Uma reflexão sobre como a linguagem vulgar degrada o coração, o convívio e ofende a Deus.

Um hábito espalhado como um vírus
Os palavrões estão por toda parte.
Basta ligar a TV, ouvir uma música popular ou prestar atenção a uma conversa de rua. Tornaram-se tão comuns que, muitas vezes, passam despercebidos.
Mas não deveria ser assim. Afinal, as palavras têm peso. Elas moldam pensamentos, constroem exemplos e revelam a pureza (ou a vulgaridade) que carregamos dentro de nós.
Falar palavrões, à primeira vista, pode não parecer pecado, quando visto como fruto de uma irritação passageira e sem consequências.
Mas a realidade é bem diferente.
No evangelho, Nosso Senhor é muito severo a esse respeito: “A boca fala daquilo de que o coração está cheio” (Lc 6,4).
A boa notícia é que, como acontece com qualquer mau hábito, abandoná-lo é possível, embora exija esforço e decisão.
Abandonar o hábito de falar palavrões não é apenas questão de etiqueta. É um ato de caridade. É respeito por si mesmo e pelo próximo. Sobretudo, é reverência a Deus.
E se ainda resta dúvida, aqui estão três razões que mostram por que vale a pena deixar os palavrões para trás.
1. Católicos de verdade não xingam
Um coração que busca a Deus não pode se alimentar da vulgaridade.
Certa vez, chegou ao confessionário do Padre Pio um pedreiro que tinha o hábito de falar palavrões.
Ele queria confessar-se, mas talvez não achasse que os palavrões fossem pecados graves.
Padre Pio, então, perguntou-lhe quantas vezes ele havia dito palavrões.
— Mas que pergunta, Padre! — respondeu o pedreiro — Não contei.
Padre Pio, com firmeza e prudência, fez ver que não poderia conceder a absolvição enquanto o penitente não abandonasse aquele modo de falar inadequado.
Essa atitude firme revela algo simples, mas profundo: a santidade passa também pela boca.
É por isso que convidamos você a tornar-se Filho Protegido do Padre Pio. Quem caminha ao lado deste grande santo encontra forças para abandonar os vícios e viver em estado de graça.
Se não rejeitamos o que é errado, logo passamos a aceitá-lo. O inaceitável se torna aceitável.
2. O palavrão semeia o mal exemplo
Para o bem ou para o mal, o exemplo que damos através de nosso modo de falar é notado e imitado.
O Apóstolo São Paulo diz que “Somos feitos espetáculo ao mundo, aos anjos e aos homens” (I Cor 4,9).
Você já se flagrou repetindo um bordão de um influencer? Já viu uma criança imitar o jeito de falar de um adulto? Pois é. Nosso falar educa, para o bem ou para o mal.
Palavrões têm efeito multiplicador e colaboram para a decadência moral da sociedade.
Quantos youtubers e celebridades ganham fama usando uma linguagem que desonra a beleza da língua e do ser humano?
Se queremos reerguer nossa cultura da lama, um bom começo é parar com os palavrões.
3. O palavrão não é agradável a Deus
As paixões desordenadas do homem acolhem satisfeitas a vulgaridade.
Indivíduos ímpios, quando confrontados ou desafiados, frequentemente se saem com a mesma resposta: palavrões e insultos vulgares.
Essa é a linguagem dos movimentos que promovem o pecado! Mas Nosso Senhor enfrenta com clareza o problema da linguagem obscena e vulgar:
“Eu vos digo: no dia do juízo os homens prestarão contas de toda palavra vã que tiverem proferido. É por tuas palavras que serás justificado ou condenado” (Mt 12, 36-37).
Como falar palavrões pode ser algo neutro se o Santo Rei Davi pedia:
“Ponde, Senhor, uma guarda em minha boca, uma sentinela à porta de meus lábios. Não deixeis o meu coração inclinar-se para o mal” (Sl 140, 3-4)?
Palavras impensadas, sujas ou agressivas não escapam ao olhar divino. Porque cada pequena palavra é uma semente de vida ou de perdição.
Suas Palavras constroem Seu destino Eterno
Abandonar os palavrões é mais do que boa educação: é um compromisso de santidade.
E um passo concreto na contramão de uma cultura que banaliza o mal e zomba da virtude.
Se você não está convencido, o Santo Cura d’Ars adverte que:
“A boca de uma pessoa que fala palavrões e tem um falar contrário à pureza não é senão uma abertura e um tanque por onde o Inferno vomita suas impurezas sobre a Terra”.
Se nos dizemos cristãos, não deveríamos ajustar em tudo nossas vidas ao divino modelo de Nosso Senhor Jesus Cristo?
Nos Evangelhos vemos que Sua linguagem era constituída somente de “palavras de vida eterna” (Jo 6, 68).
Pode-se imaginar a elevação, a seriedade e a doçura das conversas da Sagrada Família na casa de Nazaré?
Se você deseja fortalecer sua vida espiritual e purificar sua linguagem, una-se hoje mesmo ao grupo dos Filhos Protegidos do Padre Pio.
Se queremos restaurar a dignidade da fé, da família e da sociedade, comecemos pela boca.
Falar palavrão não é uma atitude virtuosa: nunca foi, nunca será!





