Mártires da fé no século XXI: a Nigéria, a Nicarágua e a advertência de Fátima

Segundo o Osservatorio sulla Cristianofobia, de Milão, os cristãos continuam sendo o grupo religioso mais perseguido do mundo.

Entre os casos mais recentes denunciados pelo Osservatorio sulla Cristianofobia, dois se impõem com particular gravidade e simbolismo: os massacres no estado de Benue, na Nigéria, e as expropriações sistemáticas contra a Igreja Católica na Nicarágua.

Ambos os episódios revelam um drama que se repete em silêncio: cristãos martirizados simplesmente por sua fé, em pleno século XXI, diante da indiferença quase total da opinião pública ocidental.

Nigéria: cristãos massacrados em silêncio

Entre os dias 24 e 26 de maio de 2025, uma nova onda de violência devastou diversos vilarejos no estado de Benue, na região do Middle Belt da Nigéria, pertencente à Diocese de Makurdi.

Ao menos 36 pessoas foram assassinadas, entre elas um policial, um adolescente e uma criança de apenas dois anos. Muitas outras ficaram feridas, e várias foram levadas como reféns.

Segundo fontes locais, os responsáveis pelos ataques seriam extremistas islâmicos fulani, que há anos realizam investidas contra comunidades predominantemente cristãs da região.

Em Aondona, terra natal do bispo diocesano Dom Wilfred Anagbe, vinte fiéis foram mortos em um único dia.

A perplexidade aumenta com o fato de que uma base militar do exército nigeriano está situada nas proximidades dos ataques. Ainda assim, nenhuma ação de proteção foi registrada.

O padre Oliver Ortese, sacerdote local, desabafou: “A presença do exército não impediu os massacres. Estamos sozinhos.”

O bispo Anagbe, que há anos denuncia a perseguição sistemática contra os cristãos na Nigéria, chegou a falar em “genocídio silencioso”.

Seus apelos, no entanto, são frequentemente ignorados pela imprensa internacional e por organizações que evitam denunciar ações ligadas ao islamismo radical.

Como advertia São Pedro: “Não vos surpreendais com o fogo que se acende entre vós para vos provar, como se coisa estranha vos acontecesse” (1 Pd 4,12).

Para muitos cristãos da Nigéria, a perseguição já faz parte do cotidiano.

Nicarágua: a cruz contra o regime

Enquanto o sangue corre na África, na América Central a perseguição assume feições institucionais.

O regime marxista de Daniel Ortega, na Nicarágua, conduz uma campanha agressiva de repressão à Igreja Católica.

Somente nos últimos meses, pelo menos 28 propriedades da Igreja – entre universidades, conventos, clínicas, capelas e casas pastorais – foram confiscadas e transformadas em órgãos estatais ou centros de propaganda do partido.

Essas ações não se limitam à expropriação.

Em muitos casos, houve profanações, destruição de símbolos religiosos, proibição de celebrações litúrgicas, expulsão de freiras e prisão de padres.

O Seminário São Luís Gonzaga, na Diocese de Matagalpa, foi fechado.

O bispo Rolando Álvarez segue em prisão domiciliar, e centenas de clérigos e religiosos vivem no exílio.

Segundo analistas internacionais, trata-se de uma das mais graves perseguições religiosas do hemisfério ocidental.

O Osservatorio sulla Cristianofobia tem alertado para esse processo de “descristianização forçada”, próprio de regimes que não toleram uma autoridade espiritual acima do Estado.

O caso nicaraguense revela o que acontece quando o Estado se torna inimigo da Cruz: tenta-se calar o púlpito, fechar as igrejas e apagar a memória da fé cristã.

Um panorama global de perseguição

Segundo a World Watch List 2025, da organização internacional Open Doors, mais de 380 milhões de cristãos no mundo sofrem altos níveis de perseguição.

Isso significa que, em média, 1 em cada 7 cristãos é discriminado, ameaçado ou violentado por sua fé.

Esses números se refletem principalmente em países da África subsaariana, do Oriente Médio, da Ásia e da América Latina.

As formas de perseguição variam: podem ser violentas, como na Nigéria e no Paquistão; institucionais, como na Nicarágua e na China.

Ou culturais e sociais, como em diversas nações do Ocidente, onde a fé cristã é ridicularizada e marginalizada.

A perseguição aos cristãos não é um fenômeno isolado.

É uma realidade global, que cresce em intensidade e se torna cada vez mais sistemática.

Fátima e os mártires de hoje

Diante dessa realidade, a mensagem de Nossa Senhora em Fátima ressurge como um farol.

Em 1917, Ela advertiu sobre a necessidade de conversão, penitência e oração, anunciando que os pecados do mundo atrairiam guerras, perseguições e castigos.

Entre os castigos profetizados estava justamente a perseguição à Igreja, simbolizada nas visões das crianças que viam “um bispo vestido de branco” caindo sob os tiros de soldados.

Hoje, os cristãos da Nigéria e da Nicarágua vivem esse cenário.

Mas, como os pastorinhos de Fátima, não perdem a fé. Oferecem seus sofrimentos. Rezam. Perseveram.

São mártires no sentido mais pleno: testemunhas da fé, mesmo diante da morte.

A resposta que Fátima nos propõe é clara: oração, penitência, conversão e o oferecimento dos sofrimentos por amor a Jesus Cristo.

O Rosário diário, a devoção ao Imaculado Coração de Maria, a conversão pessoal e o espírito de reparação são formas autênticas de corresponder ao apelo da Santíssima Virgem.

O que podemos fazer?

Diante desses fatos, o Osservatorio sulla Cristianofobia lança um apelo: não permaneçamos em silêncio.

Romper a indiferença é o primeiro passo para defender a fé e os que a professam com risco da própria vida.

1. Informar-se e informar. Espalhe essas notícias. Fale nelas em sua paróquia, em sua família, em seus grupos. A mídia tradicional se cala, mas nós não podemos calar.

2. Rezar e oferecer sacrifícios. Rezar o Rosário. Fazer penitência. Oferecer a Santa Missa em reparação pelos crimes contra a Igreja. Nossa Senhora de Fátima nos deu os meios.

3. Denunciar e sensibilizar. Use suas redes sociais, sua voz, seu exemplo. A perseguição prospera no silêncio. Mas a fé floresce quando é anunciada com coragem.

O século XXI não é apenas o da tecnologia, mas também o do martírio.

A cruz continua sendo odiada, rejeitada, atacada. Mas também continua sendo abraçada por milhões de cristãos fiéis, que preferem morrer a negar sua fé.

A Nigéria e a Nicarágua são, hoje, lugares de sofrimento. Mas também de testemunho. De martírio. De santidade.

Não nos iludamos: essas feridas são nossas também. Não podemos virar o rosto. Não podemos dizer: “Não sabíamos.”

Pelo contrário, somos todos chamados a rezar, fazer penitência e oferecer nossos sacrifícios pela conversão dos pecadores e pela reparação dos ultrajes cometidos contra Jesus Cristo e o Imaculado Coração de Maria.

É por isso que existe o grupo Missionários de Fátima: fiéis que, unidos espiritualmente, respondem ao apelo urgente de Nossa Senhora com orações, sacrifícios e atos de reparação.
👉 Clique aqui e faça parte.

Diante do sangue dos mártires, não bastam gestos de solidariedade ou campanhas humanas bem-intencionadas.

A verdadeira resposta é a que Nossa Senhora exigiu com urgência em Fátima: conversão profunda, oração e espírito de reparação.

Que a coragem dos mártires desperte nossa fé. Que o silêncio dos perseguidos clame por nossa oração.

E que o Imaculado Coração de Maria triunfe, como prometeu Nossa Senhora em Fátima: “Por fim, o meu Imaculado Coração triunfará.”

Mas esse triunfo precisa da nossa resposta.
Responder ao apelo de Fátima é mais do que rezar sozinho: é unir-se a uma missão viva, fiel ao que Nossa Senhora pediu.
👉 Torne-se agora um Missionário de Fátima e ajude a espalhar a oração e a reparação pelo Brasil inteiro.

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