
Um jovem peregrino estende a mão timidamente, o olhar cheio de esperança.
O Papa Leão XIV se inclina, aperta sua mão com firmeza e lhe dirige palavras que parecem atravessar os séculos: “A peregrinação tem um papel vital na vida de fé.”
Com essa frase simples e profunda, o Santo Padre recorda a milhares de fiéis — e especialmente à juventude presente — uma verdade que muitos de nossos contemporâneos esqueceram: o homem precisa sair de si para encontrar a Deus.
Sair da rotina para reencontrar o Sagrado
Ao acolher professores e jovens da Dinamarca, Inglaterra, Irlanda, Escócia e País de Gales em sua peregrinação jubilar à Cidade Eterna, Leão XIV não falou de turismo religioso nem de folclore cultural. Falou de ruptura interior, de silêncio e de escuta.
“Ela [a peregrinação] nos tira de nossas casas e rotinas diárias e nos dá tempo e espaço para encontrar Deus mais profundamente”, disse o Papa.
Quantos de nós vivem cercados de ruído — o ruído da pressa, da internet, das distrações digitais — e perderam a capacidade de escutar o próprio coração? Mas é no coração, lembrou o Papa, que Deus fala conosco.
É por isso que a devoção aos santos — como a que milhares vivem com Padre Pio — se torna uma âncora para a alma.
A peregrinação como escola do Espírito Santo
Não se trata de deslocar-se fisicamente, mas de deixar-se conduzir. “Esses momentos sempre nos ajudam a crescer”, acrescentou o Papa. “Pois por meio deles o Espírito Santo nos modela suavemente.”
A imagem é bela e precisa: o peregrino é barro nas mãos do Divino Oleiro. Cada passo, uma súplica. Cada obstáculo, uma purificação. Cada templo visitado, uma luz.
Na Roma do Ano Jubilar da Esperança 2025, cerca de 10 milhões de pessoas já se colocaram a caminho.
Discernir: escutar e obedecer
Unindo sua mensagem à intenção de oração deste mês — pela formação para o discernimento — Leão XIV ensinou que cada pessoa foi criada “com um propósito e uma missão nesta vida”.
Que palavras fortes, e tão pouco ditas hoje! Num tempo em que muitos jovens vagam sem rumo, o Papa lembra: há um chamado. Mas para ouvir esse chamado é preciso silêncio. “Hoje, com muita frequência, perdemos a capacidade de ouvir.”
Aqui está o drama moderno — e a chave da peregrinação: restaurar a escuta interior. Ouvir não os algoritmos, não os “influencers’” mas o Deus que nos fala no íntimo da alma.
Professores: mestres da fé ou da indiferença
Dirigindo-se aos educadores, Leão XIV lançou um desafio: “Cultivem seu relacionamento com Cristo, que nos dá o modelo de todo ensino autêntico.”
O Papa não lhes pediu pedagogia moderna, mas santidade. Pois o verdadeiro mestre é aquele que conduz o aluno a Deus, e não apenas à aprovação escolar.
É nas escolas que se moldam as gerações futuras. Se ali faltar fé, faltarão santos. Se ali faltar oração, o mundo será entregue à apostasia.
Por isso, a missão dos professores católicos é vital: são como faróis num mundo enevoado.
A peregrinação interior não termina em Roma
Ao concluir o encontro, o Papa exortou todos a continuar “sua peregrinação diária do discipulado” ao retornarem a seus países.
O cristão, mesmo em casa, deve viver como um peregrino: em marcha, com os olhos fixos no Céu.
E nessa estrada, ninguém caminha sozinho: a misericórdia de Deus nos guia, e os santos — especialmente Maria, Mãe da Igreja — intercedem por nós.
Entre esses santos, está Padre Pio, pronto para interceder pelos que se consagram com confiança à sua proteção.
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Peregrinar é resistir ao mundo
Num tempo de apostasia silenciosa, de perseguição camuflada e de indiferença fria, o simples gesto de peregrinar é um ato de resistência.
É dizer ao mundo: não vivemos só do que vemos; cremos no invisível, buscamos o eterno, amamos Aquele que nos criou e nos chamou pelo nome.
O jovem que foi saudado pelo Papa talvez não compreendesse, naquele instante, a profundidade do gesto.
Mas um dia, ao recordar esse momento, talvez compreenda que aquele aperto de mão foi mais do que um encontro com um pontífice: foi o toque de Deus o chamando a viver como verdadeiro peregrino… até o Céu.





