Como um santo francês do século XVII transformou o conceito de escravidão em um caminho seguro para a santidade – e como seu ensinamento moldou até mesmo a vida espiritual do Padre Pio.

Um apóstolo nascido para Maria
São Luís Maria Grignion de Montfort nasceu em 31 de janeiro de 1673, na Bretanha, França. Primogênito de uma família de 18 filhos, cresceu cercado de religiosidade.
Aos 11 anos, ingressou no colégio jesuíta de Rennes, onde recebeu formação sólida, tanto espiritual quanto intelectual.
Em 1692, concluiu o curso de filosofia e, sentindo o chamado ao sacerdócio, partiu para Paris, ingressando no Seminário de São Sulpício, onde estudou teologia.
Foi ordenado sacerdote em 1700. Seu desejo era ser missionário em terras estrangeiras, mas ao ir a Roma em 1706, recebeu das mãos do Papa Clemente XI uma nova missão: evangelizar a própria França. E foi isso que fez com ardor incansável, em mais de 100 missões populares, até sua morte precoce aos 43 anos.
A Santidade pelas mãos de Maria
A característica mais marcante do ministério de São Luís foi sua devoção total à Santíssima Virgem Maria.
Fundou três congregações religiosas e escreveu diversas obras, entre elas o “Tratado da Verdadeira Devoção à Santíssima Virgem” – um dos maiores tesouros da espiritualidade mariana.
Nessa obra, o santo apresenta uma proposta ousada: entregar-se a Maria como seu escravo de amor, para assim pertencer totalmente a Jesus.
Uma proposta que, longe de oprimir, eleva a alma a uma liberdade superior: a liberdade dos filhos de Deus.
Escravidão de amor: entrega total a Jesus por Maria
No capítulo 70 do Tratado, São Luís ensina: “Há três espécies de escravidão: uma natural, outra forçada e outra voluntária.”
A última, segundo ele, é a mais perfeita, pois é fruto de amor.
Ao se consagrar como escravo de Maria, o fiel entrega-se totalmente a Ela, com tudo o que é e possui – corpo, alma, méritos, bens espirituais.
Maria, por sua vez, dispõe de tudo isso segundo a vontade de Deus, encaminhando a alma pelo caminho mais curto, seguro, perfeito e suave para Cristo.
“A escravidão mariana é dar a Nossa Senhora a própria pessoa. É a coroação da devoção mariana.”
Essa entrega não é simbólica: trata-se de uma verdadeira renúncia interior, um abandono de si mesmo nas mãos da Mãe de Deus. Mas essa “perda” é, na verdade, um ganho sem medida.
Seja um instrumento nas mãos de Nossa Senhora. Através dos Missionários de Fátima, você pode participar ativamente da evangelização.
Ligue agora para 0800 878 2256 (Brasil) ou 707 502 677 (Portugal) e descubra como se tornar parte dessa missão.
Não é exagero: é o caminho mais seguro para o Céu
Muitos se perguntam: não seria exagerado chamar-se “escravo” de Maria? Para São Luís, a resposta é clara: não. Ao contrário, essa consagração é a maneira mais segura de alcançar a santidade. Todas as nossas ações, méritos e graças passam pelas mãos puríssimas da Virgem, que as apresenta a Deus da forma mais perfeita.
Essa entrega total leva à verdadeira liberdade:
“Tira todo escrúpulo e temor servil da alma… Abre o coração para uma santa confiança em Deus… Inspira-lhe um amor terno e filial a Deus.” (Tratado, n. 169)
A alma consagrada a Maria pode, com toda humildade e confiança, repetir as palavras de São Paulo: “Já não sou eu que vivo, é Cristo que vive em mim.”
Padre Pio: um discípulo silencioso de Montfort
Padre Pio de Pietrelcina, tão amado pelos católicos do nosso tempo, viveu essa consagração mariana em toda sua profundidade. Segundo testemunho de seu filho espiritual, Padre Pellegrino Funicelli, Padre Pio havia feito a consagração segundo o método de São Luís Maria e vivia como escravo voluntário da Mãe de Deus.
Quando alguém louvava suas graças ou milagres, ele dizia:
“Vá agradecer a Deus e a Nossa Senhora! Foi Ela quem intercedeu pela sua graça.”
Pouco antes de sua morte, deixou seu testamento espiritual:
“Amai a Nossa Senhora. Fazei-A amar. Rezai o Rosário. Rezai-o bem.”
Um caminho escondido, mas seguro
São Luís Maria Grignion de Montfort não foi apenas um grande missionário.
Foi o homem que nos mostrou que a verdadeira força do cristão está em sua pequenez, em sua entrega total a Deus pelas mãos de Maria.
Seu ensinamento moldou a vida de santos, como Padre Pio, e continua a ser um farol para quem busca uma santidade simples, humilde, profunda.
Continue o legado de São Luís Maria. Se esse caminho de entrega e humildade tocou o seu coração, una-se àqueles que, como os Missionários de Fátima, ajudam a iluminar o mundo com a mensagem de Nossa Senhora.
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Uma resposta
Já fiz a minha consagração à Nossa Senhora de Guadalupe em 2018, pelo método de São Luiz Grignon.