Na Sexta-feira Santa, o tribunal de Pilatos revela não uma injustiça humana, mas o mistério do Amor divino que se oferece em silêncio.

Na manhã em que Nosso Senhor foi sentenciado à morte, o mundo assistiu a uma aparente vitória da injustiça.
Homens cheios de ódio acreditavam estar eliminando um inimigo, mas, na verdade, estavam colaborando com o maior ato de amor já realizado.
A Cruz não foi imposta — foi abraçada
Em verdade, era o Pai que entregava o Seu Filho; e o Filho se oferecia em silêncio, aceitando a morte para nos salvar e, mais ainda, para nos ensinar.
A mansidão de Cristo Jesus diante da condenação revela algo profundamente novo: é possível amar mesmo quando tudo à nossa volta clama por vingança.
Padre Pio, ao meditar sobre a Paixão, chorava não só pelas dores de Cristo, mas pela dureza de nosso próprio coração.
Com Cristo e com ele, aprendemos que o sofrimento pode ser uma oferta — e que a verdadeira paz nasce quando morremos para o pecado.
O Caminho do Calvário: uma escola de santidade
A cruz não foi simplesmente colocada sobre os ombros de Jesus — ela foi desejada. Ele a tomou com amor, como quem carrega o instrumento que libertará o mundo.
Era o início de um caminho que os santos percorreriam com alegria. O apóstolo São Paulo a chamou de “dom precioso”. Santa Teresinha desejava sofrer mais para amar mais.
E Padre Pio? Viveu literalmente crucificado, com os estigmas do Senhor sangrando em sua carne por mais de 50 anos.
A cada passo no Caminho do Calvário, Jesus nos deixa um ensinamento.
- Quando encontra Sua Mãe, mostra-nos que Ela será nosso consolo nas aflições.
- Quando aceita a ajuda de Simão Cireneu, lembra-nos de que podemos aliviar o peso da cruz do outro — inclusive a de Cristo, que ainda hoje sofre nos mais abandonados.
- Quando fala com as filhas de Jerusalém, nos exorta a olhar para dentro: “Chorai por vós mesmos” (Lc 23,28).
É impossível percorrer esse caminho e sair dele da mesma forma.
A Sexta-feira Santa é um convite a segui-Lo com mais coragem, mais silêncio, mais decisão. E com um amor mais verdadeiro.
No alto do Calvário, o amor se deixa crucificar
Chegado ao monte Calvário, o Salvador é despido diante da multidão. A túnica, colada ao corpo ferido, arranca-Lhe novamente as chagas. Mas Ele permanece em silêncio.
Deita-se sobre a cruz e, com obediência perfeita, estende os braços e oferece os pés. Cada cravo, uma lição. Cada gota de sangue, uma chance de salvação.
Durante três horas, o Cordeiro permanece suspenso entre o céu e a terra. É o altar do novo e eterno sacrifício. Do alto da cruz, Cristo se torna Mestre definitivo da obediência, da humildade e da entrega total.
E nos atrai. Como prometeu: “Quando eu for levantado da terra, atrairei todos a mim” (Jo 12,32). Você também foi atraído até Ele.
Agora é a sua vez de subir o Calvário
Cristo continua esperando Simões dispostos a carregar Sua cruz.
Pessoas comuns — como eu e você — que aceitem morrer para a vaidade, para o orgulho, para a sensualidade… tudo aquilo que, no fundo, só nos afasta da graça e da paz.
Na Sexta-feira Santa, somos chamados a mais do que contemplar. Somos chamados a responder ao amor de Cristo com o nosso amor.
Há cruzes que nos salvam, e cruzes que salvam outros. Quando unimos nossas dores às de Cristo, a graça se espalha. É o mistério da comunhão dos santos.
Faça parte de um exército que carrega a cruz com amor! Clique aqui e inscreva-se como um Filho Protegido do Padre Pio.
Um Convite para Esta Sexta-Feira Santa
Nesta Sexta-feira Santa, o Céu silencia diante da Cruz. É um dia de recolhimento, oração profunda e união com o sofrimento redentor de Cristo.
Mas, no coração dos que creem, uma chama ainda resiste: a esperança da Ressurreição.
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Como sinal de fé, o seu nome será incluído na Santa Missa da Páscoa, celebrada por todas as almas que esperam pela luz após a escuridão.





