Crime em igreja do Pará choca fiéis e reforça a necessidade de maior zelo pela Eucaristia

Aos olhos do mundo, um simples ato de vandalismo. Para os fiéis católicos, um crime de proporções gravíssimas.
A profanação do sacrário da igreja da comunidade São José Operário, em Oriximiná (PA), não é apenas um dano material: é um atentado direto contra Nosso Senhor Jesus Cristo, presente na Hóstia Consagrada.
O crime, ocorrido no dia 26 de fevereiro passado, deixou um rastro de destruição e indignou os fiéis, que encontraram as Sagradas Espécies jogadas ao chão como se fossem objetos quaisquer.
Ataque à Igreja e ao Santíssimo Sacramento
O relato da equipe de coordenação da comunidade é claro: os criminosos arrombaram janelas, quebraram portas e violaram objetos litúrgicos. O foco principal, contudo, foi o sacrário: centro da vida católica, lugar onde Cristo é guardado sob as espécies do pão.
Não se trata de um simples roubo ou depredação de um templo, mas sim de um ataque contra a própria fé, um ato que evoca o grito dos inimigos da Igreja ao longo da história: “Non serviam!” (“Não servirei!”).
Tais crimes não acontecem por acaso. Há uma progressiva erosão dos valores religiosos na sociedade moderna, alimentada por um discurso que despreza a sacralidade e exalta o relativismo.
Quando o respeito à Igreja e aos seus símbolos é menosprezado, criam-se as condições para que a intolerância se manifeste de forma cada vez mais agressiva.
A profanação da Eucaristia: um crime gravíssimo
A Sagrada Eucaristia é o centro do culto católico, e sua profanação é um pecado de uma gravidade incalculável. O Código de Direito Canônico, em seu cânon 1367, estipula punição para aqueles que jogam fora ou levam com propósitos sacrílegos as Espécies Consagradas.
Além disso, a Sagrada Escritura é muito clara sobre o respeito devido ao Corpo de Cristo: “Quem come indignamente o pão ou bebe o cálice do Senhor será culpado do Corpo e do Sangue do Senhor” (1 Cor 11,27).
Santos como o Padre Pio ensinaram com o próprio exemplo a reverência absoluta à Eucaristia. O santo de Pietrelcina chegava a chorar diante da mera ideia de que a Hóstia fosse tratada com descaso.
O que diria ele diante de tal profanação? Seu coração, inflamado de amor por Nosso Senhor, estremeceria de dor ao saber que há almas capazes de tamanha impiedade.
Por que tantos silenciam?
O que mais impressiona não é apenas a violência desse crime, mas também o silêncio de muitos que deveriam se indignar.
Se uma ofensa semelhante fosse cometida contra qualquer outro grupo religioso, as manchetes de jornais estariam repletas de expressões de repúdio, autoridades se mobilizariam e a opinião pública exigiria justiça.
Por que, então, quando a Igreja é atacada, há uma tolerância cúmplice e um mutismo escandaloso?
Há muito tempo se promove uma cultura de indiferença ao sagrado, e essa omissão só fortalece aqueles que desejam reduzir a Igreja ao silêncio e ao esquecimento. Mas, se o mundo se cala, os católicos não podem se omitir.
O que fazer diante dessa afronta?
O crime cometido na igreja de Oriximiná pede mais do que lamentos: exige uma reação firme e decidida.
- Reparar a ofensa a Nosso Senhor – O primeiro passo é realizar atos de desagravo, como Horas Santas e procissões reparadoras. Cristo foi ofendido, e cabe a seus fiéis acudir a essa dor com orações e sacrifícios.
- Exigir investigação rigorosa – As autoridades precisam ser pressionadas para que os culpados sejam identificados e punidos conforme a gravidade do crime.
- Aumentar o zelo pela Eucaristia – Quantas igrejas não têm segurança adequada? Quantos tabernáculos não são tratados com a dignidade devida? Esse crime é um alerta para que os católicos reforcem a proteção aos sacrários e jamais deixem Nosso Senhor abandonado.
- Divulgar e denunciar – Quanto mais católicos souberem desse crime, mais poderão se unir na oração e na defesa da fé.
O chamado para a militância católica
Diante desse quadro, não basta lamentar. É necessário um despertar de consciências. Se os inimigos de Cristo não têm medo de violar o sacrário, é porque os católicos ainda não mostraram a força de sua fé.
Que essa afronta nos recorde o dever de lutar, de testemunhar, de amar e defender aquilo que é mais sagrado.
Padre Pio, que sofria os estigmas por amor a Nosso Senhor, nos ensina que a cruz não pode ser evitada: ou a abraçamos com coragem, ou seremos cúmplices da tibieza.
A pergunta é clara: seremos nós aqueles que deixam a fé ser atacada sem reação, ou nos levantaremos para defendê-la? O tempo de decidir é agora.
2 respostas
Jesus ,Maria e José nossa família vossa é.
Meu Senhor meu Deus meu tudo …..tem misericórdia de nós.