Profanação em Amparo: dormir dentro de uma igreja virou atração turística

O que antes era sagrado agora é vendido como excentricidade. A casa de Deus transformada em hospedaria para turistas. Até quando permitiremos isso?

“Um lugar onde antes se adorava a Deus, hoje serve de quarto para turistas.” | Imagem meramente ilustrativa

Um escândalo silencioso entre as colinas de São Paulo

No interior do Brasil, onde tantas igrejas de pedra testemunharam a fé dos nossos antepassados, brota agora uma aberração que clama aos Céus. 

Em Amparo (SP), uma igreja – sim, uma igreja – foi transformada em hospedagem para turistas

Paga-se para dormir ali, dentro da antiga nave, onde antes soavam cânticos e se elevavam súplicas a Deus. Agora, é cenário para “experiências inusitadas de fim de semana”.

Mas o que há de inusitado em se entregar ao pecado da indiferença? Que espécie de repouso pode se encontrar sobre o chão onde, um dia, Cristo Sacramentado repousou? Dormir onde antes se ajoelhavam devotos, agora com chinelos, risos, garrafas de vinho e selfies diante do altar?

A pergunta que não cala: como chegamos a isso?

Santuário ou hotel? O que se perdeu no caminho

Não se trata apenas de uma antiga capela abandonada, daquelas que já não recebem Missas. Ainda que fosse, o sagrado jamais deixa de sê-lo por desuso. O que é consagrado para Deus jamais poderá ser entregue ao mundanismo, ao turismo descompromissado ou ao hedonismo moderno que tudo consome.

Mas aqui, a dor é maior. A edificação não foi desconsagrada formalmente, e mesmo que fosse – como justificar moralmente que um espaço que pertenceu a Nosso Senhor seja transformado em atração turística? Como admitir que o lugar onde tantas almas buscaram consolo seja agora explorado por dinheiro, numa verdadeira profanação consentida?

As autoridades eclesiásticas silenciam. O poder público finge que nada vê. E enquanto isso, o povo católico – fiel, devoto, sacrificado – assiste à sua fé sendo violada como se fosse uma atração de fim de semana.

Diante de tanto desprezo, não fique calado. Acenda uma vela em reparação e mostre de que lado você está.

A culpa grave dos que se hospedam

Não há neutralidade possível neste caso. Quem se hospeda ali, mesmo com boa intenção, comete uma falta objetiva. Participa de um escárnio contra Deus. Dorme onde não deveria sequer calçar os pés. Come onde se jejuava. Ri onde tantos choraram suas misérias diante do altar.

É como se transformassem o túmulo de um santo em um restaurante. Como se os confessionários virassem cabines de fotos. É uma zombaria, ainda que disfarçada de “interesse cultural”.

Aqueles que se prestam a esse tipo de turismo carregam, sim, uma culpa grave. Pois participam de uma banalização do que é mais precioso: o sagrado. 

E o sagrado, como bem sabia Padre Pio, não se toca com mãos sujas. “Ai daqueles que profanam o Corpo de Cristo!” – dizia ele com os olhos tomados de santa indignação.

Quando a fé vira negócio, perde-se a alma do povo

Este é um sintoma doloroso de uma doença mais profunda. Uma sociedade que relativiza tudo, até mesmo Deus, vê no sagrado apenas uma estética, um “ambiente pitoresco” para dormir uma noite e contar vantagem aos amigos depois.

A Igreja – não apenas a instituição, mas o templo – é o que há de mais íntimo entre Deus e o povo. Lá, os céus se abrem. Lá, o Altíssimo desce ao altar. E agora, transforma-se isso em “experiência diferente”?

Onde estão os fiéis? Onde estão os pastores? Onde está a reação da maioria católica deste Brasil, que se orgulha de sua fé?

Se, num tempo de grandes perseguições, os católicos se reuniam em catacumbas para manter viva a chama da fé, hoje, em plena liberdade, permitem que se apague essa mesma chama sob o manto do “turismo rural”.

E se fosse uma mesquita?

Façamos uma simples reflexão: se essa hospedagem fosse montada dentro de uma mesquita abandonada, quantos protestos já teriam sido feitos? E se fosse uma sinagoga? Seria permitido?

A resposta é clara: jamais. Porque outras religiões defendem com ardor o que lhes é sagrado. Mas entre católicos, reina muitas vezes uma estranha tibieza. Uma apatia que permite a destruição de tudo – desde que venha disfarçada de “inovação”.

Um paralelo com Fátima: o aviso ignorado

Lembremos que em Fátima, Nossa Senhora não apareceu em palácios nem em hotéis. Escolheu a simplicidade dos campos, mas exigiu reverência, penitência, e respeito ao sagrado

Os três pastorinhos sabiam disso. Choravam diante do menor sinal de irreverência. Teriam eles dormido dentro de uma igreja, por puro prazer? Nunca.

E o próprio Padre Pio, que viveu entre nós, conhecia o valor incomensurável do templo consagrado. Era capaz de enxergar os anjos ao redor do altar. Repreendia com firmeza quem entrava de qualquer jeito na igreja. Imagine o que diria diante de algo assim!

O que fazer?

É preciso agir. Protestar com caridade, mas com firmeza. Denunciar essa profanação às autoridades competentes. Escrever aos bispos. Alertar os fiéis. E, principalmente, rezar em reparação por essa ofensa tão grave, acendendo uma vela de reparação em nosso site.

Se o zelo por Deus não nos mover, então seremos cúmplices. Se não defendermos o que é d’Ele, Ele poderá dizer que não nos conhece. Que a indignação justa tome conta dos corações católicos e que se levante um clamor nacional por respeito ao sagrado!

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Sugestão de Carta de Protesto à Diocese de Amparo (SP)

(Encaminhar para: contato@reginafidei.com.br – a Associação Regina Fidei fará o envio oficial à diocese)

Excelentíssimo e Reverendíssimo Senhor Bispo,

Com profundo respeito à dignidade de Vosso ministério apostólico, venho, na qualidade de fiel católico, expressar minha consternação e indignação diante da notícia amplamente divulgada de que uma igreja situada no território da Diocese de Amparo (SP) foi transformada em local de hospedagem turística.

Trata-se de uma gravíssima profanação. A casa de Deus, templo consagrado ao culto divino, foi rebaixada a cenário de “experiência inusitada” para o lazer dos hóspedes. Onde antes se elevavam orações e súplicas, agora há descanso mundano, risos e selfies.

A dor que tal fato causa nos católicos verdadeiramente comprometidos com a fé é imensa. Mais do que um abuso material, é uma violência simbólica contra tudo o que temos de mais sagrado. O templo católico é extensão da própria presença divina entre os homens — e jamais deveria ser objeto de banalização, mesmo que sob o pretexto de turismo ou revitalização patrimonial.

Não se trata apenas de um erro de julgamento. É uma ofensa que clama por reparação.

Assim, com filial respeito, peço a Vossa Excelência Reverendíssima:

  1. Que seja esclarecida publicamente a situação jurídica e eclesiástica do imóvel em questão;
  2. Que, se ainda consagrado, cesse imediatamente qualquer atividade profana no local;
  3. Que, mesmo se desconsagrado, o uso atual seja oficialmente desautorizado e desaconselhado pela autoridade eclesiástica, como exemplo à fé católica da região;
  4. Que se convoquem atos públicos de reparação, como Missas, procissões ou orações, pelo ultraje cometido.

Na atual crise de fé e indiferença religiosa, é dever de cada fiel — e muito mais do pastor — erguer a voz em defesa do que é de Deus. Que o zelo de Vossa Excelência pelo templo do Senhor seja exemplo para o Brasil inteiro.

Rogando a bênção apostólica e as graças do Coração Imaculado de Maria sobre esta intenção, subscrevo-me com respeito filial,

[Nome completo]
[Cidade / Estado]
Fiel da Santa Igreja Católica

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