O mundo está à beira do colapso ou há razões para esperança?
A cada dia, os noticiários estampam manchetes que desenham um cenário desolador. Violência, corrupção, perseguições à fé, famílias desfeitas, desordem e caos moral. Diante de tal quadro, qual postura devemos adotar? Devemos vestir o véu do otimismo e crer que tudo melhorará? Ou nos rendermos ao pessimismo e ao desespero? Nenhum dos dois. O realismo é a única posição sensata.
O erro de enxergar a realidade com lentes distorcidas
O otimista ingênuo tenta ver um mundo colorido onde há apenas sombras. Ele se ilude, como um médico que, por medo de alarmar o paciente, oculta a gravidade de sua enfermidade.
Já o pessimista enxerga tudo com um viés fatalista, como se não houvesse solução possível. Ambos erram, pois interpretam a realidade de maneira deformada.
O realista, por outro lado, encara os fatos como eles são. Se a situação é boa, reconhece-a como tal. Se é má, não a disfarça com palavras suaves. Ele não se contenta com esperanças vãs, mas se pergunta: qual é a raiz do problema? Qual o caminho para a solução?
A sociedade moderna e suas escolhas
Se olharmos para o nosso tempo e o analisarmos à luz da doutrina católica, encontraremos a resposta com clareza. Quais frutos predominam na sociedade atual? Os frutos do Espírito Santo, como caridade, paz, paciência e pureza? Ou as obras da carne, descritas por São Paulo: idolatria, fornicação, inveja, embriaguez, heresias e ódio?
O que é mais visível? O avanço da virtude ou a disseminação da depravação? A exaltação do bem ou a consagração do vício? Se quisermos ser honestos, reconheceremos que o mundo atual está longe de ser cristão.
Ele abandonou os valores do Evangelho e entregou-se a um caminho de decadência, tal como aconteceu com Roma antes da queda do Império.
A destruição da civilização e o perigo iminente
Diante do curso dos acontecimentos, podemos prever um destino sombrio para a civilização ocidental. Em todas as épocas, quando os homens desafiaram a ordem divina e se afundaram no pecado, a resposta veio na forma de grandes castigos.
Sodoma foi consumida pelo fogo. Babilônia foi reduzida a ruínas. O dilúvio varreu da terra uma geração depravada.
Por que seria diferente em nossos tempos? Quando as nações aprovam leis contrárias à Lei de Deus, quando o nome de Nosso Senhor é escarnecido nos parlamentos, nas universidades e até em púlpitos, quando os lares cristãos se dissolvem e a fé se apaga… O que podemos esperar senão a justa ira divina?
A esperança está no triunfo do Imaculado Coração de Maria
Se as perspectivas humanas parecem sombrias, a história nos ensina que Deus jamais abandona Seu povo. Quando o mal chega ao ápice, a graça age de forma inesperada. E hoje, mais do que nunca, os sinais dessa intervenção são visíveis.
Desde as aparições de Fátima, a Virgem Santíssima nos alertou para os tempos difíceis que viriam, mas também nos deu a certeza de um triunfo. “Por fim, o meu Imaculado Coração triunfará”, disse Ela aos pastorinhos.
Assim como outrora salvou a Cristandade nas batalhas contra os inimigos da fé, Maria Santíssima intervirá novamente, conduzindo a Igreja a uma nova era de glória.
Padre Pio, esse gigante da santidade, sempre enfatizou a necessidade de recorrermos a Nossa Senhora em tempos difíceis. Ele próprio, alvo de perseguições e incompreensões, jamais perdeu a confiança na Providência Divina.
Para ele, como para todos os santos, não havia espaço para ilusões otimistas nem para desesperos pessimistas, mas sim para uma fé inquebrantável na vitória final de Deus.
O que devemos fazer?
Diante desse panorama, a resposta é clara: precisamos nos alistar no exército de Maria Santíssima. A batalha é espiritual, e as armas são a oração, a penitência e a fidelidade à verdadeira doutrina. O inimigo é astuto e poderoso, mas nossa Rainha já decretou sua derrota.
A cada dia, a Virgem atrai novas almas para junto de si. Muitas delas vêm de caminhos inesperados, despertadas por uma graça súbita, por um sofrimento que as levou a procurar refúgio. Nossa Senhora não abandona os que confiam n’Ela.
Por isso, é hora de agir. Devemos reforçar nossa devoção ao Rosário, propagar a consagração ao Imaculado Coração de Maria e resistir à maré de apostasia que avança.
A solução para os problemas do mundo não está nas promessas vazias dos políticos, nem nas engenharias sociais dos revolucionários. Está no retorno à ordem divina, na submissão filial a Deus e na total confiança em Maria.
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