Quando o sacerdote abandona o altar para fazer-se animador de plateia, a fé se converte em espetáculo.

Em tempos de confusão, quando o mundo já não sabe distinguir o bem do mal, a verdade do erro, não surpreende ver alguns que, investidos do sagrado ministério sacerdotal, transformam-se em caricaturas de si mesmos.
O vídeo que circula nas redes sociais [ver aqui] é muito revelador.
Dentro de um ginásio lotado de fiéis em cadeiras alinhadas, um sacerdote paramentado — supostamente prestes a celebrar o Santo Sacrifício da Missa — surge dançando e empurrando um carrinho de criança.
Não está no altar, não está diante do Sacrário, mas no meio da quadra, como se fosse palco de espetáculo. Dança, brinca, acena, numa cena que mais lembra um animador de auditório do que um ministro de Deus.
Os presentes assistem, alguns talvez com riso, outros com perplexidade.
E surge a pergunta inevitável: será que alguém acredita que tais gestos infantis e grotescos, totalmente desprovidos de sacralidade, podem conduzir à fé?
Será que transformar o sacerdote em animador de auditório atrai almas para Jesus Cristo. Ou apenas as afasta do sagrado e do sobrenatural?
A caricatura da verdadeira alegria cristã
O argumento dos defensores dessas encenações — e eles são cada vez menos — é sempre o mesmo: “atrair os jovens”, “mostrar uma Igreja alegre”.
Mas a alegria verdadeira nasce da graça, do amor de Deus levado a sério, da vida sobrenatural. É uma alegria serena, profunda, capaz de sustentar mártires e santos diante das maiores perseguições.
O que se oferece nesse teatro burlesco não é alegria, mas zombaria.
A juventude, quando busca autenticidade, não se deixa enganar por farsas. Ela deseja o absoluto, o radical, o heroísmo.
É por isso que multidões de jovens se arrastam até Fátima, Lourdes ou o túmulo de Carlo Acutis. Não vão atrás de padres de auditório, mas de exemplos de fé vivida com seriedade.
É justamente isso que inspira o grupo dos Filhos Protegidos do Padre Pio: uma vida de fé séria, sem concessões ao mundo, buscando o heroísmo da santidade.
Torne-se parte dessa família espiritual que resiste à confusão dos tempos presentes.
A inversão dos papéis
O padre é chamado a ser alter Christus. Sua missão não é exibir-se como animador de auditório, mas conduzir as almas ao Calvário e ao Sacrário.
Quando o padre se coloca no centro da cena, roubando para si a atenção que deve convergir a Nosso Senhor, ele trai sua vocação.
Esses espetáculos não apenas ridicularizam o sacerdote, mas banalizam o sagrado.
Os fiéis, acostumados a rir do padre, deixam de ver nele a figura que consagra o Corpo e o Sangue de Cristo, que absolve os pecados, que conduz as almas à eternidade. E o resultado é devastador: a perda da fé.
O contraste com a tradição
Ao longo dos séculos, a Igreja formou santos sacerdotes que, com austeridade e amor, converteram povos inteiros.
Pensemos em São João Maria Vianney, que transformou Ars pelo confessionário; em São Filipe Néri, cuja alegria nascia da mortificação e da oração; em São Pio de Pietrelcina, cuja figura austera atraía multidões.
Que comparação possível há entre eles e um animador de auditório travestido de padre?
Conclusão: a hora da reação
Cada vez que a liturgia é transformada em teatro, cada vez que o sacerdócio é reduzido a espetáculo, o Corpo Místico de Cristo sofre. Esse escárnio é uma bofetada nos santos que defenderam a dignidade sacerdotal até o martírio.
É urgente que os fiéis reajam. Não com violência, mas com firmeza, com protesto respeitoso.
É preciso exigir de nossos pastores o que deles se espera: seriedade, devoção, fidelidade à Tradição.
Por isso, convidamos você a unir-se aos Filhos Protegidos do Padre Pio. Juntos, elevamos nossa voz de fé e formamos um escudo contra a banalização do sagrado, mantendo viva a chama da verdadeira devoção.
Cristo não morreu na Cruz para que Seus ministros fizessem rir. Morreu para salvar.
E o sacerdote que não entende isso não merece aplausos, mas compaixão e correção.





