Sob ameaça, mas firmes na fé: a perseguição contra cristãos nos dias de hoje

Relatos recentes mostram que a perseguição aos cristãos segue presente no mundo. Seja cruenta, com sangue derramado, seja incruenta, por meio de leis e censura.

A perseguição aos cristãos continua sendo um dos grandes dramas de nosso tempo.

Ela se manifesta de duas formas principais: a perseguição cruenta, quando há violência física, assassinatos, destruição de igrejas e aldeia.

E a perseguição incruenta, que ocorre sem sangue, mas sufoca a fé por meio de leis injustas, processos judiciais, prisões e censura.

Embora muitos casos ainda passem despercebidos, organizações internacionais e redes locais de monitoramento têm trazido à luz situações que exigem oração, solidariedade e ação.

Nos últimos dias, organizações dedicadas à defesa da liberdade religiosa dos cristãos, como a International Christian Concern, a ADF International e a Open Doors, documentaram novos episódios de hostilidade.

Esses relatos confirmam uma realidade já antiga: os cristãos continuam sob pressão em várias partes do mundo.

Nos últimos dias, relatórios de organizações que monitoram a liberdade religiosa dos cristãos, entre elas a International Christian Concern, a ADF International e a Open Doors, trouxeram à tona novos episódios de hostilidade contra comunidades cristãs.

As denúncias, feitas em diferentes continentes, reforçam um quadro já conhecido: em várias partes do mundo, viver a fé cristã ainda significa enfrentar riscos constantes.

Em alguns lugares, a perseguição assume novas formas; em outros, trata-se da continuidade de hostilidades que já duram anos.

Este artigo reúne alguns dos casos mais recentes e oferece uma reflexão sobre o panorama atual.

Índia. Hostilidade legal e social em Rajasthan

No dia 29 de setembro, diversas organizações denunciaram um aumento repentino de agressões contra cristãos no estado de Rajasthan, situado no noroeste do país e fazendo fronteira com o Paquistão

Esse crescimento veio logo após a aprovação de uma lei estadual que proíbe as assim chamadas “conversões religiosas ilegais”.

Conhecido por abrigar o deserto de Thar e cidades históricas como Jaipur, Rajasthan já vem sendo, há algum tempo, palco de tensões religiosas, que agora se intensificaram com a nova legislação.

Esse tipo de lei, chamada de “anticonversão”, tem sido usado em vários estados indianos para criminalizar atividades normais da vida cristã, como batizar, pregar ou realizar obras de caridade.

Aqui vemos claramente a forma incruenta de perseguição: não há sangue derramado, mas cria-se um ambiente hostil em que os cristãos vivem com medo de praticar sua fé publicamente.

Com sua ajuda, podemos dar voz a esses católicos silenciados e revelar ao mundo a pressão brutal que sofrem. Apoie esta missão com sua doação agora!

Nigéria. Ameaça de execução pública por “blasfêmia”

A Nigéria é um dos países mais perigosos para os cristãos, tanto pela violência de grupos jihadistas quanto pela aplicação de leis religiosas.

O caso de Yahaya Sharif-Aminu é um exemplo: preso há mais de cinco anos por suposta blasfêmia via WhatsApp, ele enfrentou em 26 de setembro uma audiência preliminar na Suprema Corte.

Durante a audiência, um advogado que representava o Estado chegou a declarar que, caso condenado, Yahaya Sharif-Aminu seria executado em praça pública. Um lembrete chocante de como a justiça pode ser distorcida em instrumento de terror.

Leis de blasfêmia, aplicadas de forma arbitrária, já foram usadas diversas vezes no país, e esse episódio mostra a continuidade de uma prática antiga, agora reacendida em pleno tribunal.

É um exemplo de perseguição incruenta que pode facilmente tornar-se cruenta, pois a pena prevista é a morte.

Nigéria. Ataques de milícias Fulani

A violência contra comunidades cristãs no país não é novidade. Há anos, militantes muçulmanos Fulani têm atacado vilarejos inteiros, deixando rastros de destruição e morte.

No dia 14 de setembro, seis cristãos foram mortos em Plateau em mais um desses ataques.

Esse padrão de violência, sistemático e repetido, é uma forma de perseguição cruenta que já ceifou milhares de vidas, mostrando que a tragédia não é episódica, mas parte de um processo prolongado.

República Democrática do Congo. Massacre em velório

Na província de Norte de Kivu, o grupo extremista Allied Democratic Forces, ligado ao Estado Islâmico, há anos espalha terror contra populações cristãs.

No início de setembro, militantes invadiram um velório em Ntoyo, na região leste do país marcada pela presença de grupos armados, assassinando dezenas de pessoas e incendiando casas.

Esse episódio é novo, mas inserido em uma longa sequência de massacres promovidos pelo Allied Democratic Forces na região. Demonstra como até momentos de oração e luto são transformados em alvos de ódio religioso.

China – Mongólia Interior. Bíblias vistas como “crime”

A repressão estatal contra cristãos na China também não é um fenômeno recente. Há anos o governo exerce controle rígido sobre práticas religiosas.

Em 11 de setembro, o tribunal de Hohhot, capital da Região Autônoma da Mongólia Interior, no norte da China, confirmou a condenação de 10 cristãos por distribuírem Bíblias, chamando a atividade de “negócio ilegal”.

O fato é novo, mas não isolado: integra um processo contínuo de restrições, agora reforçado por novas regras de censura digital.

É perseguição incruenta que se prolonga no tempo, sufocando a fé por meio de mecanismos burocráticos.

Vitória parcial. Libertação de um cristão injustamente condenado

Mesmo em meio a tantos retrocessos, há sinais de esperança.

No norte da Nigéria, um cristão conhecido como “David” foi libertado após nove anos de prisão injusta. Ele havia sido condenado sem advogado de defesa e sob tortura, apenas por ter ajudado duas mulheres convertidas.

Sua libertação, alcançada com o apoio da ADF International, mostra que a luta pela liberdade de professar a fé não é em vão.

Casos assim são raros, mas revelam que, mesmo em meio a uma perseguição prolongada, ainda se abrem brechas pelas quais a justiça e a esperança podem triunfar.

Ajude-nos a ser essa brecha de esperança para tantos católicos esquecidos. Sua doação fortalece as iniciativas que levam fé e apoio a quem sofre em silêncio.

Escócia. Recentes episódios mostram como a fé já enfrenta barreiras legais no Ocidente.

Na Escócia, em Uddingston, uma pequena cidade próxima a Glasgow, David Moodley foi confrontado pela polícia enquanto pregava pacificamente na rua sobre diferenças entre o cristianismo e o Islã.

Segundo a polícia, ele estaria cometendo o delito de “breach of the peace”, ruptura da paz, apesar de ter sido agredido durante o ato.

Ainda na Escócia, desta vez em Paisley, a poucos quilômetros de Glasgow, uma idosa de 75 anos, Rose Docherty, foi presa por segurar um cartaz nas proximidades de um hospital onde se realizam abortos.

A mensagem dizia: “Coerção é crime, aqui para conversar, se quiser”. Ela foi acusada de desrespeitar as chamadas “zonas de exclusão”, que proíbem manifestações pacíficas em torno desses estabelecimentos.

Os episódios, ocorridos na semana passada, reacenderam o debate sobre até onde governos ocidentais podem ir ao restringir a manifestação de fé e a liberdade de expressão.

Mobilização internacional. Condenação no Congresso dos EUA

Em junho, o Congresso dos Estados Unidos apresentou uma resolução condenando a perseguição a cristãos. Embora seja uma iniciativa nova, ela se soma a outras tentativas internacionais de pressionar governos e conscientizar a opinião pública.

Trata-se de um exemplo de como a questão, ainda que persistente e antiga, pode ganhar destaque em fóruns globais e gerar ações diplomáticas.

Os casos recentes confirmam que a perseguição contra cristãos é uma realidade recorrente e multifacetada.

Em alguns lugares, como Nigéria e Congo, ela é cruenta: derrama sangue, destrói aldeias, interrompe vidas.

Em outros, como a Índia e a China, a perseguição assume, na maioria das vezes, a forma incruenta, mas não por isso menos nociva: ela prende, censura e criminaliza os fiéis.

A distinção entre o que é “novo” e o que é “contínuo” ajuda a entender que não estamos diante de episódios isolados, mas de um fenômeno persistente, que assume formas diferentes em cada contexto.

Diante disso, o chamado é claro: não ser indiferentes.

É preciso rezar, apoiar juridicamente, dar voz às vítimas e manter acesa a chama da solidariedade cristã.

Cada gesto conta nessa batalha silenciosa. Apoie esta causa com sua doação e faça parte da missão de sustentar a fé onde ela é atacada.

Pois, como disse São Paulo: “Se um membro sofre, todos os membros compartilham do sofrimento” (1 Cor 12,26).

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