O alerta do Padre Pio:  Nós podemos ir para o Céu ou para o inferno de uma hora para outra.

Lembrar que nós podemos cair nisso ou subir àquilo de uma hora para outra. Esse é o ponto chave.

E isso depende de nós, que podemos morrer a qualquer momento e ir para o Céu, se estivermos em estado de graça. Se estivermos em estado de pecado, é o inferno. E está acabado!

Quer dizer, nós estamos continuamente em cima de uma ponte constituída por uma só prancha e que pode rachar-se. Nós estamos atravessando a ponte e ao nosso alcance está o céu. É só querer pegar!

E procurando devorar-nos, está o inferno!

Muitas vezes aparece uma cena pecaminosa. E é só nós desviarmos os olhos. É só isso! Mas quanto custa muitas vezes!

É esse custo que Deus quer para nos dar o Céu.

Imaginem alguém que fizesse um bom exame de consciência, tomasse notas e depois… esquecesse esse papelzinho em algum lugar…

“Meu Deus, onde eu deixei esse papelzinho? Será que deixei anotado algo que me identifica?”…

Pânico.

Se uma criatura se incomoda tanto de os outros saberem os seus pecados, imaginem o que seja sentir os próprios pecados vistos por Deus!

Nosso Senhor Jesus Cristo, o Homem Deus está no Céu. A natureza divina dEle faz parte da Santíssima Trindade. A natureza humana dEle constitui com a natureza divina, uma só Pessoa. É Ele!

Imaginem se Nosso Senhor Jesus Cristo aparecesse e começasse a nos olhar, e nós começarmos a ver todos os nossos defeitos percebidos até o fundo. Pois bem, no dia do Juízo, Deus vê.

As Três Pessoas da Santíssima Trindade vêem os nossos defeitos inteiros.

Inclusive os que foram perdoados e que Ele olha com misericórdia e com bondade.

Deus vê as nossas qualidades também, mas vê sobretudo o estado de nossa alma no momento da morte. Isso é um novíssimo, a morte.

Depois vem o juízo, o julgamento de Deus. Este é o lado terrível do julgamento e não o lado suave, afável do julgamento, o lado simplesmente maravilhoso.

Porque se aparece uma alma simplesmente em estado de graça – não precisa ser santo de altar, basta não ter pecado mortal – que Deus deita a Sua atenção cheia de bondade, cheia de afeto para com aquela alma, a qual se sente inundada pelo amor de Deus.

Mas essa inundação do amor de Deus por nós não é uma coisa senão vagamente comparável ao amor que uma pessoa pode ter a outra na terra, por exemplo, de um pai a seu filho, do filho a seu pai.

Quando Moisés perguntou a Deus quem Ele era, Ele deu de Si mesmo esta definição: “Eu sou Aquele que é”.

Ele criou todos os seres, mas não foi criado por ninguém. Tudo teve um começo. Mas Ele existiu desde toda a eternidade.

Ele tem todas as qualidades que um puro espírito pode ter, mas levadas a um grau inimaginável.

Ele não é perfeito, é a perfeição, não é apenas inteligente, é a inteligência, não é bom, Ele é a bondade, não é justo, é a justiça.

Por assim dizer, Ele tem uma personalidade extraordinária, imensa, avassaladora, fortíssima. De maneira que, se nos considera com Sua cólera, Ele nos pulveriza.

Mas se nos considera com o Seu amor, nos envolve todo, nos penetra todo, Se faz um só conosco e nos enche de uma felicidade que não podemos imaginar.

Vem então cortejos de Anjos e de Santos e levam aquela alma para o trono, onde ela começa a entrar no cântico que todos elevam a Deus por toda a eternidade. É uma felicidade sem fim, da qual não se pode ter ideia.

Portanto, nos afastemos de todo o perigo de perdição e de tomar todas as providências para nos assegurar uma boa morte, nenhuma cautela será demasiada para nos garantir a vida eterna.

Os dias de nossa vida são outras tantas graças que Deus nos concede a fim de ajustarmos as nossas contas para a hora da morte. Apressemo-nos, pois não há tempo a perder. A morte é o momento do qual depende nossa eternidade.

A sua sorte depende do último suspiro, do qual, no mesmo instante, a alma ou está salva, ou condenada para sempre.

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