Como viver hoje o pedido urgente de Nossa Senhora em Fátima?

Duas palavras que ecoam há mais de um século
Quando Nossa Senhora apareceu em Fátima, em 1917, sua mensagem foi clara, breve e urgente: ORAÇÃO e PENITÊNCIA.
São apenas duas palavras, mas carregadas de um apelo profundo ao coração dos fiéis.
Se a oração brota com naturalidade quando buscamos alívio e socorro, a penitência ainda é um conceito que muitos evitam ou, pior, esquecem.
Mas Nossa Senhora não esqueceu. E continua esperando nossa resposta.
O que é penitência e por que ela nos salva?
Penitência não é punição. É amor. É sacrifício oferecido voluntariamente ou aceito com resignação como forma de reparação pelos pecados que ofendem a Deus.
O próprio São Paulo afirmou: “Eu completo na minha carne o que falta à Paixão de Cristo” (Col 1,24). Nosso sofrimento, mesmo pequeno, unido à Cruz de Cristo, tem valor redentor.
Foi exatamente isso que Nossa Senhora propôs aos três pastorinhos de Fátima logo na primeira aparição:
“Quereis oferecer-vos a Deus para suportar todos os sofrimentos que Ele quiser enviar-vos?”
Eles disseram “sim”. E pagaram esse “sim” com a vida.
Mas você pode começar com um sim simples, mas poderoso: o de quem aceita levar adiante a mensagem de Nossa Senhora.
O papel da penitência na conversão dos pecadores
Nossa Senhora foi categórica ao dizer que muitas almas vão para o inferno porque não há quem se sacrifique por elas.
Esse é o verdadeiro sentido da penitência: fazer da dor (física, moral ou espiritual) uma ponte de salvação.
Os pequenos Francisco e Jacinta, canonizados por sua fidelidade, são exemplos vivos dessa entrega silenciosa, que tanto consola o Coração Imaculado de Maria.
É aqui que se abre uma grande porta para nós.
Não somos chamados, necessariamente, a grandes atos heroicos. Mas cada gesto de mortificação, cada pequeno sacrifício oferecido com amor, pode salvar almas.
Penitência hoje: uma urgência contra o caos
Os tempos mudaram. Mas o pecado, infelizmente, se aprofundou.
Numa das visões descritas nas aparições de Fátima, um anjo surge com uma espada de fogo prestes a lançar suas chamas sobre o mundo.
A imagem seguinte é a de uma cidade em ruínas. O sentido é claro: a humanidade, por seus pecados, caminha para um castigo de proporções apocalípticas.
A solução é dada pela própria Mãe de Deus: “Penitência, penitência, penitência!”
Ou seja, ainda há tempo para se evitar esse castigo. Mas o preço é alto: exige conversão, exige firmeza… exige fidelidade.
E é justamente por isso que existem os Missionários de Fátima: para responder com coragem, para dizer ao mundo que o Céu ainda fala — e que sua mensagem não será esquecida.
Se você sente esse chamado, una-se a eles.
Ser católico é resistir ao mundo
Hoje, a penitência mais necessária consiste em enfrentar os erros e os maus costumes da sociedade moderna, até mesmo quando propagados por alguns de seus próprios pastores e fiéis.
Desde o Renascimento, iniciou-se um processo que resultou num mundo laico, anticristão e dissoluto.
Essa revolta silenciosa contra a autoridade espiritual transformou a civilização em um campo de ruínas: laicismo, imoralidade, relativismo.
O casamento foi desfigurado. O “namoro” tornou-se um matrimônio informal. A contracepção e o aborto tornaram-se “direitos”.
E agora até os idosos e enfermos correm o risco da eutanásia.
Por isso, penitência, hoje, é dizer: Não a tudo que desfigura a ordem estabelecida por Deus. Essa é a verdadeira penitência exigida de nós: a coragem de dizer ao mundo que continuamos fiéis.
Nossa Senhora conta com os fiéis que não se dobram. E é com esses que Ela mudará o rumo da história.





