Quando Surgiu a Missa do Galo?

Como se originou a celebração que atravessou séculos até se tornar parte central do Natal cristão.

A meia-noite de 24 para 25 de dezembro guarda um mistério que acompanha a Igreja há quase dois mil anos.

Segundo a tradição, nessa hora, um galo teria cantado de maneira extraordinária anunciando o nascimento do Messias.

Desde então, a Missa celebrada neste horário (ou na noite do dia 24 de dezembro) recebeu o nome que atravessou séculos: Missa do Galo.

Mas como essa tradição começou? E por que ela permanece tão viva no coração dos católicos?

Origens Antigas: Papa São Telésforo

A origem da Missa do Galo remonta aos primeiros séculos do Cristianismo.

O registro mais antigo aparece durante o pontificado do Papa São Telésforo (126–137 d.C.), a quem se atribui a instituição de uma celebração noturna na véspera do Natal.

Embora os documentos da época não mencionem a data do Natal, estudiosos, como o teólogo Taylor Marshall no livro “A Cidade Eterna”, consideram provável que o dia 25 de dezembro já fosse celebrado, e a Missa noturna surgisse como vigília litúrgica desta festa.

Imagine Roma naquela época: ruas silenciosas, pequenos grupos de cristãos caminhando discretamente para a igreja, lamparinas tremeluzindo nas paredes de pedra, e um clima de expectativa no ar.

Apesar do perigo, os cristãos queriam celebrar essa noite em que a Virgem deu à luz ao Filho de Deus feito homem.

Costumes Populares na Espanha e em Portugal

Ao longo dos séculos, diversas regiões incorporaram práticas próprias à celebração.

Em Toledo, na Espanha, os lavradores sacrificavam um galo antes da meia-noite de 24 de dezembro, em memória do canto que acompanhou a negação de Pedro.

Em aldeias espanholas e portuguesas, o costume era levar um galo vivo para a igreja. Se a ave cantasse durante a Missa, o gesto era interpretado como sinal de boas colheitas no ano seguinte.

É quase possível imaginar a cena: o templo silencioso, o cheiro de alecrim misturado ao frio do inverno, e de repente… um canto claro, inesperado, rompendo a noite.

Esses costumes, apesar de variados, revelam como a devoção popular ajudou a moldar o imaginário em torno dessa celebração.

Como Era essa Missa nos Primeiros Séculos

Nos primeiros séculos, as vigílias de Natal eram marcadas por jejum, cânticos e longos períodos de oração comunitária.

As catacumbas e lugares de oração permaneciam iluminados por lâmpadas de azeite e tochas; em regiões frias, espalhava-se palha pelo chão para amenizar a temperatura.

O momento mais esperado era o canto do “Gloria in excelsis Deo”, quando campainhas eram tocadas para anunciar liturgicamente o nascimento de Cristo.

E o galo foi escolhido como símbolo desta celebração porque representa vigilância, fidelidade e testemunho cristão.

Para cultivar essa vigilância interior — tão própria das noites santas celebradas pelos primeiros cristãos — muitos fiéis se unem aos Filhos Protegidos do Padre Pio.

Se desejar conhecer melhor essa família espiritual, que conta com duas missas semanais e as bênçãos de São Pio de Pietrelcina, clique aqui e saiba como fazer parte.

A Missa do Galo na Liturgia Romana

Com o passar do tempo, a celebração da meia-noite deixou de ser apenas um costume local e passou ao centro da vida litúrgica da Igreja.

Em Roma, a Missa do Galo começou a ser presidida pelo próprio Papa, gesto que conferiu à celebração um caráter oficial e universal.

Como sucessor de São Pedro, o bispo de Roma tinha a missão de proteger e consolidar as tradições recebidas.

Ao conduzir pessoalmente a Missa do Galo, ele não apenas acentuava a solenidade da noite de Natal, mas também fixava essa liturgia como parte estável do rito cristão.

Assim, unindo autoridade litúrgica e devoção popular, a Missa do Galo atravessou séculos, mantendo sua estrutura essencial praticamente intacta.

Da Igreja para o Lar: O Costume Atual

Hoje, a Missa do Galo permanece como uma das celebrações mais significativas do calendário litúrgico.

Após a Missa, famílias retornam para casa, colocam a imagem do Menino Jesus no presépio e partilham a ceia de Natal, mantendo viva uma tradição que une fé e convivência familiar.

Em muitos lares, inclusive, distribuem-se presentes, simbolizando o maior dom que a humanidade recebeu naquela noite em Belém.

Apesar das mudanças culturais, a celebração conserva seu papel original: recordar, na noite de Natal, um dos acontecimentos centrais da fé cristã.

E para quem deseja prolongar essa vivência espiritual para além da noite de Natal, fortalecendo a fé da própria família durante todo o ano, inscreva-se no grupo Filhos Protegidos do Padre Pio.

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