Conheça a origem, o uso e o valor espiritual deste poderoso sacramental da Igreja.

Um dos sacramentais mais conhecidos da Igreja
A água benta talvez seja um dos sacramentais mais conhecidos da Igreja.
Como se sabe, os sacramentais são objetos ou gestos abençoados pela Igreja — como medalhas, escapulários, terços ou água benta — que nos ajudam a viver mais perto de Deus.
Diferente dos sacramentos, como o Batismo ou a Eucaristia, os sacramentais não nos dão a graça por si mesmos, mas nos preparam para recebê-la com mais fé e devoção.
Da água do Batismo à que usamos ao entrar nas igrejas, a água benta nos acompanha como sinal visível de purificação, proteção e bênção.
Mencionada na Sagrada Escritura no Antigo Testamento, e aludida no Novo Testamento, há muitos versículos na Bíblia que descrevem a água como fonte de vida, meio de purificação para nós, mortais, e bênção sobrenatural de Deus.
A primeira referência está no início da Bíblia, antes da criação:
“O Espírito de Deus pairava sobre as águas” (Gn 1,2).
No Livro de Números, o sacerdote recebe a instrução de misturar água com o pó do templo — fórmula semelhante à usada hoje pela Igreja Católica, que, ao contrário do pó, mistura sal:
“O sacerdote tomará água benta num vaso de barro, e pegará um pouco do pó que estiver no chão do tabernáculo e o colocará na água” (Nm 5,17).
Nosso Senhor Jesus Cristo, ao se submeter ao batismo, santificou definitivamente a água, elevando-a de símbolo natural a meio sobrenatural de graça.
Proteção contra os ataques do inimigo
A Igreja sempre reconheceu a eficácia da água benta como meio de proteção contra o mal. Santo Tomás de Aquino afirmou:
“A água benta é dada contra os assaltos dos demônios que vêm do exterior” (Suma Teológica, III, q. 71, a. 2, ad 3).
E não se trata de superstição. A água benta é um sacramental, e como tal, conduz o fiel à graça divina em diversas situações da vida.
O Ritual Romano ensina:
“A água é um dos símbolos que a Igreja usa, com frequência, para abençoar os fiéis. A água ritualmente benzida evoca nos fiéis o mistério de Cristo, que é para nós a plenitude da bênção divina.
Ele próprio se apresentou como Água Viva e instituiu para nós o batismo, sacramento da água, como sinal de bênção salvadora” (Celebração das Bênçãos, n.º 1085).
Por isso, muitos santos — como o próprio Padre Pio — usavam-na constantemente como defesa contra tentações e ciladas do maligno.
Santa Teresa d’Ávila também nos relata a eficácia da água benta:
“A partir de muitos fatos, obtive a experiência de que não há coisa de que os demônios fujam mais, para não voltar, do que a água benta.
Eles também fogem da cruz, mas retornam. Deve ser grande a virtude da água benta. Minha alma sente particular e manifesta consolação quando a tomo.”
Muitos devotos, conscientes dessa luta invisível, se colocam sob a proteção espiritual do Padre Pio, confiando à sua intercessão a defesa de suas famílias contra os perigos da alma e do corpo.
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O que torna uma água realmente “benta”?
Como mencionado anteriormente, a água benta, é um sacramental. E, como todo sacramental, foi instituída pela Igreja.
Para que seja verdadeiramente benta, é necessário que a água seja abençoada por um ministro ordenado — diácono, padre ou bispo.
Ao ser abençoada conforme a prescrição da Santa Igreja, a água torna-se um sacramental que possui grande eficácia nas diversas realidades da vida cristã.
Como usar a água benta no seu dia a dia
O uso mais comum é o de persignar-se: traçar três cruzes — na testa, na boca e no peito — dizendo: “Pelo sinal da santa cruz, livrai-nos Deus, nosso Senhor, dos nossos inimigos”.
Em muitas igrejas, a água está disponível na entrada para que os fiéis façam esse gesto. Essa prática substitui a antiga cerimônia judaica de purificação antes da oração.
Ao entrar, o fiel se benze e entrega a Deus seus sentidos e seu coração, suplicando a luz do Espírito Santo.
Também é comum fazer o sinal da cruz ao sair de casa, aspergir a água benta sobre si mesmo, sobre os filhos, o lar, objetos de devoção, alimentos ou até mesmo animais.
Ao fazer isso, não apenas recordamos o nosso batismo, mas consagramos os nossos passos, pensamentos e sentidos a Deus.
Você tem água benta em casa?
Se não tem, procure uma igreja e leve um frasco com reverência. Mantenha-a em um local digno e use-a com fé.
A devoção à água benta ajuda-nos a nos manter purificados para a vinda de Cristo e para o nosso julgamento particular diante de Deus ao deixar este mundo (cf. Hb 9,27).
Essas práticas abrem com largueza para nós as portas do Céu. E, como dizia Padre Pio, “só uma coisa é necessária: permanecer unido a Jesus.”
A água benta nos ajuda a manter essa união — com o corpo, com o espírito e com o coração.
Se esse desejo também arde no seu coração, é possível viver essa união com mais profundidade e sob a proteção de São Pio de Pietrelcina.
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