O perigo era iminente. A estrada sumia diante delas. Mas a Providência jamais abandona aqueles que confiam.
A noite caía e o caminho desaparecia diante dos olhos atônitos de Santa Teresa de Jesus e suas companheiras. Perdidas, cercadas por penhascos traiçoeiros e sem saber para onde seguir, o medo ameaçava se instalar. Mas uma voz inesperada, como um farol na escuridão, veio em seu socorro. Quem poderia ter surgido no momento exato para salvá-las?
A confiança de uma santa
Era Quaresma de 1575, e Santa Teresa, em sua missão de fundar um novo convento em Beas de Segura, viajava acompanhada por dois sacerdotes e oito religiosas. Entre elas, sua fiel companheira, irmã Ana de Jesus.
A viagem era dura, as dificuldades eram incontáveis, mas havia algo que jamais faltava no coração da santa: uma confiança inabalável na Providência Divina.
O grupo avançava por terrenos áridos e perigosos quando se deu o pior: perderam-se. À frente, um abismo profundo. Atrás, um caminho impossível de ser trilhado. O vento sussurrava presságios sombrios, e a incerteza tomou conta dos viajantes. Seria este o fim daquela missão tão santa?
A resposta do Céu
Santa Teresa, sem hesitar, conclamou suas irmãs à oração. “Peçamos a São José”, disse ela, com a serenidade de quem sabe que nunca será desamparada.
Foi então que uma voz ressoou na escuridão. “Parem! Vocês estão perdidos e cairão se seguirem por esse caminho.”
A voz pertencia a um ancião de feições nobres e olhar penetrante. Ele apontou um caminho seguro e instruiu os viajantes sobre como sair dali em segurança. O perigo foi evitado. O grupo, salvo.
O reconhecimento imediato
Ao voltarem-se para agradecer ao velho, não o encontraram mais. Santa Teresa, tomada por uma emoção intensa, declarou com convicção: “Não sei por que os deixamos ir. Era meu pai São José e não o encontrarão.”
O que parecia um encontro casual se revelou um milagre. O céu se abriu para socorrer aqueles que confiaram sem hesitação.
A Providência nunca falha
Essa história nos ensina uma verdade poderosa: quando tudo parece perdido, quando as trevas cobrem nosso caminho e o medo nos ameaça paralisar, a Providência age. São José, que segurou as mãos do Menino Jesus, também nos guia em nossos abismos pessoais.
Não é diferente do que viveu o Padre Pio, outro grande santo que confiava sem reservas na intercessão de São José. Quantas vezes ele recomendou que se voltassem a esse pai espiritual nos momentos de angústia? Quantas almas não encontraram alívio ao recorrerem àquele que foi o guardião da Sagrada Família?
Essa história de Santa Teresa nos lembra: quem confia, jamais estará só.
***
