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Nesses dias turbulentos, em que ações terroristas praticadas por afro-americanos agitam os Estados Unidos numa revolta sem fim, é consolador ler a história de um jovem negro condenado, que enfrentou a morte com fé e serenidade, dando graças a Deus e a Maria Santíssima por levá-lo logo para o Céu.

         O fato é narrado em vários sites católicos americanos citados abaixo, e foi transformado em peça de teatro por Cathal Gallagher, com o título “Claude Newman: A Miracle on Death Row” (Cláudio Newman: um milagre no corredor da morte).

 

Encontro casual da Medalha por um condenado

Numa prisão de alto risco nos Estados Unidos, um jovem afro-americano de 20 anos, Cláudio Newman , esperava o dia de sua execução.

Fora educado pela avó, a quem muito amava. Entretanto, em 1943 ela se casou em segundas núpcias com Sid Cook, homem brutal e abusivo, que tornou impossível a vida da esposa.

Isso exasperava muito o jovem. Influenciado por um mau companheiro, o rapaz decidiu matar Cook.

Fez-lhe uma emboscada em dezembro de 1943, matando-o com um tiro. Condenado à morte na cadeira elétrica, foi levado para a prisão de Vicksburg, no Mississippi, para aguardar a execução.

Cláudio Newman

Cláudio ficou numa cela com mais quatro prisioneiros. Um dia ele viu uma medalha religiosa pendurada no pescoço de um deles; e, curioso, perguntou o que era.

Seu interlocutor se enfureceu de maneira inusitada com a pergunta. Num gesto brusco, arrancou a medalha do pescoço e atirou-a ao chão, dizendo-lhe com sarcasmo: “Pegue-a para você”.

Cláudio não era católico, nem tinha a menor base religiosa, mas sentiu-se atraído por aquela medalha, recolheu-a e pendurou-a no pescoço. Aquela era exatamente a chamada Medalha Milagrosa, assim conhecida por causa dos muitos milagres comprovados que operou e continua operando.

Cláudio foi um dos seus beneficiários, como veremos.

Começam as maravilhas

O jovem condenado foi dormir nesse dia sem pensar mais na medalha milagrosa. Entretanto, durante a noite, foi acordado por um leve toque em seu pulso.

Abrindo os olhos, viu a seu lado o que ele descreveu como “a mulher mais linda que Deus criou”.

Era Nossa Senhora, que lhe disse então: “Se você quiser que eu seja sua Mãe, e você meu filho, chame um sacerdote da Igreja Católica”. E desapareceu.

 

Apavorado, Cláudio começou a gritar: “Um fantasma! Um fantasma!”.

Ao mesmo tempo, pedia com insistência que chamassem um padre católico.

No dia seguinte as autoridades da prisão chamaram para cuidar do caso o padre Robert O’Leary, SVD, ex-capelão militar durante a Segunda Grande Guerra, que atendia naquela prisão. É dele todo o relato que segue.

 

Após ouvir o extraordinário relato do jovem presidiário, o Pe. Robert constatou que ele era analfabeto e ignorava até os rudimentos da nossa Religião.

Começou então a catequizá-lo, bem como aos seus três companheiros de cela, que haviam ficado impressionados com o relato de Cláudio.

Juntaram-se depois ao sacerdote, na catequese, duas freiras de sua paróquia.

 

Nossa Senhora catequiza seu predileto

Quando a instrução dos detentos chegou ao ponto de se falar sobre o Sacramento da Confissão, Cláudio exclamou:

“Ah, disso eu sei! A Senhora me disse que, quando nos confessamos, não nos ajoelhamos diante de um padre, mas diante da cruz de seu Filho.

E que, quando realmente sentimos muito pesar por nossos pecados e os confessamos, o Sangue que Ele derramou flui sobre nós e nos deixa livres de todos os pecados”.

O Pe. O’Leary e as duas irmãs ficaram assombradas com esta revelação.

Interpretando mal a reação dos religiosos, Cláudio pensou que tivesse sido indiscreto, e se desculpou: “Oh, não fiquem com raiva, não fiquem com raiva. Eu não queria deixar escapar”.

O sacerdote então lhe assegurou que estava muito longe de estar zangado, e perguntou a Cláudio se tinha visto a Senhora novamente.

Chamando o padre de lado, o rapaz lhe confidenciou:

Ela me disse que, se o senhor duvidasse de mim ou mostrasse hesitação, eu deveria lembrá-lo de que, quando estava deitado em uma vala na Holanda, em 1940, o senhor fez um voto que Ela ainda está esperando que cumpra”.

Essa revelação convenceu o sacerdote da sinceridade de Cláudio. Na verdade, durante a guerra, diante do perigo em que se encontrava, o Pe. O’Leary havia prometido construir uma igreja em homenagem à Imaculada Conceição, se escapasse ileso.

Ele cumprirá sua promessa em 1947, construindo a igreja em Clarksdale, Mississippi, que existe ainda hoje.

Quando os dois interlocutores voltaram à sala para continuar a lição sobre a confissão, Cláudio disse aos seus colegas presidiários:

“Vocês não devem ter medo da confissão, pois estamos dizendo a Deus nossos pecados, e não ao padre.

Saibam que a Senhora disse que a confissão é algo como um telefone: nós falamos com Deus por meio do sacerdote, e Deus nos responde por meio dele”.

Os fatos surpreendentes não ficaram nisso.

Mais tarde, quando o Pe. O’Leary e as irmãs iam começar a falar sobre o Santíssimo Sacramento, o jovem vidente perguntou se poderia relatar o que a Senhora lhe havia revelado a respeito da Eucaristia.

Todos consentiram com alegria. Então Cláudio revelou:

A Senhora me disse que, na Comunhão, eu só verei o que parece ser um pedaço de pão. Mas Ela me disse que é realmente seu Filho, e que Ele estará comigo assim como estava com Ela antes de nascer em Belém.

[Por isso] Ela me disse que eu deveria passar meu tempo como Ela fez durante sua vida com Ele, isto é, em amá-lo, adorá-lo, agradecer-lhe, louvá-lo, e pedir-lhe bênçãos.

Não devo estar distraído ou incomodado por ninguém ou qualquer outra coisa, mas devo passar esses poucos minutos em meus pensamentos a sós com Ele”.

Um teólogo não poderia exprimir-se com maior exatidão!

 

Festa com os companheiros da prisão

Assim preparados, os quatro catecúmenos foram recebidos na Igreja.

O registro do batismo de Cláudio na paróquia de St. Mary, em Vicksburg, é do dia 16 de janeiro de 1943.

Sua execução estava marcada para quatro dias depois, 20 de janeiro (deve-se observar que nessa data, sob a mesma invocação da Medalha Milagrosa, Nossa Senhora havia convertido em Roma o judeu Afonso Ratisbonne, no ano de 1842).

O dia fatídico chegou. Na véspera, como é de praxe, o xerife Williamson perguntou a Cláudio se tinha um último pedido a fazer, antes de ser eletrocutado.

Ele respondeu com estas palavras, que demonstram sua certeza da vida eterna:

“Bem, todos os meus amigos estão abalados. O carcereiro está muito abalado. Mas o senhor não entende: Eu não vou morrer; apenas este corpo é que vai. Eu vou ficar com a Senhora. Então, eu gostaria de dar uma festa”.

“O quê?!” — perguntou o xerife, surpreso.

Cláudio não se perturbou:

“Uma festa! O senhor daria licença ao Pe. O’Leary para trazer alguns bolos e sorvetes, e permitiria aos prisioneiros do segundo andar que venham ao salão, de modo que todos possamos ter uma festa”.

Isso foi concedido. O Pe. O’Leary obteve de um rico doador o material, e também participou da festa.

 

Uma grande tristeza

Depois da “festa”, como Cláudio havia pedido, fez-se uma Hora Santa na sua intenção e na de seus companheiros, embora sem o Santíssimo Sacramento.

O sacerdote levou livros de orações, e eles rezaram uma Via-Sacra.

Na manhã da execução, Cláudio estava transido de alegria.

Enquanto se preparava com o Padre O’Leary, para a morte, 15 minutos antes da execução o xerife Williamson irrompeu na sala, gritando que o governador havia concedido um adiamento de duas semanas.

O que Cláudio não sabia é que o advogado distrital e o xerife estavam tentando postergar a execução, para conseguir salvar sua vida.

Para espanto do xerife, Cláudio começou a soluçar, inconsolável, e lhe disse chorando:

“Mas o senhor não entende! Se o senhor já viu o rosto dela, e olhou nos olhos dela, não gostaria de viver outro dia! O que eu fiz de errado nas últimas semanas, para que Deus me recusasse a volta para casa? Por que, padre? Por que ainda devo permanecer aqui mais duas semanas?”.

Nesse momento o Padre O’Leary teve uma inspiração.

Também estava no corredor da morte, por assassinato, um prisioneiro chamado James Hughs.

Apesar de ter sido criado como católico, levou uma vida terrivelmente imoral. Ele tinha um ódio particular a Cláudio e a todos os sacerdotes.

O padre propôs então a Cláudio que aceitasse sua decepção, por não ser executado naquele dia, oferecendo-a pela conversão de Hughs.

O jovem aceitou isso generosamente, oferecendo por ele suas orações.

 

Para o Céu, mas não sozinho

Cláudio foi finalmente executado no dia 4 de fevereiro de 1944.

Pouco antes ele disse ao Pe. O’Leary que atuaria no Céu como intermediário junto à Santíssima Virgem, para ajudar o sacerdote em tudo que precisasse.

O Padre O’Leary testemunhou:

“Nunca vi ninguém morrer com tanta alegria e felicidade. Até as testemunhas oficiais e os repórteres presentes ficaram pasmos.

Eles disseram que não conseguiam entender como alguém conseguia se sentar na cadeira elétrica radiante de felicidade”.

Ícone de Cláudio e Nossa Senhora

E o que aconteceu com James Hughs? No momento de ser executado, já sentado na cadeira elétrica, ele recusou com violência toda assistência espiritual, praguejando e blasfemando.

Momentos antes de ligarem o dispositivo elétrico que haveria de lhe tirar a vida, olhou para um canto da sala e deu um grito, primeiro de espanto, depois de horror: “Arranjem-me um padre!”.

O Padre O’Leary, que esperava mesmo por um milagre, estava na sala. Aproximou-se então e ouviu a confissão completa do condenado.

Surpreso com o que ocorrera, o xerife Williamson perguntou ao condenado o que havia no canto da sala, que o impressionara tanto.

James explicou que vira Cláudio Newman, tendo atrás de si a Santíssima Virgem, com as mãos em seus ombros.

E que Cláudio obteve de Nossa Senhora que ele, James, tivesse um vislumbre do lugar que o esperava no inferno. A visão foi tão terrível que, cheio de terror, ele pediu um padre para se confessar.

Assim, a Medalha Milagrosa converteu em uma prisão não apenas um, mas dois condenados à morte, e os levou para o Céu.

A festividade de Nossa Senhora da Medalha Milagrosa é celebrada no dia 27 de novembro de cada ano.

Fonte: Abin

***

Uma resposta

  1. A história de conversão do jovem condenado a morte é comovente e inspiradora, no entanto, o autor do texto introdutório foi infeliz em dois pontos, ao classificar como terrorismo, os protestos violentos dos afro-americanos nos EUA, em consequência do racismo estrutural que existe naquele país, que tanto lhes oprimem (protestos violentos ocorrem em todos os lugares do mundo, por brancos e não são classificados como terrorismo, mas sim, corretamente, como vandalismo) e utilizar o caso dos protestos dos afro-americanos como contraponto ao caso do jovem condenado negro, foi desnecessário e preconceituoso, foi como dizer que ele é negro mas não é como outros negros que praticaram vandalismo nos EUA. Se pergunte: se o condenado fosse branco, fariam um contraponto com os protestos violentos do Ku Klux Klan? A cor do jovem condenado é o que menos importa, um mero detalhe, para Nossa Senhora o que importa é o nosso interior e para nós o seu belo exemplo de conversão.

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