Um profeta inflamado de zelo, um mártir da verdade e o elo entre o Antigo e o Novo Testamento.

No dia 24 de junho a Igreja Católica celebra a Natividade de São João Batista. Sua figura se impõe como uma das mais altas expressões da santidade e da fidelidade ao chamado divino.
Ele não apenas preparou os caminhos do Senhor, como selou sua missão com o martírio.
Em tempos em que a verdade é relativizada, o testemunho deste santo se ergue como um brado de coragem, penitência e testemunho.
O Nascimento que Fez o Céu Estremecer
O nascimento de São João Batista foi, por si só, um milagre e um sinal profético.
Santa Isabel, sua mãe, era estéril e de idade avançada, e seu pai, São Zacarias, ao duvidar das palavras do Arcanjo São Gabriel, ficou mudo até o nascimento da criança, como sinal do poder e da fidelidade de Deus.
Antes mesmo de nascer, João foi tocado pela graça. Quando a Santíssima Virgem visitou Isabel, levando em seu ventre o Verbo Encarnado, o pequeno João estremeceu de júbilo no seio materno, reconhecendo, por inspiração do Espírito Santo, a presença do Messias.
Foi naquele momento que, segundo a Tradição, ele foi santificado, tornando-se purificado do pecado original antes mesmo do nascimento.
Ao nascer, seu pai, cheio do Espírito Santo, pronunciou o Benedictus, hino solene que louva a misericórdia divina e anuncia a missão profética de seu filho: preparar os caminhos do Senhor.
São João não era um menino qualquer. Desde o ventre materno, foi separado por Deus para ser o Precursor, o último e o maior dos profetas, aquele que não apenas anunciaria o Cristo, mas O veria face a face.
Um Profeta como Elias
Com o espírito e o poder de Elias, João viveu no deserto, longe das comodidades, preparando-se com austeridade para sua missão profética.
Sua vida era uma pregação viva: o vestuário rude, a dieta penitente e o desapego total do mundo denunciavam, silenciosamente, a corrupção do povo e dos líderes religiosos de seu tempo.
Foi justamente por esse desapego que sua voz tinha autoridade. Não buscava glórias humanas, não tinha alianças com os poderosos, nem temia o juízo dos homens.
Sua palavra era como espada: “Raça de víboras! Quem vos ensinou a fugir da ira vindoura?” – dizia ele aos fariseus e saduceus. Exortava ao batismo de arrependimento e à conversão sincera.
A comparação com Elias não é retórica. Assim como o profeta do Carmelo enfrentou reis e falsos profetas, João enfrentaria o próprio Herodes, sem temor de denunciar seu pecado.
Por isso, a Igreja sempre viu em São João o cumprimento da profecia de Malaquias: “Eis que envio o meu anjo, que preparará o caminho diante de mim.”
“Eis o Cordeiro de Deus!”
No momento em que Jesus se apresentou a João para ser batizado, a missão do Precursor chegou ao auge. Ele O reconheceu imediatamente: “Eis o Cordeiro de Deus, que tira o pecado do mundo.” É a maior de suas declarações. E a mais repetida pela liturgia da Igreja.
João não apenas reconheceu o Messias. Ele soube diminuir para que o Cristo crescesse. Recusou toda vanglória, não cedeu à tentação da popularidade.
Quando seus discípulos se inquietaram ao ver Jesus reunir multidões, João lhes respondeu com humildade sobrenatural: “O amigo do esposo exulta de alegria ao ouvir a voz do esposo. Esta é minha alegria, e ela está completa.”
Seu batismo, que era apenas figura, cedeu lugar ao verdadeiro Batismo, pelo qual o Espírito Santo nos regenera. E João, o maior dos nascidos de mulher, retirou-se discretamente, como uma estrela que se apaga diante do sol que nasce.
O Martírio pela Verdade
João foi morto não por crime algum, mas por fidelidade à verdade moral.
Denunciou o adultério de Herodes Antipas com Herodíades, esposa de seu irmão. Por isso, foi aprisionado e, mais tarde, decapitado a pedido da filha de Herodíades, num banquete corrompido pela vaidade e pela luxúria.
Seu martírio é um testemunho irrefutável da santidade da Lei divina. São João não negociou a Verdade. Preferiu a prisão à omissão, a morte à conivência.
Ele sabia que “é melhor obedecer a Deus do que aos homens” (At 5,29). Seu sangue clama por todos os que hoje são perseguidos por defender a moral católica, o matrimônio indissolúvel e a pureza.
É justamente essa fidelidade que inspira os Filhos Protegidos do Padre Pio: almas que não se calam diante do erro, que rezam, se sacrificam e sustentam obras que defendem a verdade contra o mundo.
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A Igreja sempre venerou seu martírio como um exemplo de fidelidade heroica. Não é por acaso que João Batista é o único santo, além da Virgem Maria, cuja natividade e martírio são celebrados liturgicamente.
Um Santo para os Tempos de Crise
Vivemos dias em que o erro se disfarça de tolerância, o pecado é exaltado como liberdade e o escândalo moral toma conta dos lares e das nações.
Diante disso, a figura de São João Batista se ergue como um antídoto divino contra a covardia espiritual.
Ele nos lembra que a fé exige combate, que a Verdade é inegociável e que o preço da fidelidade pode ser alto. Mas nunca será maior do que a recompensa prometida.
O mesmo espírito animava o Santo Padre Pio, que jamais se calou diante do pecado.
Mesmo sob perseguições, calúnias e vigilância eclesiástica, manteve-se firme, chamando os fiéis à penitência, à confissão e à reparação. Ele, como João, era uma voz que incomodava os acomodados.
Hoje, mais do que nunca, urge que católicos se levantem com o espírito de João: austeros, firmes, sem medo de chamar o pecado pelo nome.
Que ele interceda por nós, para que tenhamos a coragem de preparar, também nós, os caminhos do Senhor. Em nossas famílias, em nossas paróquias e na nossa pátria.
Uma maneira concreta de começar é unindo-se a um exército silencioso de oração e reparação, sem precisar sair do conforto do seu lar.
Sob a proteção de Padre Pio, os Filhos Protegidos são fortalecidos com direção segura, tesouros devocionais e o consolo de ver suas intenções oferecidas no Santo Sacrifício da Missa.
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