Você sabe porque é muito importante conhecer e meditar no exemplo de vida do Santo do dia?
O exemplo transforma
Por que a Igreja nos propõe diariamente a memória de um santo?
Essa pergunta, que à primeira vista parece apenas devocional, revela algo profundo sobre nossa própria natureza: somos seres feitos para a imitação.
Desde pequenos, imitamos os pais, os professores, os amigos. Repetimos gestos, palavras, atitudes.
Essa inclinação natural, presente desde a infância, também marca a nossa vida espiritual. O ser humano é, por excelência, uma criatura imitativa.
E esse impulso não termina no plano humano. Ele se estende ao sobrenatural.
Por isso, ao nos apresentar o “Santo do Dia”, a Igreja nos oferece não apenas uma lembrança litúrgica, mas um espelho de Cristo para ser contemplado e imitado.
Santos: Evangelho vivido
Como afirmou o Papa Bento XVI: “os Santos constituem o comentário mais importante ao Evangelho, uma atualização sua na vida cotidiana”.
Ou seja, eles não apenas viveram segundo os ensinamentos de Jesus, eles os encarnaram, tornaram visível e concreta a santidade que Deus espera de cada um de nós.
E é exatamente isso que o apóstolo São Paulo escreve aos Filipenses:
“Sede meus imitadores, irmãos, e observai os que andam segundo o modelo que tendes em nós” (Fl 3,17).
A imitação, aqui, é meio de crescimento. E os santos, exemplos vivos de que a santidade é possível.
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Um modelo para cada tipo de alma
Cada santo fala de um modo especial a cada fiel.
Na sua Introdução à Vida Devota, São Francisco de Sales recomendava:
“Olhe aquela diversidade de Santos e pergunte-lhes como chegaram ali. Aprenderá que os Apóstolos foram especialmente pelo amor; os Mártires pela constância; os Doutores pela meditação… e todos, em geral, pela humildade”.
Essa variedade nos mostra que há diferentes caminhos para Deus e todos passam pela graça. Os santos são como janelas que revelam nuances do próprio Jesus Cristo. Imitá-los é aproximar-se d’Ele.
E foi exatamente isso que moveu também o coração do Padre Pio.
Desde jovem, ele buscava espelhar-se nos santos, especialmente São Francisco de Assis, São Domingos de Gusmão, Santa Catarina de Sena, Santa Teresinha, São Pio X.
Mais tarde, tornou-se um deles mostrando, com sua vida, que a união com Deus é possível mesmo em meio à dor, às provações e à luta interior.
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Contra o espírito do tempo
Hoje, muitos veem os santos com desconfiança. Há quem os acuse, injustamente, de serem parte de um “culto idolátrico”.
Mas a verdade é que, longe de obscurecer Jesus Cristo, os santos o refletem.
O homem moderno, cercado de ídolos vazios e influenciadores passageiros, encontra nos santos um antídoto seguro contra o esquecimento do céu.
São homens e mulheres reais, com fraquezas e lutas, que souberam colocar Deus em primeiro lugar.
Eles nos lembram que a santidade não é um ideal inalcançável, é uma vocação concreta, feita de passos diários.
A força discreta do calendário litúrgico
O calendário litúrgico é um tesouro da Igreja. Cada data, cada santo, cada memória propõe ao fiel uma lição concreta de virtude.
Ao acompanhar o Santo do Dia, aprendemos história da Igreja, aprofundamos a espiritualidade e somos convidados, todos os dias, a dar mais um passo rumo ao céu.
Ler a vida dos santos não é um costume antigo ou piegas. É um ato de coragem. É escolher, dia após dia, bons exemplos para modelar a alma.
E, diante de tantos desafios, é também uma forma de permanecer firme.
Um hábito que salva
Se você deseja crescer espiritualmente, cultivar esse hábito pode mudar tudo. Ele oferece luz para as decisões, conforto nos sofrimentos e ânimo para não desistir.
Com o tempo, esses exemplos moldam o coração e aproximam a alma de Deus.
Coragem: a santidade é possível. Os santos estão aí para provar isso. Queira conhecê-los. Deixe-se tocar por suas histórias.
E, seguindo o exemplo do Padre Pio, abrace com seriedade o chamado à santidade que Jesus Cristo dirige a cada um.
