“O mundo de hoje precisa da aliança conjugal para conhecer e acolher o amor de Deus.”
Leão XIV, Jubileu das Famílias, 31 de maio de 2025.
Como lemos em Corrispondenza Europea, o Prof. Roberto de Mattei comentou com precisão doutrinária uma afirmação decisiva feita por Leão XIV na homilia do Jubileu das Famílias:
“O matrimônio não é um ideal, mas o cânone do verdadeiro amor entre o homem e a mulher: amor total, fiel, fecundo.”
Essa afirmação, feita no coração da Praça de São Pedro diante de milhares de famílias peregrinas, não é apenas uma definição teológica.
É, antes, um chamado à verdade e à coragem moral, num tempo em que muitos tratam os preceitos evangélicos como metas inatingíveis.
Leão XIV escolheu palavras firmes, sem ambiguidades: o matrimônio não é um ideal romântico, mas uma regra objetiva. Uma forma de vida querida por Deus e sustentada pela graça do sacramento.
Uma resposta às confusões morais do nosso tempo
Como explicou De Mattei, chamar o casamento de “ideal” abre a porta ao relativismo.
Afinal, o que é ideal não é obrigatório, é apenas aspiracional.
Mas o ensinamento da Igreja é claro: os mandamentos são exigentes, sim, mas são praticáveis por quem vive na graça.
E esse é, um dos motivos pelo qual este apostolado existe: para lembrar ao mundo que o matrimônio não é uma utopia, mas uma estrada concreta para a santidade.
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E quando Deus exige algo, Ele também concede os meios para cumpri-lo.
A respeito disso, o Papa foi direto:
“Esse amor, total, fiel e fecundo, transforma os esposos em uma só carne e os torna capazes, à imagem de Deus, de gerar a vida.”
Esse trecho da homilia evoca claramente Humanae Vitae, do Papa Paulo VI, e se opõe a uma abordagem pastoral que propõe uma pedagogia “gradual” diante das falhas conjugais.
Perspectiva que, como observa De Mattei, tende a enfraquecer a lei moral em nome de um sentimentalismo compassivo.
Santos esposos: sinais de Deus ao nosso tempo
Leão XIV destacou também algo profundamente simbólico: o número crescente de casais beatificados e canonizados juntos, como esposos, e não apenas como indivíduos virtuosos.
Louis e Zélie Martin, Luigi e Maria Beltrame Quattrocchi, e os mártires Ulma são, nas palavras do Papa, testemunhas proféticas da beleza do matrimônio cristão vivido até o fim.
“Esse é um sinal que dá alegria e também nos faz refletir. A Igreja, ao propor casais como exemplos de santidade, mostra que a família — e não apenas o indivíduo — é um caminho para Deus.”
Com isso, Leão XIV propõe aos esposos de hoje não a busca de uma santidade irreal, mas a vivência corajosa e alegre da fidelidade mútua, da abertura à vida, e da oração cotidiana, mesmo em meio às cruzes.
Um programa para as famílias
A homilia, profundamente doutrinal, teve também um tom pastoral de grande elevação. Leão XIV falou como pai e como mestre:
- Aos esposos, recomendou a coerência entre fé e vida: “Comportem-se como gostariam que seus filhos se comportassem.”
- Aos filhos, recordou a virtude da gratidão: “Dizer ‘obrigado’ pela vida e por tudo o que se recebe diariamente é o primeiro modo de honrar pai e mãe.”
- A todos, recordou que a família gera o futuro dos povos, frase que tem peso político e profético, em tempos de queda demográfica, colapso educacional e perda de valores.
Allém disso, o Papa fez eco à oração de Jesus Cristo no Evangelho de João: “Que todos sejam um.”
Mas fez questão de esclarecer: essa unidade não é uniformidade, mas comunhão viva, fundada no amor de Deus.
É a unidade na verdade, como ensinava Santo Agostinho: unum unum. Um só em Jesus Cristo, único Salvador do mundo.
Conclusão: o matrimônio como fortaleza contra o caos
Leão XIV não ofereceu atalhos. Ofereceu o Evangelho.
Numa época em que se discutem “novos modelos de família” e se busca adaptar a moral à fragilidade humana, o Papa reafirmou que a vocação matrimonial é possível. É bela. É necessária. É santificante.
Como escreveu Roberto de Mattei: apresentar o casamento apenas como ideal a ser atingido e não como lei é cair no erro de Lutero.
A Igreja, ao contrário, ensina que com a graça tudo é possível. Inclusive a fidelidade conjugal, em meio às dificuldades.
“A doutrina católica não é um ideal inatingível,” afirmou o Papa. “É uma norma viva, que gera frutos.”
E entre esses frutos está a santidade conjugal, que transforma lares em altares e famílias em luz para as nações.
A investida final do demônio: atacar o plano de Deus para a família
A Irmã Lúcia, a vidente de Fátima, advertiu que a última batalha entre Deus e o demônio seria em torno da família e do matrimônio.
Segundo ela, o inimigo sabe que a destruição desse pilar natural e sobrenatural da sociedade é o caminho mais eficaz para arruinar as almas.
Suas palavras ressoam hoje com impressionante atualidade, num mundo onde as leis e os costumes parecem desfigurar o desígnio divino para o amor entre o homem e a mulher.
Permanecer fiéis a esse plano é, portanto, um ato de resistência e fidelidade a Nossa Senhora.
Mas resistir exige coragem… e sustentação.
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