O Clamor de um Pai no Purgatório: Uma História Real que Comoveu a Bélgica

Em 1870, uma religiosa recebeu visitas da alma de seu pai, revelando verdades sobre a vida após a morte e a necessidade de sufrágios.

 

Em setembro de 1870, Sóror Maria Serafina do Sagrado Coração, religiosa do Mosteiro das Monjas Redentoristinas de Malines, Bélgica, viveu de modo dramático a realidade do purgatório.

Uma tristeza profunda e sem explicação passou a acompanhar seus dias e noites, até que chegou a notícia: seu pai havia tombado nos campos de batalha da Guerra Franco-Prussiana.

Pouco depois, Sóror Maria Serafina começou a ouvir, repetidas vezes, uma súplica angustiada que lhe cortava o coração:

— Minha filha querida, tem piedade de mim! Tem piedade de mim!

A primeira aparição

No dia 14 de outubro, à noite, ao deitar-se, viu seu pai entre a cama e a parede da cela, cercado de chamas e imerso numa tristeza profunda.

À mesma hora, no dia seguinte, rezando a Salve Rainha, a cena se repetiu. Então, Sóror Maria Serafina perguntou:

— Meu pai, cometestes alguma injustiça nos vossos negócios?

— Não, não cometi injustiça alguma. Sofro pelas minhas impaciências contínuas e outras faltas que não te posso dizer.

No dia 27, ele apareceu novamente, desta vez sem chamas, mas queixou-se:

— Ainda não encontro alívio, porque não rezaram suficientemente por mim. Quero que me sejam aplicadas as intenções e as indulgências. Se não me ajudares, eu te atormentarei — Deus o permitiu!

Essas palavras não foram as últimas. Logo, seu pai quis mostrar-lhe onde estava e o que sofria, abrindo diante de seus olhos um cenário que nenhuma imaginação humana poderia criar.

O Purgatório revelado aos olhos da filha

O pai mostrou-lhe uma visão aterradora:

— Olha, olha, minha filha, esta cisterna cheia de fogo em que estou mergulhado! Somos aqui centenas.

E advertiu:

— Deves ser uma religiosa muito santa, minha filha, e observar bem a Santa Regra, ainda nos pontos mais insignificantes. O Purgatório das religiosas, oh! É uma coisa terrível, filha!

E imediatamente Sóror Maria Serafina teve uma visão que era cristalina em seu horror:

Da cisterna, ondas de fumo pálido erguia-se como névoa espessa, não negras, mas acinzentada. O pai, imerso até o peito, não ardia em chamas, mas em um brilho âmbar.

Seu rosto, contorcido por um sofrimento solene, mantinha os olhos fixos no alto, não em desespero, mas em súplica. A boca aberta não gritava, enquanto a língua ressequida demonstrava claramente uma sede.

As “chamas” ali não destruíam, lapidavam; a fumaça não asfixiava, mas velava.

Mas, no meio de tanto sofrimento, havia uma graça concedida por Deus: a de poder falar com a filha. E foi nesse diálogo que ele começou a revelar verdades profundas sobre a sua pena e sobre o Purgatório.

Diante desse retrato terrível do Purgatório, é impossível não pensar na importância de estarmos preparados.

Os Filhos Protegidos do Padre Pio recebem a bênção de contar com suas orações e intercessão contínua, para que nunca lhes falte socorro no momento da morte. Clique e veja como fazer parte.

Três Verdades sobre o Purgatório

O pai revelou que essa graça de poder vir pedir orações foi conquistada por suas boas obras:

— Era extremamente caridoso e devoto de Maria. Comungava em todas as festas da Virgem e ajudei muito na fundação de uma casa de caridade das Irmãzinhas dos pobres da Diocese.

A filha, orientada por seu confessor e pela Superiora, continuou a perguntar:

— As almas do Purgatório conhecem os que rezam por elas e podem rezar por nós?

— Sim, minha filha.

Estas almas sofrem ao saberem que Deus é ofendido no meio de suas famílias e no mundo?

— Sim, e sofrem muito por saberem disso e não poderem fazer nada!

— É verdade que há almas que devem ficar no purgatório até cinquenta anos?

— Sim. Há algumas almas que estão condenadas a expiar os seus pecados até o fim do mundo. São almas bem culpadas e estão abandonadas.

As revelações não pararam aí. Poucos dias depois, ele voltaria trazendo novas advertências e instruções, desta vez sobre o poder do Escapulário.

O Escapulário Pode Libertar Almas após a morte?

No dia seguinte, ele retornou e revelou o motivo pelo qual começou a aparecer para sua filha:

— Estava condenado a diversos anos, mas devo a Nossa Senhora, que intercedeu por mim, ficar reduzida a pena a alguns meses apenas.

Orientada por seu confessor e pela Superiora, continuou a perguntar:

É verdade que todas as pessoas que usam o Escapulário do Carmo são libertadas do Purgatório no primeiro sábado depois da morte?

— Sim, mas é preciso ser fiel às obrigações de quem usa este escapulário.

O escapulário deve ser devidamente recebido de um sacerdote que o imporá segundo a fórmula prescrita no Ritual Romano e prescreverá orações que o fiel deverá rezar diariamente para desfrutar do privilégio sabatino.

Essas obrigações são as seguintes:

1. Portar o escapulário sempre;

2. Rezar as orações prescritas pelo sacerdote que impôs o escapulário;

3. Observar castidade perfeita segundo o próprio estado.

Assim se passaram os dias, entre advertências, súplicas e ensinamentos. Mas a hora da libertação estava próxima, e ela aconteceria na noite mais santa do ano.

Libertação na noite de Natal

De outubro até a noite de Natal, a alma do pai apareceu sempre, recebendo orações e penitências.

Na primeira Missa do Natal, Sóror Maria Serafina o viu, no momento da elevação, “brilhante como o sol, de uma beleza incomparável”:

— Acabei meu tempo de expiação, filha, venho te agradecer e às tuas Irmãs as orações e sufrágios. Rezarei por todas no Céu.

Ao amanhecer, ele apareceu uma última vez:

— Pedirei para tua alma, filha, a graça de uma perfeita conformidade com a vontade de Deus e a graça de entrar no Céu sem passar pelo Purgatório.

E desapareceu num oceano de luz e beleza.

Uma lição para todos nós

Esses fatos, ocorridos entre outubro e dezembro de 1870, foram rigorosamente examinados e aprovados pela Igreja antes de sua divulgação.

Mas mais do que um simples relato, eles são um grito vindo da eternidade: as almas existem, sofrem, e clamam por nós.

A história também nos recorda que a devoção ao Escapulário do Carmo é um auxílio especial prometido por Nossa Senhora, desde que vivido com fidelidade às obrigações.

O pai de Sóror Maria Serafina confirmou o privilégio sabatino e mostrou que a intercessão da Mãe Santíssima pode reduzir até mesmo longos anos de purgação.

Você também pode ter essa confiança em sua vida: inscrevendo-se como Filho Protegido do Padre Pio, coloca-se sob o cuidado do santo capuchinho e da Virgem Maria, recebendo proteção espiritual diária e graças especiais para sua família.

Rezemos, ofereçamos sacrifícios e coloquemo-nos sob a proteção de Nossa Senhora, para que um dia, libertos, possamos ouvir d’Ela: “Vim buscar-te para o Céu.”

Respostas de 3

  1. História de fé, muito linda e comovente e cheia de esperança! Precisamos muito rezar pelas almas do purgatório e também nos prepararmos nas nossas almas.

  2. Deus é perfeito, Ele nos consede muitas maneiras de alcançar a salvação eterna. “tudo concorre para o bem daqueles que ama à Deus.”

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