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7 de Fevereiro: Festa das Cinco Chagas de Nosso Senhor. Conheça mais sobre esta devoção.

“Põe o teu dedo aqui e olha as minhas mãos. Estende a tua mão e coloca-a no meu lado. E não sejas incrédulo, mas fiel” Foto: Padre Paulo Ricardo/Divulgação

Hoje, em Portugal, celebramos a Festa das Cinco Chagas de Cristo; e aqui no Brasil, podemos unir-nos aos nossos irmãos lusitanos, celebrando a missa votiva da Paixão do Senhor.

Essa é uma devoção que há séculos permeia a história e a cultura de Portugal. O grande Luís de Camões, na monumental obra Os Lusíadas, descreve a presença das chagas de Nosso Senhor no escudo português:

“Vede-o no vosso escudo que presente/ Vos amostra a vitória já passada/ Na qual vos deu por armas e deixou/ As que Ele por Si na Cruz tomou”.

Isso porque existe a tradição segundo a qual Jesus crucificado teria aparecido a D. Afonso Henriques, primeiro Rei de Portugal, dizendo-lhe que ele venceria a batalha de Ourique a fim de fundar o Reino português, por meio do qual o nome do próprio Cristo seria levado a terras distantes e a povos estrangeiros.

Ou seja, nós, brasileiros, também fomos contemplados nessa aparição de Jesus crucificado.

História da Devoção às Chagas Santas 

Os Quatro Evangelhos atestam a existência das Chagas no Corpo adorável do Redentor.

Imagem realista que mostram as feridas do corpo sagrado de Nosso Senhor.

Foram profetizados (Is 53, 5; Sl 21, 17) e continuaram a existir no Corpo glorioso de Cristo, depois da Ressurreição, como prova de que isso realmente aconteceu (Jo 20, 25-29). Com efeito, Tomé é convidado a colocar os dedos, enquanto os outros Apóstolos se limitam a contemplá-los. 

O desenvolvimento da teologia das Chagas Sagradas começou a partir das Sagradas Escrituras. Para os Padres da Igreja, as Chagas foram a prova da Ressurreição do autêntico Corpo de Cristo.

As Chagas de Cristo são em si o preço da nossa redenção, ou pelo menos parte integrante dela. 

Santo Agostinho mostrou como a persistência das Chagas no Corpo de Jesus atestam a consumação da Redenção, tendo sido Sua oferta agradável ao Pai e tornando-se, portanto, como troféus, sinais de realeza, caminhos através do qual preservar a eficácia da Redenção;

as Chagas de Cristo tornaram-se, portanto, o remédio que cura todas as feridas humanas, físicas e espirituais. 

Por isso logo se espalhou a ideia de que as Chagas da Cruz eram as mais emblemáticas de toda a Paixão. São o refúgio aberto no Corpo de Cristo, Esposo Místico, para a alma fiel entrar e habitar com segurança. E fê-lo antes de tudo para reforçar a fé dos seus discípulos na sua própria Ressurreição. 

São Francisco recebe os estigmas – Benozzo Gozzoli, séc. XIV. Capela na igreja franciscana de Montefalco, Perúgia (Itália)

São Francisco de Assis (1182-1226) foi tão devoto das Chagas Sagradas que teve a honra de ser a primeira pessoa estigmatizada documentada na história

A estatura altíssima de pessoas estigmatizadas como São Pio de Pietrelcina (1887-1968)  contribuiu ainda mais para manter viva a devoção, ligando-a a outras formas de piedade, antigas e novas. 

Padre Pio e as Santas Chagas

Os estigmas são as marcas gloriosas das chagas que Jesus sofreu na crucificação – duas nos pés, duas nas mãos e uma no lado –, que apareceram em alguns místicos.

São Pio de Pietrelcina e os Santos Estigmas

O Santo Padre Pio é, entre aqueles reconhecidos pela Igreja até o presente, o único sacerdote estigmatizado.

Do relato do Santo capuchinho emergem os motivos pelos quais ele foi estigmatizado:

(1) associar-se à Paixão de Jesus, (2) solidarizar-se com as dores de Maria Santíssima e (3) ocupar-se com a salvação dos outros.

E o São Pio de Pietrelcina se empenhou nestas três missões por todo o restante de sua longa vida.

Então, neste dia que veneramos às Santas Chagas de Cristo, ao lembrarmos deste acontecimento capital na vida de São Pio de Pietrelcina, tomemos consciência que devemos assumir em nossas vidas estas mesmas missões recebidas por ele, se queremos ser verdadeiramente seus filhos espirituais.

Extraído de “Elementos de teologia da devoção das Santas Chagas” de Vito Sibilio

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