Entre tentações e sofrimentos, Padre Pio revelou o que mais temia.

Um medo diferente de todos os outros
Quando pensamos nos grandes santos da Igreja, frequentemente imaginamos almas heroicas, capazes de enfrentar qualquer tormenta sem medo.
No entanto, a vida de São Pio de Pietrelcina revela algo mais profundo e surpreendente: sua maior apreensão não era diante dos sofrimentos físicos, das perseguições ou dos ataques espirituais do maligno.
Seu verdadeiro temor era muito mais nobre.
Em 1910, padre recém-ordenado e já intensamente provado pelas investidas do demônio, Padre Pio expressava a Jesus o seu maior desejo:
“a graça de ser libertado do temor que tenho de ofendê-Lo” (Epist. I, 206).
Ele via em suas fragilidades um risco de ingratidão para com um Deus tão amoroso.
Não se tratava de escrúpulos vãos, mas de um amor ardente e capaz de dar a vida por Nosso Senhor.
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Um amor que preferia a morte ao pecado
Para o Padre Pio, a própria ideia de desagradar a Deus era insuportável, tanto que, em suas cartas, assumia preferir a dor mais extrema a causar dor ao Coração de Nosso Senhor.
Suas palavras são testemunho disso:
“Preferiria mil vezes a morte, a determinar-me a ofender um Deus tão bom” (Epist. I, 817).
E ainda: “Estou pronto a tudo, a sacrificar tudo, contanto que não ofenda a Deus” (Epist. I, 839).
Assim, descobrimos qual era o grande temor do Santo Padre Pio: o PECADO, seja ele mortal ou venial. Esse era seu maior martírio, sua mais profunda luta.
Cada pequeno defeito era para ele como uma lâmina atravessando seu coração. Mais ainda: não apenas suas próprias faltas o afligiam, mas também as faltas dos outros.
Os pecados alheios, cada pequena ou grande afronta à santidade de Deus, traspassava seu coração como uma espada.
Movido por compaixão, ele unia seus sofrimentos aos de Nosso Senhor, implorando misericórdia para os que erravam.
O martírio silencioso do santo
Mesmo com a constante orientação de seus diretores espirituais, que garantiam que não havia culpa grave em sua vida, Padre Pio continuava a se considerar “o pior entre os pecadores”.
Ele via a si mesmo, não com os olhos humanos, mas através da luz intensa da santidade.
Naquele olhar purificado pela luz divina, suas faltas tornavam-se um abismo que o separavam de Deus.
Numa revelação íntima, confessou:
“Jesus quis fazer de mim um exemplo de graça e propor-me como modelo a todos, para que não desesperassem de sua salvação” (Epist. I, 512).
Paradoxo sublime: o santo que se via como último dos pecadores era, na verdade, um apóstolo do confessionário, um instrumento da divina misericórdia para resgatar os pecadores.
O peso do passado e as lágrimas do presente
Para o Padre Pio, não bastava evitar o pecado no presente. Até as sombras do passado, ainda que inocentes aos olhos de muitos, atormentavam sua alma puríssima.
Seu coração, afinado com o de Cristo, percebia como qualquer resquício de imperfeição (mesmo em anos distantes) poderia ferir o Amor Divino.
Por isso, o medo de ter ofendido a Deus, mesmo no passado, era-lhe fonte constante de dor.
O simples recordar de sua vida antes de entrar no convento (ainda que sem culpas reais) o fazia estremecer:
“As tentações que dizem respeito à minha vida secular são as que mais tocam o meu coração, ofuscam minha mente, me fazem suar frio e tremer da cabeça aos pés. Nesses momentos, só me restam os olhos para chorar” (Epist. I, 215).
O que para muitos seria apenas nostalgia, para ele tornava-se ocasião para renovar suas penitências e, sobretudo, suas provas de amor a Nosso Senhor.
Eis a sabedoria oculta em seu sofrimento: um convite a que também nós, em nossa pequenez, transformemos o arrependimento em ponte – não para o temor paralisante, mas para a misericórdia que restaura.
Se as sombras do passado ainda lhe pesam, no devocionário “Padre Pio te ensina a confessar”, você encontrará um caminho para transformar as memórias mais amargas em degraus rumo à paz do coração.





