O que o crescimento dos padres influenciadores diz sobre a crise na identidade sacerdotal?

Um novo “tipo” de padre?
Um novo perfil de sacerdotes está surgindo nas redes sociais: tatuagens, músculos, barbas estilosas e muitos seguidores.
São os chamados “padres fitness”, religiosos que aliam a vida espiritual ao culto ao corpo e à estética moderna. Alguns são ex-influencers de academias, outros apenas adaptaram o estilo de vida saudável à batina.
São os chamados “padres fitness”, religiosos que tentam conciliar a batina com o culto ao corpo, à vaidade e à estética moderna.
Alguns já foram influencers de academia. O adotaram como ideal de vida espiritual, um estilo centrado no espelho, nos músculos e na saúde do corpo. Em detrimento da alma.
Outros usam a tatuagem como chamariz. Marcam o corpo com figuras, mas será que somente o corpo?
Em seus registros de exorcismos, porém, o Padre Gabriele Amorth revelou um fato perturbador: através dos possessos, o maligno frequentemente confessava que qualquer tatuagem (independente da figura) abre uma porta espiritual para sua influência.
Muitos usam a estética e o carisma digital para atrair fiéis.
Alguns acordam às 5h da manhã para treinar, rezar e depois celebrar e alegam que suas paróquias estão mais cheias e que, com essa imagem, evangelizam melhor.
Mas seria essa a renovação que a Igreja espera? Esse sucesso é realmente benéfico para as almas? O que o Sagrado Coração diria dessa “renovação”?
A aparência vale mais que a missão?
A proposta desses padres parece simples: mostrar que fé e corpo saudável podem caminhar juntos.
Mas a questão que se impõe não é sobre ir à academia e sim sobre onde está o coração de um sacerdote.
É legítimo buscar saúde. Mas será que o altar e o confessionário ainda são o centro de suas vidas?
Padre Pio (que viveu os últimos anos antes da grande crise do sacerdócio) jamais precisou de músculos torneados ou câmeras apontadas para atrair almas.
Ele atraía pelo exemplo, pela dor oferecida, pelas confissões intermináveis, pelas Missas celebradas com lágrimas. Seu corpo era sim um templo, mas consumido no sacrifício.
Você já viu a foto de um sacerdote transfigurado diante da Eucaristia? Esse era Padre Pio. Não precisava falar muito: bastava viver o que pregava.
Se você deseja caminhar mais perto desse exemplo e estar sob a proteção especial de Padre Pio, conheça o grupo Filhos Protegidos e una-se a essa família espiritual.
Quando o sacerdote esquece quem é
Em 1968, no mesmo ano da morte de Padre Pio, a Igreja mergulhou na maior crise sacerdotal de sua história: mais de 17 mil padres abandonaram o ministério.
Os seminários se esvaziaram. E os que permaneceram começaram a se perguntar: “Afinal, o que é ser padre?”
São Pio X respondia sem hesitar: o sacerdote é um homem crucificado no mundo, cuja vida tende às coisas celestes e que deve guiar o povo cristão para elas.
O padre católico é sacerdote porque oferece no altar um sacrifício a Deus; mas é também vítima, porque se entrega a si mesmo, na vida, como sacrifício ao Senhor.
Na exortação Haerent Animo, o mesmo Pontífice advertia:
“Se falta santidade de vida e integridade da fé e dos costumes… falta tudo.”
Não é à toa que a Igreja inteira esteja em crise, quando a identidade mesma do sacerdócio é esquecida, posta em dúvida ou até mesmo negada.
O sacerdote e o Sagrado Coração
Foi diante desse cenário que o Sagrado Coração de Jesus manifestou-Se de modo veemente.
A partir da Vigília da Festa do Coração, em junho de 1902, Ele revelou à Venerável Madre Luísa Margarida Claret de la Touche, uma visitandina que viveu entre 1868 e 1915, que recebeu do Sagrado Coração a missão de revelar seus desejos acerca do sacerdócio.
O desejo mais fervente do Sagrado Coração é ter sacerdotes santos. Ao revelar-se à Madre Luísa Margarida, Jesus foi claro:
“Quero que digas aos meus sacerdotes que eu lhes dou meu Coração… Meu sacerdote é um outro Eu, mas é preciso que ele seja santo.”
“Eu preciso deles para realizar Minha Obra!… Que ele venha ao Meu Coração e beba.”
É este o chamado. Não apenas aparecer, mas transfigurar-se. Não apenas emocionar, mas converter.
O Coração de Jesus clama por sacerdotes que sejam verdadeiramente seus imitadores.
Ingressar nos Filhos Protegidos é assumir, junto com Padre Pio, o compromisso de rezar e oferecer sacrifícios para que surjam sacerdotes fiéis ao chamado do Sagrado Coração.
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Padre Pio e o Santo Cura d’Ars: exemplos que clamam!
Num tempo em que se valoriza tanto a imagem, vale lembrar do Cura d’Ars e do Santo Padre Pio.
O primeiro, magro, pobre, sem atrativos exteriores. O segundo, um sacerdote estigmatizado de uma pequena aldeia no sul da Itália.
Ars e San Giovanni Rotondo se tornaram centros de peregrinação enquanto eles viveram. E por quê? Porque ali estava um padre que sabia quem era.
São João Maria Vianney e o Padre Pio não precisavam de holofotes. Bastava-lhes o confessionário. Ali, curvados durante horas, libertavam almas e entregavam o próprio corpo pela salvação dos outros.
Não é à toa que seus exemplos são luz em meio à confusão, lembretes de que o sacerdote não é influenciador, é vítima e altar.
Ele não vive para si, mas para Nosso Senhor. Sua beleza não está no físico, mas na alma configurada ao Crucificado.
E hoje? O que esperam os fiéis?
Se hoje há padres que preferem aplausos e curtidas ao silêncio do confessionário, que se encantam mais com os espelhos da academia do que com o brilho do ostensório… é sinal de que precisamos rezar mais por eles.
Que surjam novos padres como São Pio de Pietrelcina, como São João Maria Vianney. Não esculpidos em músculos, mas moldados pela oração, pelo sacrifício, pela cruz.
Se nosso mundo precisa de bons comunicadores, os homens do nosso tempo precisam de sacerdotes santos.
Mais do que músculos ou microfones, o que os fiéis esperam é um padre que reze, confesse, celebre com reverência e esteja disposto a doar a vida, como vítima no altar.
Que eles olhem para o exemplo de Padre Pio e do Santo Cura d’Ars e redescubram, no silêncio da Cruz, a essência do sacerdócio: ser um com Jesus, sacerdote e hóstia.





