Sacerdote, missionário e fundador francês, introduziu pela primeira vez a festa pública em honra ao Sagrado Coração de Jesus.

“Autor, pai, doutor, apóstolo, promotor e propagandista da devoção litúrgica aos sagrados Corações de Jesus e Maria”.
Foi assim que o Papa São Pio X definiu São João Eudes, cuja memória litúrgica a Igreja celebra neste dia 19 de agosto.
Infância marcada pelo amor de Jesus
No coração da Normandia, em 1601, nasceu João Eudes, um menino destinado a mudar os rumos da espiritualidade católica.
Desde cedo, sua vida foi conduzida pelo seu grande desejo de amar a Deus.
Aos 14 anos, entrou no colégio dos jesuítas em Caen, contrariando os planos dos pais, que sonhavam em vê-lo casado e cuidando da granja da família.
Mas o pequeno João Eudes havia feito outro voto: o de se consagrar inteiramente a Jesus Cristo. Assim, em 1621, recebeu as ordens menores e iniciou os estudos de Teologia, decidido a dedicar-se ao sacerdócio.
Pouco depois, entrou para a Congregação do Oratório, fundada pelo Cardeal de Bérulle, com a finalidade de promover a perfeição sacerdotal.
Um missionário incansável
Em 1623, foi ordenado e iniciou uma intensa vida missionária. Durante esse período, percorreu regiões marcadas pela Guerra dos Trinta Anos, pregando e ouvindo confissões.
Seu estilo era simples e direto: pregava, descia do púlpito e se sentava ao confessionário.
Para ele, “o pregador agita os ramos, mas o confessor é quem caça os pássaros”.
Como sacerdote e missionário, São João Eudes entendeu que sua missão era conduzir as almas ao Coração ardente de Jesus.
Fundador e Reformador
Nos seus anos como missionário, São João Eudes percebeu a necessidade de uma reforma na formação do clero. Muitos sacerdotes estavam despreparados diante das crises espirituais do tempo.
Em meio às ruínas espirituais de seu tempo, fundou a Congregação de Jesus e Maria, conhecida como Eudista, destinada à formação de sacerdotes.
Na cidade de Caen, ergueu o primeiro seminário, exemplo que logo se multiplicaria pela França.
Sua obra nasceu de uma convicção profunda: um sacerdote bem formado pode transformar a vida espiritual de todo o povo.
O Promotor da Devoção ao Coração de Jesus
Foi São João Eudes quem, pela primeira vez, introduziu uma festa pública em honra ao Sagrado Coração de Jesus.
Em 1670, na capela do seminário de Rennes, celebrou-se a primeira Missa dedicada ao Coração de Jesus.
Um ano depois, publicou seu célebre livro “A Devoção ao Adorável Coração de Jesus”, incluindo nele a Missa e o Ofício do Sagrado Coração que se espalharam rapidamente pela França.
Essa devoção se espalhou e, consequentemente, levou à fundação de Confrarias dedicadas aos Sagrados Corações de Jesus e Maria, que foram enriquecidas por indulgências pelo Papa Clemente X.
Embora Santa Margarida Maria Alacoque tenha recebido revelações posteriores, foi São João Eudes o pioneiro em dar expressão litúrgica a essa devoção.
O Papa Leão XIII reconheceria mais tarde que foi São João Eudes quem “introduziu o culto do Sagrado Coração de Jesus e do Doce Coração de Maria”.
Últimos anos e legado
Nos últimos anos de sua vida, São João Eudes dedicou-se a escrever o tratado ‘O Admirável Coração da Santíssima Mãe de Deus’. Através desse livro, procurou introduzir na Igreja a devoção ao Imaculado Coração de Maria.
Morreu em 19 de agosto de 1680, deixando como herança um movimento devocional que, mais tarde, abriria caminho para as revelações do Sagrado Coração a Santa Margarida Maria, em Paray-le-Monial.
Beatificado em 1909 pelo papa São Pio X e canonizado em 1925 pelo papa Pio XI, São João Eudes é considerado o precursor e grande apóstolo dos Corações de Jesus e Maria.
Sua vida é um lembrete de que a verdadeira renovação da Igreja nasce da intimidade com o Coração de Jesus.
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