Quando os Ateus Fuzilaram o Sagrado Coração

O ódio ao Coração de Jesus devastou a Espanha. Hoje, a indiferença ameaça o Cristo Redentor. Veja por quê.

“Reinarei na Espanha”

Na penumbra silenciosa de um convento jesuíta em Valladolid, em maio de 1733, o jovem Bernardo de Hoyos (1711-1735), então com apenas 22 anos, ajoelhava-se para fazer sua ação de graças.

Ouviu então, interiormente, uma promessa de que jamais esqueceria:

“Reinarei na Espanha, e com mais veneração que em outras partes.”

A partir dessa revelação, Bernardo de Hoyos tornou-se o maior propagador da devoção ao Coração de Jesus em sua pátria.

Morreu apenas dois anos após receber as revelações, entretanto seu apostolado havia frutificado. O mal até tentou impedir o reinado do Coração de Jesus, sem sucesso!

Em 1900, o Papa Leão XIII consagrou todo o mundo ao Sagrado Coração de Jesus, um gesto profético e global, que prepararia o solo espiritual para algo grande.

Na Espanha, essa consagração ecoou fortemente: surgiu uma campanha para consagração do país e para erguer um monumento visível à realeza do Sagrado Coração.

O Sagrado Coração Reina sobre a Espanha

O local escolhido não foi por acaso: o Cerro de los Ángeles, o ponto geográfico central do país (e da Península Ibérica), como se o próprio coração da Espanha se inclinasse ao de Jesus.

30 de maio de 1919. Uma multidão se reúne no alto do Cerro de los Ángeles.

Sob o céu limpo da primavera castelhana, o rei Afonso XIII, consagra a nação ao Coração de Jesus pedindo, em tom grave e solene:

“Reinai, Senhor, sobre esta terra bendita da Espanha, que Vós amastes tanto!”

À frente deles, uma escultura de Nosso Senhor com os braços abertos e o coração exposto.

Na coluna que a sustentava, duas composições alegóricas: de um lado, a humanidade já santificada; do outro, a humanidade em luta para se santificar.

A obra era teologia em pedra. O monumento simbolizava que Nosso Senhor reinava espiritualmente sobre a Espanha.

Naquele momento, a resposta da Espanha era de amor e adoração. Era um pacto. Mas pactos podem ser rompidos.

Cheiro de Pólvora no Ar

Nas décadas que seguiram, a Espanha começou a se afastar de seu juramento.

O reinado de Afonso XIII mergulhou em crises políticas, sociais e morais, problemas que afetavam a própria família real.

O século XX avançava e, com ele, o crescimento do socialismo revolucionário, do comunismo militante, do ateísmo organizado. A prática religiosa no país começou a decair.

Em 1931, cai o rei e toma o poder um regime que já não defende os direitos de Deus e da Santa Igreja.

De um lado, paróquias começaram a ser vandalizadas, padres perseguidos, conventos incendiados.

De outro, jornais exaltando a “nova era sem Deus” disseminavam-se.

As famílias católicas sentiam no ar a mudança: a Espanha, que um dia se ajoelhou diante do Sagrado Coração, agora começava a se envergonhar dEle.

Quando a Guerra Civil explodiu em 1936, não foi apenas uma batalha por território ou poder político. Era, sobretudo, uma guerra contra Deus.

E no centro simbólico dessa guerra estava o Cerro de los Ángeles.

Os Ateus Fuzilam o Coração de Jesus

23 de julho de 1936. É madrugada no Cerro, mas cinco católicos se mantêm firmes diante do monumento, em guarda de honra ao Sagrado Coração.

Têm entre 19 e 40 anos. Rezam o rosário. Sabem que podem morrer. E mesmo assim, ficam.

Eram Pedro Dorado (31 anos), Blas Ciarreta (40 anos), Vicente de Pablo García e Elías Requejo (19 anos), Fidel Barrios (21 anos).

Quando milicianos republicanos sobem o monte, os encontram ali, ajoelhados, indefesos. Não há julgamento. Apenas ódio!

Os cinco são fuzilados. Morrem bradando: “Viva Cristo Rei!”, “Viva o Sagrado Coração de Jesus!”. Seus corpos jazem diante da imagem do Cristo a quem haviam ofertado suas vidas horas antes.

Eles tombaram por amor ao Coração de Jesus. Hoje, você pode se unir a essa mesma defesa, não com armas, mas com oração e reparação.

Junte-se aos Guardiões do Sagrado Coração e mantenha viva essa guarda de honra. Ligue 0800 006 1223 (Brasil) ou 707 502 677 (Portugal).

Cinco dias depois, um grupo de milicianos, entre republicanos, comunistas e socialistas, decide, entre blasfêmias e insultos de toda a ordem, fuzilar a imagem do Sagrado Coração.

Um grupo de soldados, rindo, ruma ao Cerro, aponta seus fuzis para a imagem de Cristo. Fazem mira. Disparam. Disparam de novo. E de novo.

As balas estalaram na pedra como açoite. Depois, veio o fogo, a picareta, a dinamite. Em 7 de agosto, o corpo do Cristo de pedra jazia em ruínas. Restavam estilhaços. A promessa parecia esmagada sob os escombros.

Mas a verdade é que não fuzilaram uma estátua. Fuzilaram uma promessa. Um pacto. Fuzilaram, na alma da nação, o próprio Cristo.

Brasil e o Cristo Redentor

No outro lado do Atlântico, outra promessa estava sendo feita.

Em 1931, também num mês de outubro, o Cristo Redentor era inaugurado no alto do Corcovado, no Rio de Janeiro.

Na cerimônia de inauguração, o cardeal Dom Sebastião Leme consagrou oficialmente o Brasil a Cristo Rei.

O mesmo Divino Coração, passou a velar sobre o povo brasileiro.

Mas hoje… quem vela sobre o Cristo, que se tornou para o mundo a imagem do Brasil? A pergunta ecoa no vazio da indiferença.

Com cada vez mais frequência, o Cristo Redentor é transformado em vitrine de campanhas comerciais, cores de times de futebol e homenagens seculares.

A imagem, outrora epicentro de uma consagração nacional, tornou-se um ícone mundano, um fundo neutro para a vaidade do momento.

E o gesto mais revelador dessa indiferença é o silêncio com que grande parte da nação assiste a tudo isso, sem questionar, sem se importar.

O Brasil fez um pacto. Tem um monumento que é a sua própria assinatura neste compromisso. Consagrou-se ao Sagrado Coração. Mas agora ignora o que antes prometeu.

Nem sempre se quebra uma aliança com um golpe, às vezes basta um encolher de ombros.

Trata-se de honrar um pacto. Um pacto entre o Brasil e o próprio Deus. Não deixe esse compromisso ser esquecido.

Entre para o Grupo Guardiões do Sagrado Coração e mostre, com sua fé, que a promessa não será rompida. Ligue 0800 006 1223 (Brasil) ou 707 502 677 (Portugal).

E o preço da quebra não está no que se faz, mas no que se deixa de fazer.

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