Uma ferida que poucos conhecem e, no entanto, pode ser a de maior significado no holocausto do Padre Pio.
Quando contemplamos o Crucificado, a imagem que nos vem à mente são as cinco chagas sagradas: as mãos e os pés perfurados pelos cravos, e o lado aberto pela lança do centurião.
São as marcas visíveis do supremo sacrifício de Cristo, que entregou seu Corpo e Sangue para a salvação do mundo.
No entanto, há uma ferida que muitos desconhecem. Uma chaga que não aparece nas representações clássicas da Paixão, mas cuja dor foi insuportável: a chaga do ombro.
Essa ferida foi causada pelo peso esmagador da Cruz sobre as costas já dilaceradas de Nosso Senhor. Segundo antigas tradições e revelações privadas, essa foi a chaga mais dolorosa de todas – um sofrimento que ficou oculto dos olhos humanos, mas que marcou profundamente o corpo de Cristo.
E assim como Cristo, alguns santos estigmatizados receberam essa mesma ferida misteriosa. Entre eles, Padre Pio de Pietrelcina.
A Chaga Oculta de Padre Pio
Embora suas mãos, pés e lado sangrassem visivelmente, há testemunhos que indicam que Padre Pio também carregava uma sexta chaga – uma ferida secreta no ombro, exatamente onde Cristo sustentou o peso da Cruz.
Diferente dos estigmas tradicionais, essa ferida permaneceu envolta em mistério, mencionada apenas em raras ocasiões e conhecida por pouquíssimas pessoas. Mas existem registros que confirmam sua existência.
O Encontro com o Futuro João Paulo II
Um dos relatos mais impressionantes veio de ninguém menos que o futuro Papa João Paulo II.
Na década de 1940, um jovem sacerdote polonês chamado Karol Wojtyla teve a oportunidade de visitar Padre Pio em San Giovanni Rotondo.
Durante o encontro, fez uma pergunta que muitos devotos gostariam de ter feito:
“Qual das suas chagas lhe causa mais dor?“
A resposta de Padre Pio foi inesperada e reveladora:
“A que mais me dói é aquela no ombro… que ninguém conhece e que nunca foi tratada.”
Wojtyla ficou surpreso. Ele esperava ouvir sobre as mãos perfuradas ou o peito ferido. Mas o frade capuchinho revelou que a dor mais intensa vinha de uma chaga invisível, guardada em segredo.
Anos depois, já como Papa, João Paulo II se referiria a Padre Pio como um “gigante da santidade”, um autêntico alter Christus (outro Cristo).
O Testemunho de Frei Modestino
Outro testemunho significativo veio de um dos frades que conviveram de perto com Padre Pio: Frei Modestino Fucci.
Ele notou que, ao trocar de roupa, Padre Pio frequentemente demonstrava um desconforto evidente. O santo suportava suas dores em silêncio, mas às vezes deixava escapar expressões de sofrimento ao vestir ou retirar sua camisa de lã, usada por baixo do hábito.
Certo dia, Frei Modestino perguntou com delicadeza:
“Padre, onde dói mais?“
A resposta foi breve, mas profunda:
“Ah, meu filho… é o ombro.“
O frade achou estranho, pois nunca tinha ouvido falar dessa ferida. Mas a confirmação veio anos depois, de maneira surpreendente.
Em 4 de maio de 1971, já após o falecimento de Padre Pio, Frei Modestino foi encarregado de catalogar os pertences do santo. Ao manusear uma de suas camisas de lã, notou algo peculiar: havia manchas de sangue na região do ombro direito.
Intrigado, passou a noite em oração, pedindo que Padre Pio lhe revelasse o que significava aquela descoberta.
Por volta da 1h da manhã, acordou subitamente com uma dor atroz e insuportável no ombro, como se uma lança tivesse atravessado sua carne.
A dor foi tão intensa que ele mal conseguia se mover. Mas, assim como veio, desapareceu.
Logo depois, um perfume intenso e celestial invadiu o quarto – um sinal típico da presença espiritual de Padre Pio.
Então, uma voz suave, mas firme, sussurrou em seu coração: “Foi isso que eu tive que sofrer.”
Frei Modestino caiu em prantos. Agora ele compreendia. Padre Pio realmente carregou a chaga do ombro, como Cristo no caminho do Calvário.
O Significado Espiritual da Chaga Oculta
Mas por que essa chaga permaneceu oculta?
O próprio Cristo revelou a São Bernardo de Claraval que sua ferida no ombro foi a mais dolorosa de todas e a menos conhecida pelos homens.
Essa dor silenciosa, escondida, representa algo profundo:
🔹 O sofrimento interior que não vemos nos outros.
🔹 As cruzes invisíveis que cada um, carrega no coração.
🔹 O sacrifício silencioso de tantas almas que oferecem suas dores a Deus.
Padre Pio, como um alter Christus, não apenas reproduziu as chagas visíveis de Cristo, mas também carregou a dor oculta da Cruz.
Seu exemplo nos ensina que o verdadeiro amor se manifesta na entrega total, mesmo quando ninguém vê.
O Santo Que Continua a Sofrer Por Nós
Muitos santos viveram a Paixão de Cristo de maneira profunda, mas Padre Pio a encarnou de forma única.
Ele sangrou com Cristo, chorou com Cristo, sofreu com Cristo. E agora, na glória dos céus, continua intercedendo por cada um de nós.
A sexta chaga de Padre Pio é um convite: Que também saibamos oferecer nossos sofrimentos ao Senhor, com a mesma humildade e amor que esse grande santo nos ensinou. Pois, como ele mesmo dizia: “O sofrimento aceito com amor é a chave do Paraíso.”
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Fortaleça sua fé e traga a presença do Santo Padre Pio sempre ao seu lado.
