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O Carnaval está ai: como um Católico deve agir? Saiba aqui.

“Sob pretexto de cultuar a alegria, o carnaval trai a alegria”

Um antigo ditado popular diz que “quem muito ri, termina chorando”. No tempo do carnaval, que se apresenta como uma festa da “alegria”, não é difícil perceber o quão cheias de sabedoria são essas palavras.

Basta pensar nas inúmeras vezes em que, depois de uma festa tão cheia de prazeres, experimentamos uma profunda tristeza e vazio de sentido. Tal efeito se explica pelo gênero de alegrias que vivemos, pois certos tipos de prazeres são naturalmente efêmeros e deixam a pessoa com a mesma rapidez com que aparecem.

“Agora venha comigo, vamos à igreja rezar por esses infelizes que, lá fora, julgam que têm o direito de ofender a Deus livremente por ser tempo de carnaval.” São Pedro Claver.

O carnaval é, do mesmo modo, um divertimento próprio da carne e, em razão disso, não deixa de ser um remédio para as tristezas. Santo Tomás de Aquino, entretanto, adverte que

“certos prazeres causam a tristeza, pois, como diz Aristóteles, o mau se entristece porque se deleitou” (I-II, q. 38, a. 1).

Os prazeres da folia passam, deixando apenas lembranças nostálgicas, de modo que a tristeza volta como o elástico de um estilingue. E a pessoa fica ainda mais triste que antes.

Em verdade, que é a alegria carnavalesca?

Embriaguez de álcool, embriaguez de éter, embriaguez de ritmo, em suma, a completa desordem do sistema nervoso, alucinação de pessoas que desejam fugir de si mesmas, porque em si mesmas morrerão de tédio ou de náusea.

Para uma humanidade falsificada, idiotizada, brutalizada, que detesta a sua alma e não quer contemplar a sua própria face, só mesmo uma alegria falsificada: o carnaval é inumano […].

Desde que as calamidades são consequências dos pecados, façamos penitência e, muito especialmente, afastemos as causas dos pecados, a fim de que Deus se compadeça de nós.

“Ai do mundo por causa dos escândalos […], mas ai do homem que os causa”. São Mateus – 18, 7

A origem de todo o mal

Entretanto, com grande pena, vemos muitos homens afastando-se das Doutrina de Cristo, fonte única de paz e salvação, para se atirarem à franca apostasia, em busca de uma falsa felicidade!

Santo Afonso Maria de Ligório escreve: porquanto os pecadores, nestes dias mais do que em outros tempos, lhe renovam os ultrajes descritos no Evangelho. Nestes tristes dias os cristãos, e quiçá entre eles alguns dos mais favorecidos, trairão, como Judas, o seu divino Mestre e o entregarão nas mãos do demônio.

É por causa dessa moderna e errada orientação formada no Evangelho, que o mundo atordoado e sem norte caminha do mal a pior!

Os homens, pelo seu orgulho, pelos seus pecados e desmandos, no passado pensaram como hoje: julgaram estupidamente que podiam passar sem Deus!

E a história de então conta-nos o que foi o dilúvio, que, como irresistível castigo, afogou a humanidade com exceção de Noé e sua família!

Infelizmente hoje, como outrora, os homens, sob o domínio de doutrinas anticristãs, contribuem por um descomedido amor à riqueza e escravos do mais vil sensualismo, num incessante combate de morte à Igreja, querem negar o próprio Deus!

Pura desgraça e confusão dos homens, aí estão os povos se castigando pelas próprias mãos, dominados por maus governos, obrigados a leis perniciosas e entregues ao ódio.

Depois de tanta calamidade que estamos presenciando, já é tempo de se proclamar a falência das muitas panacéias inventadas por uma ciência vã, por políticos interesseiros e por governos sem Deus!

Ou os homens se voltam já para as Deus, seduzidos pela bondade do seu coração, como pela beleza de sua doutrina, ou mais e mais desgraças chamarão sobre suas cabeças.

A Verdadeira Alegria

A forma mais excelente de se mitigar a tristeza é, segundo Santo Tomás, a contemplação da verdade, porque trata dos bens superiores.

Na história da conversão de Santo Inácio de Loyola, essa distinção aparece de maneira irrefutável.

São Vicente Ferrer: “O carnaval é um tempo infelicíssimo, no qual os cristãos cometem pecados sobre pecados, e correm à rédea solta para a perdição.”

Santo Inácio teve ocasião de meditar sobre os prazeres mundanos e a felicidade eterna, quando este pensava nas coisas do mundo, sentia um grande prazer, mas quando depois de cansado as deixava, sentia-se descontente.

Por outro lado, quando pensava em ir a Jerusalém, descalço e comendo só ervas, e em fazer todos os maiores rigores que os santos fizeram, não só sentia consolação quando estava nesses pensamentos, mas também depois de os deixar, ficava contente e alegre.

Compreendeu então por experiência que de uns pensamentos ficava triste e de outros alegre, e pouco a pouco veio a conhecer a diversidade dos espíritos que se agitavam: um do demônio e o outro de Deus (Autobiografia, I, n. 8).

Ele viu que “é próprio do anjo mau” disfarçar-se de anjo de luz, “trazendo a alma aos seus enganos encobertos e perversas intenções” (Exercícios Espirituais, III, n. 332).

O diabo coloca prazeres aparentes que vão de pecado mortal em pecado mortal, na proporção de uma falsa alegria cada vez maior, para que assim haja também uma tristeza maior.

No caso de Deus, porém, Santo Inácio percebeu que o bom espírito age de modo contrário, picando e mordendo a consciência.

“…os dias de Carnaval são sacramentais de satanás, sinais visíveis daquilo que o demônio faz com os filhos da Luz.” Santo Agostinho.

No carnaval, nossa alma é totalmente instigada não pelo espírito bom, mas pelo espírito maligno que atiça os apetites sensíveis. As pessoas entregam-se como bestas ao alimento carnal.

Se a imprensa fosse honesta, essa festa jamais seria exaltada. Afinal, ela não são capazes de saciar a sede do coração humano, porque não respondem aos desejos mais íntimos da alma. 

É nosso dever fugir das distrações mundanas para que a luz da graça se mantenha sempre acesa em nós e, assim, possamos enxergar com clareza as verdades eternas.

No fim das contas, é essa fuga do mundo o verdadeiro carnaval, o adeus à carne.

Empenhemo-nos assim também, para que sejamos árvores de bons frutos, frutos que duram para sempre.

Fontes: Adaptado https://padrepauloricardo.org/,  Excertos do artigo de Plinio Corrêa de Oliveira, publicado no “Legionário” de 28 de fevereiro de 1943, Nº 551, p. 2.

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