pés retos e as solas totalmente apoiadas na superfície.
As pernas ainda estavam arqueadas, mas os pés, antes deformados, estavam perfeitos.
A confirmação médica: “Foi Deus”
A cura visível encheu a casa de alegria e esperança, mas Margarete sabia que precisava da palavra final da medicina.
Levada ao ortopedista Dr. José Elias com todos os exames anteriores em mãos, ela assistiu em silêncio enquanto o médico examinava cuidadosamente os pés de Bruno.
Após alguns minutos de perplexidade, o médico lhe dirigiu uma pergunta inesperada:
— Você acredita em Deus?
— Sim — respondeu Margarete.
— Então agradeça, porque foi Ele. Seu filho está completamente normal!
A cura foi completa, sem necessidade de cirurgia ou qualquer tratamento invasivo. E, o mais impressionante: sem deixar nenhuma sequela.
O reconhecimento da Igreja
O caso foi então submetido à Congregação para a Causa dos Santos, que deu início ao processo de análise do suposto milagre.
A primeira etapa foi a Consulta Médica, composta por especialistas independentes, que emitiram um parecer unânime: a cura foi instantânea, completa, duradoura e inexplicável à luz da medicina atual.
Depois, o caso foi analisado por uma comissão de teólogos, que confirmou o caráter sobrenatural da cura e a sua vinculação com a intercessão do Venerável Padre Donizetti.
Por fim, o Congresso dos Cardeais e Bispos aprovou o milagre, e o Papa Francisco promulgou o decreto autorizando sua beatificação.
A cerimônia solene ocorreu em Tambaú, no dia 23 de novembro de 2019, com a presença de Margarete, Bruno e toda a família, testemunhas vivas de uma graça extraordinária.
Um sinal do Céu para nossos tempos
O milagre da cura de Bruno não é apenas um fato extraordinário; é um sinal de Deus para os tempos atuais.
Mostra que o Céu se inclina com ternura diante do sofrimento humano e que a intercessão dos santos continua viva e eficaz.
A oração de uma mãe, feita com lágrimas e confiança, foi atendida por um sacerdote que dedicou a vida inteira aos pobres, aos doentes e à fidelidade à Igreja.
A santidade de Padre Donizetti, já percebida pelo povo simples, foi confirmada pela autoridade da Igreja com o selo do milagre.
Um chamado à confiança e à fé
O Beato Donizetti é um exemplo luminoso de sacerdote segundo o Coração de Jesus.
Sua vida une três virtudes fundamentais: fé inabalável, caridade operosa e obediência filial à Igreja.
A cura de Bruno é apenas um entre tantos sinais que continuam a surgir em torno de sua figura.
E o maior deles é este: mostrar-nos que, mesmo em tempos difíceis, Deus não abandona seu povo.
Peçamos ao Beato Donizetti que interceda por nossas famílias, pelos doentes e pela Igreja, para que jamais nos faltem a fé, a esperança e a caridade.
Você pode ser instrumento dessa esperança, assim como foi Margarete ao confiar em Deus.
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Respostas de 3
Padre Donizete intercedei por minhas intenções e súplicas. Pelos meus filhos, noras, genros e netos. Meu esposo Francisco e minha família
Gratidão, pelo meu pai, KanYiti Toda, ao padre Donizete de Tambaú e pela fé a Nossa Senhora Aparecida.
Gratidão, pelo meu pai ao padre Donizete de Tambau e pela fé em Nossa Senhora Aparecida.