57 anos após sua partida, seu testemunho permanece vivo na Igreja.
Um dia para celebrar a santidade
Hoje, 23 de setembro, a Igreja celebra a Festa de São Pio de Pietrelcina.
Há 57 anos, nesse mesmo dia, o mundo se despedia do humilde frade capuchinho que marcou a história da fé com seu testemunho de oração, penitência e amor às almas.
Esta data não é apenas memória de sua morte, mas um convite a reviver sua missão. Porque um santo permanece vivo junto a Deus e continua a ser exemplo luminoso para todos nós.
Uma vida consumida no amor de Deus
Na madrugada de 23 de setembro de 1968, às 2h30 da manhã, Padre Pio partiu para o Paraíso.
Tinha 81 anos e uma vida marcada pelo sofrimento, mas também por uma entrega total a Cristo e às almas.
Quem o conhecia via um homem gasto pela missão, que suportava dores físicas e espirituais, mas nunca deixava de se oferecer pelos pecadores.
Era como se suas fadigas falassem de um amor maior, que não poupava esforços para resgatar os corações perdidos.
No confessionário, suas palavras – às vezes duras, mas sempre cheias de verdade – não concediam apenas perdão; devolviam a esperança.
A rotina de um santo incansável
Enquanto a cidade ainda dormia, Padre Pio já estava de pé. Suas madrugadas começavam no silêncio do altar, onde ele mergulhava em oração diante de Jesus Sacramentado.
Dessa intimidade brotava a força para celebrar a Santa Missa, diariamente às 5 horas da manhã, encontro em que se unia profundamente ao Crucificado.
Depois, passava até 18 horas entre o confessionário, o altar e a direção espiritual. Dia após dia, acolhia multidões que vinham em busca de perdão e de paz.
Muitos, perdidos ou desesperados, encontravam em seus gestos, em suas palavras, a ação direta da misericórdia divina.
Porque o Padre Pio era, sobretudo, uma imagem de Jesus bom pastor, conduzindo seus filhos espirituais pelos caminhos da salvação.
Hoje, na festa de São Pio de Pietrelcina, você também pode se colocar sob a proteção espiritual deste grande santo. Torne-se um Filho Protegido do Padre Pio e viva sob sua poderosa intercessão.
Confessor firme, mas misericordioso
No confessionário, Padre Pio podia parecer duro. Mas sua severidade não nascia de frieza, e sim da consciência de que cada alma tinha diante de si a eternidade.
Ele não queria humilhar, mas despertar consciência e responsabilidade. Certa vez disse a um penitente:
“Meu filho, o pecado não é só a transgressão da lei de Deus. Não! O pecado é principalmente a traição do amor”
Para ele, a confissão era o momento em que o pecador precisava compreender que estava chamado a viver uma vida nova.
Ele acreditava que o verdadeiro arrependimento nascia quando o pecador encarava o próprio pecado sem desculpas, compreendendo o chamado à santidade que estava sendo oferecido.
Por isso, muitos o recordam como exigente. Mas tantos outros o lembram como pai afetuoso e compassivo.
O mesmo homem que repreendia com firmeza também chorava com os arrependidos e os acompanhava com paciência infinita.
Ele variava o método, mas nunca mudava os sentimentos: horror ao pecado, amor profundo ao pecador.
Um santo para os nossos dias
Vivemos em um tempo marcado por trevas espirituais. O pecado se espalha com facilidade e a própria Igreja enfrenta provações que abalam até a fé de muitos sacerdotes.
Certa vez, perguntaram ao Padre Pio qual era sua missão. Sem hesitar, respondeu: “Eu vim para os sacerdotes.”
Já naquele tempo, ele enxergava a crise moral que se aproximava e sabia que seriam necessários sacerdotes santos para sustentar o rebanho de Cristo.
Um testemunho de seu processo de canonização confirma: Deus lhe revelou os acontecimentos da Igreja até o fim dos tempos.
Padre Pio contemplou nossas crises, nossas infidelidades e nossos pecados. Mesmo assim, ofereceu sua vida para que a graça triunfasse.
Neste dia de festa, em que a Igreja inteira se alegra, dê um passo a mais na sua fé. Inscreva-se como Filho Protegido do Padre Pio e viva diariamente debaixo do seu cuidado paternal.
Por isso, celebrá-lo hoje não é apenas recordar sua vida, mas pedir que interceda por nós e nos alcance a graça de amar a Deus acima de tudo e de consumir nossas vidas no fogo do Seu Amor.
