Em 4 de abril de 1919, Francisco Marto partiu para a eternidade. Hoje, a Igreja recorda sua entrega silenciosa, seu amor à Eucaristia e sua missão de consolar o Coração de Deus
Um dia para lembrar e honrar
Neste 4 de abril, a Igreja volta os olhos a Fátima e ao Céu para recordar o 106º aniversário da morte de São Francisco Marto, um dos três videntes das aparições de Nossa Senhora em 1917.
Sua vida curta, mas extraordinariamente fecunda, continua a inspirar gerações que desejam amar mais profundamente o Senhor — especialmente em tempos de provação e apostasia.
Francisco tinha apenas 10 anos quando entregou sua alma a Deus, vítima da gripe espanhola.
Morreu serenamente, com a certeza de quem viveu a missão que lhe foi confiada pela Mãe de Deus: consolar o Coração de Jesus, tão ofendido pelos pecados do mundo.
“Eu prefiro consolar o Senhor”
Ao lado da irmã Jacinta e da prima Lúcia, Francisco presenciou os seis encontros com Nossa Senhora na Cova da Iria. Mas, entre os três, foi o mais silencioso.
Enquanto Jacinta ardia de zelo pelos pecadores e Lúcia assumia o papel de porta-voz da mensagem, Francisco mergulhava no silêncio, no recolhimento e na contemplação.
Em um dos diálogos com Lúcia, ele expressou com clareza o seu chamado: “Eu prefiro consolar o Senhor”.
Essa frase, simples e profunda, resume toda a espiritualidade do jovem santo. Ele não buscava os holofotes nem grandes obras externas — sua missão era interna, espiritual, oculta, mas poderosa.
Junto ao “Jesus Escondido”
Mesmo pequeno, Francisco compreendia o valor da Eucaristia. Enquanto Lúcia e Jacinta iam à escola, ele permanecia na igreja, diante do Tabernáculo. “Vão vocês ao colégio, eu ficarei aqui com o Jesus Escondido”, dizia, revelando uma alma profundamente eucarística.
Esse mesmo amor silencioso ao Santíssimo Sacramento lembra a vida de outro grande santo do nosso tempo: o Santo Padre Pio, que também viveu para a Eucaristia, para o altar, para a reparação.
É como se Deus, em tempos distintos, levantasse sentinelas para reparar o Seu Coração ferido: em Pietrelcina, um frade; em Fátima, um menino pastor.
Quem deseja trilhar um caminho semelhante ao de Francisco encontrará, nas orações presentes no Devocionário do Padre Pio, uma fonte segura para aprofundar-se nesse amor escondido.
Ligue para 0800 006 1223 ou 707 502 677 (Portugal) e peça o seu.
O adeus de um santo
Na véspera de sua morte, Francisco recebeu a comunhão pela última vez. O pároco de Fátima registrou em livro: “com grande lucidez e piedade”.
Ele confirmou, diante do sacerdote, ter visto uma Senhora na Cova da Iria e nos Valinhos. E assim, no dia 4 de abril de 1919, entregou-se ao Céu.
Lúcia, que esteve com ele até os últimos momentos, perguntou-lhe entre lágrimas:
— Queres mais alguma coisa?
— Não — respondeu com a voz já sumida.
— Então adeus, Francisco! Até ao Céu!
— Adeus, até ao Céu.
Essa despedida tornou-se emblemática. Era o fim da missão de um pequeno mártir do amor — e o início de sua intercessão eterna.
Canonizado com sua irmã Jacinta em 2017
Francisco foi canonizado pelo Papa Francisco em 13 de maio de 2017, junto com sua irmã Jacinta, durante a celebração do centenário das aparições.
O milagre reconhecido foi a cura inexplicável do menino brasileiro Lucas, que caiu de uma janela e entrou em coma. Seus pais, confiando nos pastorinhos, rezaram com fervor — e o milagre aconteceu.
A presença desse jovem santo continua viva entre nós. Muitos fiéis, ao recordar este dia, recorrem à Nossa Senhora de Fátima pedindo pela intercessão de São Francisco Marto e de sua irmã Santa Jacinta, graças para si e para os seus.
Se desejar fazer o mesmo, ligue para 0800 006 1223 ou 707 502 677 e peça para incluir seu nome na Missa de Nossa Senhora de Fátima.
Um modelo para os tempos de hoje
Num mundo barulhento e hostil à fé, São Francisco Marto se ergue como um ícone do silêncio adorador. Sua vida é um apelo urgente para voltarmos ao essencial: adoração, recolhimento, reparação e amor ao Senhor escondido na Eucaristia.
O que ele fez em tão pouco tempo? Amou. Reparou. Acreditou. Morreu em paz. E agora nos chama a fazer o mesmo.
Hoje, neste dia que recorda sua entrada no Céu, por que não fazer um pequeno gesto em sua memória? Acender uma vela, visitar uma igreja, sentar-se diante do Sacrário… e repetir em silêncio: “Quero consolar o Senhor”.
Ele escuta. Ele espera. E talvez, neste exato momento, Francisco Marto também esteja escutando.