A devoção chegou cedo, ganhou gestos concretos e permanece viva em igrejas, peregrinações, novenas e leituras.

A chegada da devoção ao Brasil
A devoção a Santa Teresinha do Menino Jesus começou a se espalhar pelo Brasil ainda antes de sua canonização.
Foi o jesuíta francês Padre Henri Rubillon, professor no Colégio Anchieta, em Nova Friburgo–RJ, quem trouxe a história da jovem carmelita de Lisieux para os brasileiros.
Por meio de missões e retiros, ele difundiu a espiritualidade da “Pequena Via” e incentivou a leitura da História de uma Alma, publicada em 1898, apenas um ano após a morte de Teresinha.
As próprias carmelitas de Lisieux reconheciam sua atuação, chamando-o de “incansável apóstolo da irmã Teresa no Brasil”.
Em carta de 1918, a irmã Marie-Emmanuel escreveu: “Que alegria é para nós ver a devoção à irmã Teresa desenvolver-se no Brasil, e quanto graças a vós.”
Também o Monsenhor Ascânio Brandão, sacerdote da Diocese de Taubaté, promoveu intensamente a devoção a Santa Teresinha, publicando livros que popularizaram a espiritualidade da Pequena Via.
É essa mesma espiritualidade que a Aliança Teresiana continua a cultivar hoje. Clique aqui e torne-se membro para viver, no dia a dia, a confiança e o amor ensinados pela Santa das Rosas.
Bandeira, “Urna do Brasil” e um vínculo que se tornou concreto
O carinho dos brasileiros logo se transformou em gestos concretos.
Em 1919, o Padre Rubillon arrecadou fundos para enviar a Lisieux uma bandeira do Brasil em um estojo de madeira gravado com o brasão de Teresa.
No ano seguinte, as carmelitas pediram ao padre que os brasileiros doassem a urna destinada a receber os ossos de Teresinha.
Assim, pela generosidade dos fiéis, foi possível enviar a Lisieux um baú de jacarandá, conhecido como “Urna do Brasil”, para guardar as relíquias.
Essa Urna foi utilizada nas primeiras peregrinações das relíquias pela França, entre 1945 e 1947, e novamente entre 1995 e 1996.
Em 1997, esteve também no Vaticano, por ocasião da proclamação de Santa Teresinha como Doutora da Igreja.
A Conversão do Presidente Nilo Peçanha
Em 1924, o senador Nilo Peçanha, ex-presidente do Brasil (1909-1910), encontrava-se entre a vida e a morte por uma grave doença hepática.
Embora fosse figura bem conhecida no cenário político, ele era afiliado à Maçonaria, onde atingira o posto de grão-mestre.
Após uma cirurgia mal-sucedida, ele estava à beira da morte quando um amigo colocou uma relíquia de Santa Teresinha sob seu travesseiro, enquanto orações eram feitas por sua conversão.
Para espanto de todos, duas horas depois, a graça foi alcançada: Nilo pediu um padre, confessou-se, abjurou seus erros e recebeu os sacramentos.
O milagre, amplamente conhecido nos círculos políticos, só fez aumentar a devoção a Santa Teresinha no Brasil.
Uma devoção que não esmorece
No Brasil, a devoção a Santa Teresinha é imensa e permanece viva. Igrejas lhe são dedicadas em todo o país.
A primeira, no bairro da Tijuca, no Rio de Janeiro, foi inaugurada em 1924. Em Taubaté–SP, em 1929, foi erguido o primeiro santuário do mundo em honra a Santa Teresinha.
Entre as mais conhecidas estão a Paróquia Santa Teresinha, em São Paulo, no Bairro de Higienópolis.
Nelas todas, os fiéis encontram consolo e esperança na promessa da santa: “Passarei o meu céu fazendo o bem sobre a Terra.”
Sua autobiografia “História de uma Alma” continua entre os mais lidos entre os católicos brasileiros.
E muitos relatam graças alcançadas por meio da sua intercessão, sempre simbolizadas pelas “chuvas de rosas” que ela mesma prometeu.
Relíquias que arrastam multidões
Em 2024, o Brasil recebeu pela quarta vez as relíquias de Santa Teresinha. As anteriores foram em 1997, 1998 e 2022.
Foram cerca de 70 cidades visitadas, de janeiro a outubro, em uma peregrinação que se inseriu nos jubileus de 150 anos de nascimento da carmelita (2023) e dos 100 anos de sua canonização (2025).
Igrejas lotaram. Filas se formaram, atraindo milhares de fiéis em cada localidade.
O povo brasileiro demonstrou, mais uma vez, que é sensível ao perfume das rosas que Santa Teresinha prometeu espalhar.
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Um legado que permanece
Santa Teresinha continua sendo a santa das rosas, a doutora da confiança e do amor.
No Brasil, ela não é apenas lembrada. Ela é amada, procurada e celebrada em cada paróquia, em cada novena e em cada pedido atendido.
Como ela mesma prometeu: “Depois da minha morte, farei cair do Céu uma chuva de rosas”.
E o Brasil, terra que a acolheu com tanto fervor, continua colhendo as rosas dessa promessa.
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