Há um campo de batalha que muitos ignoram.
E justamente por ignorá-lo… perdem.

Antes que o pecado aconteça, antes que a vontade vacile, antes que a inteligência seja enganada, existe um território onde o demônio trabalha com paciência diabólica:
- as tendências da alma — aquilo que movem nossos gostos, preferências, aversões, simpatias, repulsas, reações quase automáticas.
Quem ensinou isso com precisão cirúrgica foi Plinio Corrêa de Oliveira, no seu clássico Revolução e Contra-Revolução.
Ali ele explica que todo processo de decadência moral começa na sensibilidade, não na razão.
Primeiro altera-se a inclinação… depois justifica-se o desvio… e só então se abraça o erro.
É exatamente o método que o demônio usa — e Padre Pio via isso acontecer diariamente nas almas que atendia.
O demônio age antes da tentação: ele educa a sensibilidade ao erro
O Maligno raramente derruba alguém de uma vez. Ele molda devagar.
Primeiro, faz a alma simpatizar com alguma forma de desordem.
Pode ser um gosto estético, uma música, um ambiente, uma conversa, um estilo de vida, uma certa irreverência, uma postura orgulhosa…
E aquilo que antes causava repulsa começa a parecer indiferente.
Depois, agradável.
Mais tarde, “normal”.
A tendência se corrompe.
E a razão, sentindo-se deslocada, começa a fabricar justificativas.
Plinio Corrêa de Oliveira descreve isso no livro com uma precisão impressionante:
A Revolução começa muito antes de proclamar suas palavras de ordem. Começa quando a alma deixa de amar a ordem, a hierarquia, a pureza e a elevação.
É a mesma lógica espiritual que Padre Pio combatia no confessionário: ele via que a batalha já estava perdida quando a alma deixava de sentir horror ao mal.
Quando o gosto muda, o destino muda
A alma não cai porque decidiu pecar.
Ela cai porque antes de pecar… deixou de amar o bem com a intensidade devida.
É esse o ponto que Plinio desenvolve magistralmente ao falar da ação “pré-revolucionária” nas tendências: quando o católico passa a aceitar — sem perceber — um mundo interior mais confortável, mais mundano, mais solto, menos vigilante.
A mudança do gosto é o primeiro sinal de que a serpente tocou a sensibilidade.
Padre Pio advertia:
“O pecado começa quando a alma admite a conversa da serpente.”
E a serpente não conversa apenas com palavras.
Ela conversa com sensações, com atrações, com curiosidades, com aquele gosto pelo “talvez não seja tão errado assim”.
Como o inimigo estrutura a queda — passo a passo
Tanto Plinio Corrêa de Oliveira quanto Padre Pio descrevem, cada um a seu modo, o mesmo mecanismo:
1. Primeiro, a serpente semeia uma simpatia pela desordem.
Uma pequena concessão. Um gosto estranho. Uma complacência.
2. Depois, fabrica uma justificativa elegante.
“É só estética…”
“Não tem pecado formal…”
“Todos fazem…”
3. A vontade enfraquece, porque a sensibilidade já foi conquistada.
A alma já não reage como deveria. Não luta como antes. Não evita as ocasiões.
4. Por fim, surge a tentação diretamente moral.
E a alma cai, não porque foi fraca naquele momento, mas porque foi moldada para cair muito antes.
Padre Pio sempre insistia: “O demônio primeiro conquista o terreno. Depois planta o pecado.”
A tibieza é o terreno preferido da serpente
O que mais favorece esse processo não é a maldade declarada, mas a tibieza.
Aquela alma que reza pouco… mas acha suficiente.
Evita grandes pecados… mas se acostuma com pequenas concessões.
Fala de Deus… mas se deixa seduzir pelas falas do mundo.
É exatamente o que Revolução e Contra-Revolução chama de ambiente predisponente, onde a alma já não sustenta o olhar elevado.
Quando isso acontece, a tendência se rebaixa, e tudo fica mais próximo do nível do erro.
Padre Pio dizia que a tibieza era “o estado espiritual mais fértil para os projetos do demônio”, porque ali o mal não encontra resistência — encontra preguiça.
Nossa Senhora: a única que devolve à alma o gosto do bem
Se a ação do mal começa nas tendências, a ação da graça também começa ali.
Não é por acaso que a devoção mariana é a coisa que mais enfurece o demônio.
Ela refina a sensibilidade, purifica os gostos, eleva os ideais, devolve o horror ao pecado, fortalece a alma por dentro.
Padre Pio dizia que quem permanecia unido a Nossa Senhora “respirava outro ar”.
A alma ganhava uma espécie de instinto espiritual, capaz de detectar o mal antes mesmo que ele se apresentasse.
É exatamente o contrário da “revolução nas tendências”: é a restauração das tendências, a vitória interior que antecede todas as outras.
Por que este tema é decisivo para os católicos de hoje
Vivemos num mundo saturado de estímulos feitos para deformar as tendências:
- músicas, imagens, influenciadores, estilos de vida, conteúdos, ambientes que se infiltram no senso comum e mudam a forma como a alma sente antes de mudar a forma como ela pensa.
É uma pedagogia de perdição que atua 24 horas por dia.
Plinio Corrêa de Oliveira já alertava:
Se não compreendermos o papel das tendências, jamais entenderemos a profundidade do processo que destrói a civilização cristã.
Padre Pio dizia o mesmo, mas de modo espiritual:
“O demônio vence quando a alma pensa que o mal é apenas um detalhe.”
O erro de muitos católicos é esperar que a tentação venha para então lutar. Mas quando a tentação chega… se a tendência já foi deformada, a batalha está perdida.
A luta verdadeira é antes.
É na pureza do olhar.
Na vigilância do coração.
Na escolha das companhias.
Na harmonia da alma com Nossa Senhora.
Um Apelo à Consciência dos Filhos de Nossa Senhora
Se tudo começa nas tendências, então a grande batalha do nosso tempo não está apenas nos grandes debates, mas dentro das almas.
É aí que o demônio tenta nos vencer.
É aí que ele desfigura a sensibilidade.
É aí que ele nos acostuma com o erro… antes mesmo que percebamos que cedemos.
Plinio Corrêa de Oliveira descreveu isso com clareza profética em Revolução e Contra-Revolução.
Padre Pio combateu isso com lágrimas, suor, penitência e direção espiritual.
E Nossa Senhora pisa a cabeça da serpente justamente porque Ela restitui à alma o gosto pela ordem, pela pureza, pela elevação, pela graça.
Mas esta luta não é teórica.
Ela continua viva — hoje, agora, em nós.
E por trás de tudo isso existe uma pergunta que cada católico sério precisa se fazer:
Quem está moldando as minhas tendências? A graça… ou o mundo? Nossa Senhora… ou a serpente?
Se sentimos que este combate é real — e ele é — precisamos de armas proporcionais ao perigo. E uma das armas espirituais mais eficazes do nosso apostolado é a proteção diária de Padre Pio sobre os seus filhos espirituais.
Aqueles que se unem a ele recebem, por sua intercessão, uma vigilância interior que não se explica apenas pela razão: é uma sensibilidade elevada, um horror ao mal, uma firmeza da alma que impede a serpente de preparar lentamente a queda.
Convite: torne-se hoje um Filho Protegido do Padre Pio
Se você sente no fundo do coração que o mundo está modelando as tendências das almas com uma força inédita…
Se percebe que este combate é maior do que cada um de nós individualmente…
Se entende que ficar neutro é, na prática, permitir que o inimigo avance…
Então faço-lhe um convite que é, ao mesmo tempo, espiritual e apostólico:
- una-se aos Filhos Protegidos do Padre Pio.
É uma obra que mantém de pé este apostolado, é uma forma concreta de sustentar a evangelização, é uma couraça espiritual para sua alma e sua família.
Clique no link abaixo e faça sua inscrição.
Não adie. O mal não adia seus ataques.
Um Problema de Consciência Espiritual
Se você sentiu — mesmo que de leve — que este artigo falou diretamente consigo, então não ignore essa luz interior.
A negligência na batalha interior é a porta pela qual o inimigo entra.
Faça hoje algo que fortaleça a sua alma, proteja a sua família e sustente a missão que diariamente combate a serpente: inscreva-se como Filho Protegido do Padre Pio.





