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O Segredo de La Salette – hoje inteiramente tornado público – contém advertências para o clero relaxado no cumprimento de seus deveres. 

Naquele remoto ano de 1846, falando do clero de má conduta da época e dos tempos vindouros, Nossa Senhora não poupou expressões severas. Mas nem por isso suas palavras foram menos verdadeiras. 

Não poderia, aliás, ser de outro modo, uma vez que provindas da Mãe de Deus: 

*   *   *


– “Os sacerdotes, ministros de meu Filho, pela sua má vida, sua irreverência e impiedade na celebração dos santos mistérios, pelo amor do dinheiro, das honrarias e dos prazeres, tornaram-se cloacas de impureza

– “Sim, os sacerdotes atraem a vingança e a vingança paira sobre suas cabeças. Ai dos sacerdotes e das pessoas consagradas a Deus, que pela sua infidelidade e má vida crucificam de novo meu Filho

Os pecados das pessoas consagradas a Deus bradam ao Céu e clamam por vingança. E eis que a vingança está às suas portas, pois não se encontra mais uma pessoa a implorar misericórdia e perdão para o povo. Não há mais almas generosas, não há mais ninguém digno de oferecer a Vítima imaculada ao [Padre] Eterno em favor do mundo.

Deus vai golpear de modo inaudito. Ai dos habitantes da Terra. Deus vai esgotar sua cólera, e ninguém poderá fugir de tantos males acumulados. 

– “Os chefes, os condutores do povo de Deus negligenciaram a oração e a penitência. E o demônio obscureceu suas inteligências

– “Transformaram-se nessas estrelas errantes, que o velho diabo arrastará com sua cauda para fazê-las perecer”.

*   *   *


Altos eclesiásticos liberais franceses chegaram a tentar extorquir do Papa Pio IX uma proibição do Segredo, por causa de suas severas expressões de denúncia. 

Mas tanto aquele bem-aventurado Papa quanto os seus sucessores recusaram os insistentes pedidos eclesiásticos de interdição do Segredo. No século XX, a perda dos originais do Segredo nos arquivos do Vaticano deu azo a uma proibição do mesmo, longamente desejada. Essa proibição vigoraria até se encontrar os originais que permitissem certificar a expressão mais polêmica relativa aos sacerdotes que: 

“Pela sua má vida, sua irreverência e impiedade na celebração dos santos mistérios, pelo amor do dinheiro, das honrarias e dos prazeres, tornaram-se cloacas de impureza”. 

Em outubro de 1999, a providencial descoberta dos originais permitiu elucidar inteiramente o caso. As expressões questionadas estavam bem claras nos registros autênticos, não havendo razão para não atribuí-las a Nossa Senhora. Elas são historicamente verídicas. 

A força da figura “cloacas de impureza” pode ter impressionado muitos espíritos no século XIX. Porém, não tendo prestado ouvidos às prementes advertências de Nossa Senhora, chegou-se no século XXI à dolorosa realidade presente. 

Inclusive algum respeitado jornalista e filósofo católico poderia ter publicado matéria com o título “Cloacas de impureza”, em alusão à apologia dos maus costumes, das más doutrinas e das más orientações pastorais assumidas por muitos altos dignitários eclesiásticos durante o Sínodo Extraordinário sobre a Família, realizado no Vaticano em outubro de 2014. 

Entretanto, o caso de La Salette não é o único em que o Céu manifesta censuras análogas em relação aos clérigos prevaricadores. 

Jesus aparece ao Santo Padre Pio “todo maltratado e desfigurado” pelos maus sacerdotes. 

Entre outros exemplos dignos da maior atenção e respeito, figura a carta que em 7 de abril de 1913 do santo. 

O Santo de Pietrelcina endereçou a seu diretor espiritual, o padre capuchinho Agostino da San Marco in Lamis (1880-1963). 

Nela, o Pe. Pio descreve com as seguintes palavras uma aparição de Nosso Senhor Jesus Cristo padecendo dores de agonia provocadas pela conduta dos sacerdotes indignos: 

“Na sexta-feira de manhã eu me encontrava ainda na cama, quando Jesus me apareceu. Estava todo maltratado e desfigurado. Ele me mostrou uma grande multidão de sacerdotes regulares e seculares, entre os quais diversos dignitários eclesiásticos; 

“Destes, alguns estavam celebrando, outros se paramentando, e outros se despojavam das vestes sagradas.  

“A visão de Jesus angustiado causava-me muita pena, por isso quis Lhe perguntar por que sofria tanto. Não obtive nenhuma resposta. 

“Contudo, seu olhar se dirigiu para aqueles sacerdotes; mas pouco depois, quase horrorizado e como se estivesse cansado de fitar, retirou o olhar e, quando o voltou para mim, observei com grande horror duas lágrimas que Lhe sulcavam o rosto. 

“Distanciou-se daquela turba de sacerdotes com uma grande expressão de desgosto na face, gritando: ‘Açougueiros!’ 

“E voltando-se para mim, disse: ‘Meu filho, não acredites que minha agonia foi de três horas, não; Eu estarei, por causa das almas mais beneficiadas, em agonia até o fim do mundo

“Durante o tempo da minha agonia, meu filho, não se deve dormir. ‘Minha alma vai em busca de alguma gota de compaixão humana, mas infelizmente me deixam sozinho sob o peso da indiferença. A ingratidão e o sono de meus ministros tornam minha agonia mais pesada

“Oh, como correspondem mal ao meu amor! O que mais me aflige é que à indiferença essas pessoas juntam o desprezo, a incredulidade. Quantas vezes Eu estive para fulminá-los, se não tivesse sido contido pelos anjos e pelas almas enamoradas de Mim… 

“Escreve ao teu confessor e narra-lhe o que viste e ouviste de Mim esta manhã. Diz-lhe que mostre a tua carta ao Provincial… 

“Jesus ainda continuou, mas o que Ele disse não posso jamais revelar a criatura alguma neste mundo. 

“Essa aparição me causou uma tal dor no corpo, mas ainda mais na alma, que durante todo o dia fiquei prostrado e julguei que fosse morrer, se o dulcíssimo Jesus já não me tivesse revelado… 

[Nota do editor: “as reticencias são do Pe. Pio. Não é possível saber qual foi o objeto desta revelação”.] 

“Jesus infelizmente tem razão para lamentar de nossa ingratidão! Quantos desgraçados de nossos irmãos correspondem ao amor de Jesus lançando-se de braços abertos na seita infame da maçonaria! 

“Rezemos por eles, a fim de que o Senhor ilumine suas mentes e toque seus corações. (…) A guerra dos cosacci* vai se intensificando cada vez mais, mas não tenha medo, com a ajuda de Deus”.

[Notas: * A expressão cosaccio (plural cosacci, derivado de coisa) é uma das diversas formas depreciativas com as quais o Padre Pio se referia ao diabo. ** Retirado de: Padre Pio da Pietrelcina, Epistolario I, por Melchiorre da Pobladura e Alessandro da Ripabottoni, San Giovanni Rotondo 2004, pp. 350 e ss., carta no. 123]

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Uma resposta

  1. Peço a misericórdia de Jesus para um povo sem o menor temor a Deus que só quer dos seus filhos caridade amor ao próximo.jesus tem misericórdia de nós pecadores.

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