Deus castiga os povos com maus sacerdotes

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Quando a paciência divina se esgota, os homens são entregues à sua própria decadência

Jesus expulsa os mercadores do templo de Jerusalém

A crise que se abate sobre a Igreja nos dias atuais não surgiu por acaso, nem tampouco se trata de um fenômeno novo. Desde os tempos apostólicos, a traição de Judas já demonstrava que nem todos os chamados estavam dispostos a corresponder à sua sublime vocação. 

Mas há algo ainda mais grave do que a fraqueza humana: quando um povo é castigado por Deus com sacerdotes infiéis, a situação assume contornos de uma verdadeira tragédia espiritual.

Essa dura realidade foi magistralmente descrita por Santo Antônio Maria Claret em seu Catecismo da Doutrina Cristã, onde expõe que o maior castigo que pode ser infligido a um povo é o envio de maus sacerdotes. 

O motivo? O sacerdote, sendo a ponte entre Deus e os homens, quando corrompido, não só perde sua própria alma, mas arrasta consigo um incontável número de fiéis.

Um povo recebe os pastores que merece

Muitos se perguntam: por que Deus permitiria que lobos disfarçados de pastores assumissem o comando de Seu rebanho? A resposta é clara: porque os pecados do povo clamam por justiça.

Quando a humanidade se afasta da Lei Divina, quando abraça a corrupção, a impureza, a mentira e a indiferença para com Deus, então vem o tempo da colheita. E não há punição mais dolorosa do que ver o altar sagrado ser profanado por aqueles que deveriam santificá-lo.

No Antigo Testamento, sempre que o povo de Israel se afastava do verdadeiro culto, Deus permitia que falsos sacerdotes e profetas surgissem para conduzi-los ainda mais ao erro. 

Hoje, não é diferente. 

A frieza na fé, o relativismo moral, a ausência de verdadeiro espírito de sacrifício fizeram com que muitos clérigos perdessem o senso do sagrado e passassem a agir como meros administradores de uma instituição social.

A podridão no seio da Igreja

Seria, então, motivo de escândalo ver sacerdotes que traem sua missão? De modo algum. A história da Igreja está marcada por santos e mártires, mas também por hereges e traidores. A diferença entre as épocas de esplendor e as de decadência está no modo como os fiéis reagem.

Os católicos de outrora, ao verem desvios na conduta do clero, não cruzavam os braços. Ao contrário, oravam, jejuavam, lutavam e clamavam para que a Igreja fosse purificada. 

Hoje, porém, há uma aceitação apática, quase conformista. Muitos se calam por medo de serem acusados de “julgar” e, assim, permitem que o erro se instale de maneira irreversível.

O que diria Padre Pio diante dessa situação? Aquele que sofreu perseguições injustas, que foi caluniado e silenciado por homens da própria Igreja, certamente não ficaria inerte. 

Ele, que tinha uma devoção inabalável pela Santa Missa e pelo sacramento da Confissão, denunciaria com veemência os abusos e traições daqueles que fazem da Casa de Deus um covil de interesses terrenos.

O que podemos fazer?

A solução para essa crise não virá de grandes reformas administrativas, nem de tentativas de modernizar a Igreja para agradar ao mundo. A resposta está na santidade. Se maus sacerdotes são um castigo divino, então o único meio de reverter essa situação é por meio da oração, da penitência e da conversão sincera.

Cabe a cada fiel, no seu estado de vida, rezar insistentemente pela santificação do clero, apoiar os bons sacerdotes e jamais se omitir diante dos erros. É preciso recordar que, ainda que haja Judas entre os Apóstolos, ainda há Pedros e Joões, há santos escondidos nos conventos e nos confessionários, sustentando espiritualmente o Corpo Místico de Cristo.

Se este artigo lhe despertou um senso de urgência, não se contente apenas em ler. Participe da batalha espiritual: ofereça sacrifícios, reze pelo clero e divulgue esta mensagem para que mais pessoas compreendam a gravidade do momento em que vivemos.

***

Clique aqui e acenda a Vela pela Santificação dos Sacerdotes, para que sejam fiéis e inspirem outros homens e mulheres a responderem generosamente ao chamado de Cristo.

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