
N um pequeno convento de San Giovanni Rotondo, um frade capuchinho desafiava as leis da medicina, da física e da lógica.
Padre Pio não era um frade como os outros: durante 50 anos carregou em seu corpo as chagas de Cristo, lia as almas, aparecia em dois lugares ao mesmo tempo, e chegava a passar 18 horas ininterruptas no confessionário, guiando pecadores de volta a Deus.
Por trás desses fenômenos extraordinários, escondia-se um homem de oração profunda, cuja vida espiritual girava em torno de três amores:
- a Eucaristia;
- a Virgem Maria;
- e a oferta de seus sofrimentos pela salvação das almas.
Sua existência foi um marco vivo da Paixão de Cristo, mistério que vivia espiritualmente e em sua própria carne, e que ainda hoje inspira quem recorre a ele.
Se deseja levar suas preocupações a esse santo e receber uma palavra que oriente o seu caminho, peça agora um conselho ao Padre Pio.
Neste artigo, percorremos os principais marcos da vida do Padre Pio, um santo extraordinário.
Quem foi Padre Pio?
Francesco Forgione, mais conhecido como Padre Pio, foi um santo capuchinho italiano conhecido por seus estigmas e dons sobrenaturais.
Sua vida foi marcada pelo sofrimento físico e espiritual, mas, acima de tudo, por uma entrega radical a Deus.
Sacerdote exemplar, dedicou toda a sua existência, seus esforços e seus dons ao ministério: quando não estava celebrando a Missa, passava horas incontáveis no confessionário, oferecendo o Sacramento da Reconciliação sem descanso.
Seus estigmas, que o acompanharam por 50 anos entre dores incessantes, exalavam um perfume misterioso de rosas, tornando-se fonte de graças para todos que buscavam sua intercessão.
Perseguido, caluniado e submetido a interrogatórios rigorosos, chegou a ser proibido de celebrar os sacramentos.
Mesmo assim, jamais cedeu ao ressentimento: manteve-se obediente e humilde até seu último suspiro, fazendo de cada prova um testemunho de seu grande amor a Deus.
Qual é a história do Padre Pio?

Padre Pio veio ao mundo em Pietrelcina, uma pequena aldeia no sul da Itália, na região de Benevento.
Seu nascimento ocorreu às 5 horas da tarde do dia 25 de maio de 1887, em um povoado de apenas 5 mil habitantes. E aqui surge uma intrigante coincidência: o número 5 parece ter marcado sua vida de forma singular.
Observe: 25 é 5 multiplicado por 5, e maio é o quinto mês do ano. Ainda mais curioso, no convento de San Giovanni Rotondo, sua cela será a de número 5, e ele viverá lá com outros 5 frades.
Depois de sua ordenação sacerdotal, celebrava a Santa Missa diariamente às 5 horas da manhã. E, em seu corpo, carregou cinco estigmas — um sinal divino que permaneceu por cinquenta anos exatos.
Batizado no dia seguinte ao seu nascimento, recebeu o nome de Francesco. Muitos supunham que era uma homenagem a São Francisco de Assis, mas o próprio Padre Pio esclareceu: era em honra a São Francisco de Paula, fundador da Ordem dos Mínimos.
A família do Padre Pio
Seus pais, Grazio Forgione e Maria Giuseppa De Nunzio, eram camponeses humildes, de pouca instrução, mas profundamente piedosos.
Apesar das dificuldades da vida no campo, a Providência nunca lhes faltou, e sua fé simples sustentava o lar.
O casal foi abençoado com oito filhos: Miguel, Francesco, Amália, o pequeno Francesco (futuro Padre Pio), Felicita (a irmã predileta do Padre Pio), Pellegrina, Grazia (ou Graziela) e Mário.
Mais tarde, ao celebrar matrimônios, Padre Pio costumava desejar aos noivos “otto bambini” (oito filhos), uma clara referência à sua própria família numerosa a quem tanto amava.
Jesus era o centro da vida dos Forgione. A devoção a Nossa Senhora e aos santos permeava seu cotidiano: a Madonna della Libera, padroeira de Pietrelcina, foi o primeiro “amor” espiritual do jovem Francesco.
Por veneração a Nossa Senhora do Carmo, a família jejuava rigorosamente às quartas, sextas e sábados.
O terço diário, rezado em conjunto, era um costume sagrado e cotidiano naquele lar simples, que viu crescer o maior santo dos tempos modernos.
Infância
Padre Pio era uma criança diferente, sempre muito obediente e solícita em ajudar a seus pais. Enquanto cuidava do modesto rebanho da família (apenas duas ovelhinhas) na propriedade rural, já revelava um coração contemplativo.
Aos cinco anos, num gesto precoce de entrega, consagrou-se a Deus. Foi então que começaram as visões sobrenaturais: Nossa Senhora, Jesus Cristo e seu anjo da guarda tornaram-se presenças familiares em sua vida espiritual.
Aos dez anos, sua fé já manifestava uma maturidade incomum. O pequeno Francesco praticava penitências voluntárias, evitava brincadeiras vulgares e qualquer ocasião de pecado.
Enquanto outras crianças corriam para as travessuras, ele dedicava-se a práticas piedosas, buscando incessantemente agradar ao Senhor.
Vocação espiritual

Quando chegou a hora de iniciar seus estudos, o coração de Francesco despertou para um anseio maior: o sacerdócio.
Ainda menino, conheceu Frei Camilo, um capuchinho do Convento de Morcone que batia à sua porta pedindo esmolas. Ao vê-lo, Francesco anunciou: “Quero ser um frade de barba”, com a simplicidade das crianças que reconhecem seu chamado.
Seu pai, Grazio, resistiu inicialmente à ideia, preocupado com as dificuldades financeiras que os estudos trariam. Sua mãe, ao contrário, acolheu com imensa alegria a vocação do filho.
Determinado a possibilitar os estudos do jovem, Grazio fez o sacrifício de deixar sua terra natal, partindo primeiro para a Argentina e depois para os Estados Unidos, onde trabalhou incansavelmente.
Aos dezesseis anos, no dia 6 de janeiro de 1903, Francesco ingressou no noviciado da Ordem dos Frades Menores Capuchinhos em Morcone, adotando o nome de “Frei Pio”.
Seu mestre era o padre Tommaso, um tanto severo, mas extremamente caridoso com os noviços. A vida no local era marcada por grande austeridade, o que fortaleceu tanto o caráter quanto o espírito do jovem Frei Pio.
Ao concluir o ano de noviciado, em 1904, professou os votos simples.No dia 27 de janeiro de 1907, fez seus votos perpétuos. Dois anos depois, em 18 de julho de 1909, foi ordenado diácono no Convento de Morcone.
Finalmente, em 10 de agosto de 1910, Frei Pio foi ordenado sacerdote aos 23 anos na Catedral de Benevento.
Seus primeiros anos como sacerdote não foram fáceis. Além do agravamento de seus problemas de saúde, a guerra mergulhava o mundo em caos. Padre Pio foi convocado para alistar-se no Exército italiano, porém foi dispensado por motivos médicos.
Apesar de sua fraqueza física (causadas pela doença), viveu seu sacerdócio com zelo e profundo amor pelas almas, dedicando a maior parte do seu tempo ao confessionário e ao direcionamento espiritual.
Normalmente dócil e gentil, agia com rigidez e severidade quando queria despertar os corações endurecidos pelo pecado. Mesmo assim, ou talvez por isso, cada vez mais fiéis o buscavam, ansiosos por seus conselhos.
Mesmo assim, ou talvez por isso, cada vez mais fiéis o buscavam, ansiosos por seus conselhos.
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Perseguição da Igreja
A perseguição sofrida pelo Padre Pio permanece como um dos capítulos mais dolorosos de sua vida.
Apesar de sua reconhecida fama de santidade e dos incontáveis milagres atribuídos a ele, Padre Pio enfrentou décadas de desconfiança sistemática, investigações intrusivas e restrições impostas por autoridades eclesiásticas.
Inicialmente, a Santa Sé demonstrou ceticismo. Diversos clérigos e médicos da época insistiam na hipótese de que seus estigmas poderiam ser feridas auto infligidas ou manifestações de origem psicológica.
Essa postura culminou, em 1923, com um decreto do Santo Ofício que proibia explicitamente a divulgação de notícias sobre Padre Pio e desencorajava os fiéis de peregrinar a San Giovanni Rotondo.
As sanções foram severas: de 1923 a 1926, ele foi privado do direito de celebrar Missa publicamente e de ouvir confissões, permanecendo sob vigilância constante.
Bispos e médicos se revezavam em visitas para examinar seus estigmas, buscando provas que confirmassem ou negassem sua autenticidade.
Ao longo dos anos, inúmeros interrogatórios e investigações foram conduzidos, com pareceres médicos que oscilavam entre o reconhecimento da natureza sobrenatural dos estigmas e acusações veementes de fraude.
A hostilidade institucional foi alimentada por inveja e intrigas. Figuras como o arcebispo de Manfredonia, Monsenhor Pasquale Gagliardi, acusavam-no publicamente de charlatanismo e histeria, retratando-o como uma ameaça à ordem eclesiástica.
Um alívio parcial veio em 1933, quando o Papa Pio XI revogou parte das restrições, permitindo que Padre Pio retomasse seu ministério público.
No entanto, a sombra da desconfiança nunca se dissipou por completo. Em 1960, já sob o pontificado de João XXIII, novas investigações foram abertas, e o idoso capuchinho viu-se novamente limitado em seu ministério, um epílogo amargo para décadas de humilde fidelidade.
Foram anos de incompreensão e dor, que ele viveu com paciência e fé, transformando cada prova em ocasião de santidade.
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Morte do Padre Pio
No ano de 1968, já consumido pela velhice (81 anos) e pela doença, após uma vida inteira dedicada à salvação das almas, Padre Pio entregou sua alma a Deus Nosso Senhor, recebendo a Extrema Unção e o Viático em seus últimos momentos.
Com o rosário entre as mãos e os santos nomes de Jesus e Maria nos lábios, seu coração cessou de bater nas primeiras horas da madrugada de 23 de setembro de 1968, no convento de San Giovanni Rotondo.
Seu corpo foi sepultado três dias depois, em 26 de setembro, numa cerimônia que reuniu uma multidão de mais de cem mil fiéis de todo o mundo.
Como Padre Pio recebeu os estigmas?

No dia 20 de setembro de 1915, durante suas orações, Padre Pio foi surpreendido por uma dor aguda, à maneira de queimadura, nas mãos, nos pés e abaixo do coração.
Curiosamente, nenhuma lesão visível podia ser observada nessas áreas, deixando os médicos perplexos quanto à origem dessas dores inexplicáveis.
Eram, na verdade, a manifestação dos estigmas invisíveis que recebera.
Três anos depois, enquanto meditava sobre a Paixão de Cristo diante do crucifixo na capela do Mosteiro de San Giovanni Rotondo, Padre Pio suplicou a graça de compartilhar os sofrimentos de Jesus.
Nesse instante, uma visão extraordinária se apresentou: uma figura misteriosa com mãos, pés e peito a sangrar – era o próprio Jesus crucificado!
Tomado por intensa agonia, Padre Pio soltou um grito e caiu ao chão.
Foi então que as mesmas feridas que antes eram invisíveis tornaram-se manifestas: suas mãos, pés e peito começaram a sangrar, revelando finalmente os estigmas que carregava.
Quais são os dons do Padre Pio?
Ao longo de sua vida, Padre Pio manifestou ao menos 26 dons e carismas espirituais. Entre os mais conhecidos destacam-se os estigmas, a clarividência, a ciência infusa e o dom de cura.
Testemunhas relataram fenômenos extraordinários, como sua capacidade de bilocação – estar em dois lugares simultaneamente – e casos em que antecipava (ou mesmo revelava) os pecados dos fiéis no confessionário, antes mesmo de serem confessados. Era o dom da leitura das consciências.
Na Segunda Guerra Mundial, soldados norte-americanos afirmaram tê-lo visto voando próximo a San Giovanni Rotondo, impedindo que os aviões bombardeassem a cidade.
Além disso, Padre Pio experimentava êxtases, visões celestiais e jejuns prolongados. Possuía ainda o dom de discernimento dos espíritos, da profecia e exalava um perfume de rosas, associado às suas chagas.
Entre seus carismas menos conhecidos, registra-se até mesmo episódios de invisibilidade e de levitação, onde Padre Pio andou sobre uma multidão, como outrora Jesus caminhou sobre o mar.
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Quais foram os milagres reconhecidos do Padre Pio?

Muitos milagres são atribuídos à intercessão do Padre Pio, incluindo curas inexplicáveis, ressurreição de mortos e diversas outras graças maravilhosas. Esses fatos não tardaram a ocorrer, na verdade estão presentes na vida do Padre Pio desde a sua juventude.
Vamos relatar, porém, aqueles reconhecidos pela Santa Sé, tanto para sua beatificação (1999) quanto para sua canonização (2002).
O milagre reconhecido, após a análise dos teólogos, para a beatificação do Padre Pio foi a cura de uma mulher chamada Consiglia De Martino, diagnosticada com linfoma não-Hodgkin, uma doença incurável.
No dia 1º de novembro de 1995, ela foi hospitalizada após exames revelarem um rompimento no duto torácico do pescoço, o que formou um nódulo contendo dois litros de fluido linfático, confirmado por tomografias.
Os médicos alertaram que a cirurgia, marcada para dois dias depois, seria extremamente delicada.
Consiglia, devota do Padre Pio, começou a pedir sua intercessão. Sua filha telefonou para Frei Modestino de Pietrelcina, discípulo do santo em San Giovanni Rotondo, que imediatamente foi rezar junto ao seu túmulo.
Pouco depois, Consiglia sentiu um intenso perfume inexplicável. No dia seguinte, os médicos constataram o impossível: o fluido havia desaparecido completamente, assim como a doença, sem qualquer tratamento médico ou cirúrgico.
Já para a canonização, o milagre reconhecido foi a cura de Matteo Pio Colello, um menino de oito anos em estado crítico por meningite nos primeiros meses do ano 2000.
Seus pais, devotos do Padre Pio, recorreram a Frei Modestino, assim como Consiglia. O caso parecia perdido: o coração de Matteo parou, exigindo reanimação, e os médicos não davam esperanças.
A mãe do menino e Frei Modestino foram ao túmulo do santo, onde rezaram o rosário.
Dias depois, Matteo despertou do coma relatando um sonho com um “homem de barba branca e hábito marrom” que o confortava e dizia que ele iria melhorar. E assim foi, ele ficou curado e não teve sequelas.
São Pio de Pietrelcina é protetor do quê?
Embora a Igreja Católica não tenha oficialmente proclamado São Pio de Pietrelcina como padroeiro de nenhuma causa, profissão ou circunstância específica, sua devoção popular como protetor dos enfermos e dos que sofrem permanece profundamente arraigada entre os fiéis.
Conhecido por seus estigmas, seu dom da bilocação e seu incansável ministério no confessionário, Padre Pio tornou-se um símbolo de esperança para milhões de pessoas que buscam consolo físico e espiritual.
Muitos devotos atribuem graças e curas à sua intercessão, especialmente em situações de dor crônica, doenças graves e sofrimentos emocionais.
Essa relação íntima com o sofrimento humano não é acidental: a vida de Padre Pio foi marcada por provações físicas e perseguições, o que o aproxima, na experiência dos fiéis, daqueles que carregam cruzes semelhantes.
Quando é o dia do Padre Pio?
A Igreja celebra São Pio de Pietrelcina no dia 23 de setembro, data que marca seu dies natalis, ou seja, o dia em que, em 1968, aos 81 anos, deixou esta vida terrena para nascer definitivamente na glória celestial.
Esta festa litúrgica comemora o término de sua longa jornada totalmente consagrada ao serviço das almas por amor a Nosso Senhor Jesus Cristo.
Quando Padre Pio foi canonizado?

Padre Pio foi canonizado no dia 16 de junho de 2002, pelo Papa João Paulo II, na Praça São Pedro, em Roma. A cerimônia reuniu cerca de 350.000 fiéis, num testemunho impressionante da grande devoção popular.
Para atender aos peregrinos, foram mobilizados mais de 4.000 ônibus e 50 trens especiais, transportando devotos de todas as regiões da Itália, além dos que vieram de outros países.
O momento culminante ocorreu quando o Papa, vestindo paramentos dourados, proclamou solenemente Padre Pio como santo, confirmando aquilo que o povo já reconhecia no coração.
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Imediatamente, vivas e aplausos eclodiram em Roma e por toda a Itália, celebrando aquele que já era venerado pelo povo como santo muito antes da canonização oficial.
Oração para Pedir Graças pela Intercessão do Padre Pio
Ó Deus, que doastes a São Pio de Pietrelcina, sacerdote capuchinho, o insigne privilégio de participar, de modo admirável, da Paixão de vosso Filho, por sua intercessão, concedei-me a graça… [peça a graça] que tanto desejo; e, sobretudo, de unir-me à Paixão de Jesus, para depois chegar à Sua gloriosa ressurreição. Assim seja.
Pai-Nosso, Ave-Maria, Glória ao Pai.
Conclusão
Padre Pio foi um homem de fé extraordinária, cuja vida continua a inspirar milhões. Seus estigmas, milagres e sofrimento o tornam uma das figuras mais fascinantes da santidade moderna.
Sua canonização confirmou o que muitos já sabiam: ele era verdadeiramente um santo.
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