Conheça o poderoso motivo por trás das Aparições do Sagrado Coração de Jesus.

O Grito de um Coração que Clama por Amor
No ápice do Mistério Pascal, no silêncio ensanguentado do Gólgota, o Redentor brada, exangue: “Tenho sede!” (Jo 19,28).
Jesus diz essa frase, pois tem sede de almas, seu coração clama por alívio, por amor.
Essa sede que Nosso Senhor sente é mais do que uma sede física, mas é uma sede de amor. Sim, o Criador de todas as coisas, o único que Se basta a Si, está sedento do amor de suas criaturas.
Naquela hora extrema, porém, poucos discerniram a profundidade daquele gesto divino. Somente a Mãe de Deus, Santa Maria Madalena e o apóstolo predileto, São João.
Era o Amor, mostrando seu próprio íntimo, ferido pela indiferença, que clamava, não por água, mas por consolo.
O Lamento Revelado em Paray-le-Monial
Este clamor mudo ecoou através dos séculos até ressoar, de forma explícita e comovente, no mosteiro de Paray-le-Monial, na França.
Ali, o próprio Senhor Jesus revelou a Santa Margarida Maria Alacoque as agonias de Seu Coração Sacratíssimo:
“Se eles Me correspondessem com um pouquinho de amor, teria Eu em pouco tudo quanto fiz por eles, e quisera ainda fazer mais, se possível fosse; contudo, não têm senão friezas e repulsas para todo meu afã de lhes fazer bem”
Ele expôs não uma dor passada, mas uma ferida perene, reaberta a cada novo pecado, a cada frieza, a cada afronta daqueles por quem Ele derramou até a última gota de Seu sangue.
A devoção que ali nasceu é, em sua essência, uma resposta a um grito de amor: um chamado à reparação.
A Dor e o Amor Entrelaçados
Cada elemento da imagem do Sagrado Coração é uma linguagem divina que nos fala ao espírito.
O coração cercado de espinhos, a chama de amor ardente, os raios de luz, a flecha atravessando o coração, cada símbolo é uma linguagem.
Os espinhos não são apenas a memória da Paixão, mas representam a coroa de novas dores que a ingratidão humana tece a cada dia.
A chama é o fogo do amor que não se apaga, mesmo quando é desprezado. E a ferida é a porta sempre aberta do seu misericordioso refúgio.
Desse Coração Traspassado emana uma queixa eterna que ecoa o Salmo: “Olho para a direita e vejo: não há ninguém que cuide de mim” (Sl 141,4). É o próprio Jesus perguntando: “Não haverá quem queira consolar-Me?”
Consolo, a Resposta dos Corajosos
Diante desse clamor, a história da Igreja é pontuada pela resposta heroica de almas eleitas que O ouviram.
Santa Margarida Maria Alacoque foi a mensageira escolhida. A mensagem difundida por ela encontrou eco na figura titânica do Padre Mateo Crawley-Boevey.
Este sacerdote peruano, como apóstolo incansável, percorreu o mundo para promover a entronização do Sagrado Coração de Jesus nos lares e consagrar a este Divino Coração cidades, estados e nações.
Sua obra encontrou eco em místicas como Sóror Consolata Betrone, religiosa capuchinha a quem foi confiado o “pequeno caminho de amor” para consolar Jesus.
Ou Santa Rafaela María Porras, que fundou as Escravas do Sagrado Coração, oferecendo vidas inteiras em adoração e reparação como bálsamo sobre as chagas de Nosso Senhor.
O Fervor de Ontem e o Esquecimento de Hoje
Houve um tempo em que legiões de fiéis, compreendendo esta urgência espiritual, abraçavam com solenidade e fervor a Hora Santa de Reparação.
As primeiras sextas-feiras eram tributos de amor compensador. Hoje, cabe-nos perguntar: Onde estão essas multidões?
Quantas pessoas dedicam sequer um momento de seu tempo para confortar o Coração de Jesus que tanto sofreu e ainda sofre por amor à humanidade?
O pedido de Jesus não é por si mesmo, pois Deus é perfeito na Sua beatitude. É um pedido por nós.
É o desejo de que nos permitamos tocar por Seu amor, de que correspondamos à Sua graça e, ao consolá-Lo, encontrar a salvação que Ele tanto deseja nos dar.
E Você, Será um Consolador?
Portanto, eu lhe pergunto: Você já se colocou, mesmo que por um instante, como um consolador do Coração de Jesus?
Já Lhe ofereceu o perfume de um sacrifício aceito com amor? Já tentou estancar, com sua pequena gota de ternura, o mar de esquecimento que O fere?
Se sua resposta é sim, não cesse. Redobre seus esforços. A hora presente clama por consoladores mais do que nunca.
Se é não, não há melhor momento para começar do que agora. Aproxime-se. Ele espera.
Torne-se hoje mesmo um Guardião do Sagrado Coração de Jesus ligando para 0800 006 1223 (Brasil) ou 707 502 677 (Portugal).
O Sagrado Coração de Jesus, fonte de toda misericórdia, palpita de desejo por uma resposta… e essa resposta pode começar com você.





