A oração como arma contra uma legislação que pode transformar hospitais em locais de morte e desespero.
A luta contra um projeto de lei perigoso
No coração da Inglaterra, um grupo de católicos se ergue contra uma proposta que pode mudar drasticamente os rumos da moralidade no país.
Trata-se do projeto de lei Terminally Ill Adults (End of Life), que busca legalizar o suicídio assistido. A proposta, atualmente em tramitação no Parlamento britânico, foi recebida com preocupação por muitos fiéis, que temem pelo futuro das pessoas mais vulneráveis.
Foi nesse cenário que nasceu uma cruzada de oração. Católicos de toda a Inglaterra e do País de Gales se uniram para rezar o Rosário com um único objetivo: derrotar essa legislação antes que ela se torne uma realidade irreversível.
Uma batalha entre Davi e Golias
John Smeaton, cofundador da organização Voice of the Family, enfatizou a gravidade do momento: “Devemos rezar por um milagre e trabalhar para que [a derrota do projeto de lei] aconteça”. Para ele, a luta não é apenas política, mas também espiritual.
A inspiração vem da história bíblica de Davi e Golias. Assim como o jovem pastor derrubou o gigante filisteu com uma simples funda e cinco pedras, os católicos acreditam que o Rosário – arma poderosa de Nossa Senhora – pode deter esse avanço da cultura da morte.
A ameaça oculta nos hospitais
Muitos opositores do projeto de lei alertam para suas consequências devastadoras. O cardeal Vincent Nichols, de Westminster, destacou que países como Canadá, Holanda e Bélgica, que legalizaram o suicídio assistido, viram um aumento vertiginoso de mortes entre doentes terminais e pessoas com deficiência.
Para Smeaton, os corredores dos hospitais britânicos podem se tornar verdadeiros “campos de extermínio” caso a proposta seja aprovada.
Padre Pio, que tantas vezes alertou contra os pecados que levam à morte espiritual, certamente se posicionaria com firmeza contra leis que incentivam a morte física como solução para o sofrimento.
O poder transformador do Rosário
O padre dominicano Thomas Crean, também engajado na cruzada, lembra que “uma única pedra foi suficiente para vencer o filisteu” e que um Rosário bem rezado tem força para mudar o curso da história. Ele enfatiza que a oração não precisa ser perfeita, mas deve ser feita com fé e intenção sobrenatural.
O que essa batalha nos ensina? Que a oração tem poder real e que a mobilização dos fiéis pode influenciar decisões políticas. Enquanto os lobistas tentam convencer parlamentares com argumentos frios, os católicos respondem com o ardor da oração.
A luta ainda não está decidida. Mas se há algo que a história e a fé nos ensinam é que, quando o povo de Deus se levanta em oração, milagres acontecem.
