O coração de Deus nunca resiste à súplica de uma mãe; e Nossa Senhora foi a primeira a provar isso.

Há um poder no universo que transcende barreiras e comove o próprio coração de Deus: a prece de uma mãe.
Afinal, o que Nosso Senhor Jesus Cristo pode recusar a Maria, Sua Mãe? A lógica é clara e nós mesmos conhecemos: O que você recusaria à sua mãe? Praticamente nada, não é mesmo?
Nossa Senhora, Imaculada em sua pureza e fidelidade, nada recusou ao Filho e por isso Ele nada recusa a Ela. Desde a Anunciação até o Calvário, uniu-se ao sacerdócio e ao sacrifício do Redentor, tornando-se, por amor, participante do mistério da salvação.
As Sagrada Escrituras já anunciavam o tempo do Messias. A Santíssima Virgem, com sua fé luminosa, sabia que esse tempo estava próximo. E com a força de uma oração ardente, pediu a Deus que enviasse logo o Salvador.
Suas súplicas tocaram o Coração do Altíssimo, e o Verbo se fez carne em seu ventre puríssimo.
Dessa forma, vemos que a súplica materna pode, de fato, acelerar os decretos celestes.
O Filho que Sempre Ouve as Mães
Durante Sua vida pública, Jesus jamais ignorou o clamor de uma mãe.
A viúva de Naim chorava sobre o corpo do filho morto; movido por compaixão, Jesus Cristo lhe disse: “Não chores”. E o jovem voltou à vida.
Em outro momento, a mãe dos filhos de Zebedeu aproximou-se de Jesus pedindo um lugar de honra para seus filhos.
O Senhor, em sua ternura, compreendeu o amor por trás da ambição e atendeu àquele pedido, concedendo aos apóstolos São Tiago e São João um lugar de destaque, selado com o cálice do martírio.
Desses episódios, emerge uma verdade consoladora: a oração das mães cristãs é profundamente poderosa aos olhos de Nosso Senhor.
Ela toca facilmente o Coração de Deus porque é o fruto de um amor puro, uma verdadeira ternura e, muitas vezes, de um desapego heroico.
Sua força está na perseverança, alimentada pela mais profunda esperança e, por vezes, pela mais lancinante dor.
E não foi apenas nas páginas do Evangelho que essa verdade se manifestou: ao longo dos séculos, a oração das mães continuou a preparar milagres ao longo da história.
Quando a Oração de uma Mãe Muda o Destino dos Filhos
A História da Igreja é sustentada pelas lágrimas e súplicas de incontáveis mães.
Basta pensar em Santa Mônica, que por trinta longos anos não cessou de rezar pela conversão de seu filho, Santo Agostinho.
O resultado? Um Doutor da Igreja, cujos escritos iluminam a fé até hoje.
Da mesma forma, não podemos esquecer do testemunho de Camilla Compelli de Laureto que orou incansavelmente por seu filho, o futuro São Camilo de Lellis.
O fruto de sua perseverança foi que seu filho converteu-se, fundou uma verdadeira “armada da caridade”, os Camilianos e santificou-se.
A constância dessas mães tornou-se o canal por onde Deus realizou prodígios, demonstrando que, quando uma mãe reza com fé, ela mobiliza o Céu em favor de seus filhos.
E este poder de intercessão transcende até mesmo as fronteiras da morte.
Rezar pelos Filhos Falecidos Mantém Aceso o Amor no Céu
Não é o fluxo natural da vida, mas por vezes, há filhos que morrem antes que suas mães.
Mesmo depois da separação e da dor causada pela morte, a ligação entre mãe e filho não é rompida, nem a sua missão materna está completa.
Pelo contrário: a mãe que ama o seu filho, nunca deixará de rezar por ele. Se o amava nesta vida, com maior razão continuará a amá-lo agora que ele está na eternidade.
Que tal incluir o nome do seu filho na Liga de Resgate das Almas do Purgatório para que a alma dele seja lembrada nas Missas celebradas todas as semanas?
Por isso mesmo, quando uma mãe reza por seu filho falecido, ela pratica o amor em seu grau mais puro: o amor que deseja para ele a plenitude do céu.
Rezar pelos filhos falecidos é uma forma de continuar sua missão com o olhar voltado para o alto, confiando no Coração de Maria, que também conheceu a dor da perda e a alegria da Ressurreição.
Nenhuma oração de mãe se perde. Junte-se à Liga de Resgate das Almas do Purgatório e continue amando seu filho através da oração que abre as portas do Paraíso.





