O Grande Tesouro Esquecido: Como a Confissão Pode Salvar Sua Alma.

Com o passar do tempo, a sociedade foi se moldando de formas que fogem ao costume tradicional e, com isso, perdeu muito de seu valor. Vários costumes salutares, que contribuíam para a construção de uma sociedade mais saudável e consciente de sua missão, foram destruídos ou esquecidos ao longo dos anos.

Entre os inúmeros costumes benéficos que a sociedade moderna abandonou, destaca-se o de confessar-se regularmente.

Antigamente, era comum encontrar nas igrejas várias filas de penitentes aguardando a confissão, especialmente quando havia mais de um sacerdote, como nas comunidades religiosas. Também havia igrejas diocesanas que designavam mais de dois padres para atender confissões diariamente, suprindo as necessidades espirituais do povo católico.

Atualmente, as pessoas não procuram mais os confessionários, pois substituíram o sacerdote pelo psicólogo. Assim, as filas nos consultórios estão sempre cheias, enquanto os confessionários tornaram-se quase peças de museu.

No entanto, a fila da comunhão continua a crescer, o que indica que muitos comungam sem a devida preparação e, como advertia São Paulo, comungam a própria condenação.

O abandono de costumes salutares, como a confissão, trouxe um grande mal à sociedade. Espalhou-se uma espécie de “doença social”, caracterizada por um afastamento de Deus e pela consequente descoberta da infelicidade de estar longe d’Ele.

A falta de consciência sobre a gravidade do pecado faz com que muitos se afundem cada vez mais na vida pecaminosa, colocando em risco sua salvação. A ausência de combate ao pecado distancia as pessoas de Deus gradualmente.

A solução para esse grave problema contemporâneo é restaurar a catequese sobre o sacramento da penitência, instruindo os fiéis a se aprofundarem nesse mistério. É necessário aprender o que é o sacramento da confissão para que cada penitente saiba extrair todos os frutos que Deus oferece por meio desse sacramento vital.

É essencial compreender que, na confissão, pedimos perdão a Deus por nossos próprios pecados; jamais devemos falar dos pecados alheios. Na confissão, é como se só existissem a pessoa e Deus.

O foco da confissão deve ser a consciência da ofensa feita a Deus, e, na hierarquia dos pecados, é preciso confessar primeiramente os pecados mortais, para evitar o risco de, ao se deter nos veniais, esquecer os mais graves.

No fim das contas, o que deve estar sempre em mente é que a amizade com Deus não pode ser desfeita, e, se for ofendida, precisa ser restaurada o quanto antes. 

Esses elementos da fé católica favorecem uma íntima união com Deus e precisam ser cultivados diariamente para fortalecer a caminhada espiritual, que é árdua e requer constante perseverança.

Confessar-se manifesta o desejo de crescer em humildade e fortalece a pessoa para as batalhas da vida. À medida que a confissão semanal ou mensal é praticada, a alma se molda ao gosto de Deus, e a vida sobrenatural se torna cada vez mais presente.

No entanto, para que a obra de Deus (Opus Dei) se realize em cada vida, é necessário ter em mente que a confissão deve ser precedida por uma digna preparação (exame de consciência), onde se faz uma autoavaliação para reconhecer as faltas cometidas contra a Divina Majestade.

É importante reconhecer que, ao avaliar a vida, muitas vezes Deus não está devidamente posicionado nela, não por falta de vontade divina, mas por causa de escolhas pessoais que impedem que Ele seja o Rei da existência. Outras “prioridades” são escolhidas, e Deus acaba sendo relegado ao esquecimento.

A cada confissão bem-feita, a alma conquista mais graças sobrenaturais, tornando-se uma fortaleza, não apenas para si, mas também para todos ao seu redor.

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Texto retirado do site: https://www.freimarceloaquino.org/

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