São Luiz Gonzaga: Da Nobreza à Santidade.
Na tranquila província de Mântua, Itália, em 1568, nasceu um jovem destinado à grandeza não apenas entre a aristocracia, mas na história da espiritualidade católica.
São Luiz Gonzaga, nascido em um berço nobre como filho de Ferrante Gonzaga, Marquês de Castiglione, foi moldado por um conflito interno entre o chamado das armas e o chamado dos altares.
Criado sob a guia fervorosa de sua mãe Marta, que infundiu nele uma espiritualidade robusta, Luiz escolheu um caminho que desafiou expectativas e transformou corações.
Despertar Espiritual
Desde tenra idade, Luiz manifestava um crescimento espiritual notável. Aos dez anos, consagrou-se à Santíssima Virgem Maria e fez também um voto perpétuo de virgindade.
Enviado a Florença como pajem do grão-duque da Toscana, posteriormente serviu no mesmo posto ao filho do rei Filipe II da Espanha, onde aproveitou para estudar filosofia na Universidade de Alcalá, além de dedicar-se à oração e leituras espirituais.
O Segredo Revelado
Aos catorze anos, realizou sua primeira comunhão das mãos de São Carlos Borromeu.
Compartilhou com sua mãe sobre sua vocação ao sacerdócio e desejo de ingressar na Companhia de Jesus (Jesuítas) mas quando seu pai soube, opôs-se veementemente.
Luiz, porém, determinado em sua busca espiritual, declarou:
“Busco a salvação! Que todos a busquem também!”.
Seu pai, tentando desviá-lo desse caminho, enviou-o às cortes italianas na esperança de que ele se distraísse, porém, movido pela sua vocação, pediu ingresso na Companhia de Jesus.
São Luiz Gonzaga Na Companhia de Jesus
Aos dezessete anos, abdicou de sua vida nobre e luxuosa, renunciando aos títulos e herança em favor de seu
irmão mais novo, Rodolfo, e partiu para o Noviciado dos Jesuítas.
Sua humildade e penitência destacaram-no na Companhia, e seus superiores reconheceram seu caráter. Ele seguia fielmente aquilo que determinava o princípio e fundamento estabelecido por Santo Inácio de Loyola.
Últimos Anos e Glória
Em 1590, devido aos estudos, mudou-se para Roma, onde uma epidemia de tifo assolava a cidade. Comovido pelo sofrimento do povo, dedicou-se ao cuidado dos doentes.
No entanto, contraiu a doença e faleceu em 21 de junho de 1591, aos vinte e três anos. Em 31 de dezembro de 1726, ele foi canonizado junto com outro noviço jesuíta, Estanislau Kostka, pelo Papa Bento XIII.
Sua vida foi um testemunho de caridade e pureza de coração, fazendo com que ele fosse posteriormente declarado padroeiro da juventude em 1729 pelo mesmo papa.
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