Contemplar suas dores é entrar no mistério da Redenção, onde Maria uniu-se intimamente à Paixão de Cristo.

Um olhar que nos desconcerta
É impossível passar diante de uma imagem de Nossa Senhora das Dores e não sentir o coração apertar.
Há algo naquele olhar… algo que fala diretamente à alma, como que dizendo: “Pára. Olha. Sofre comigo.”
E de fato, essas palavras ecoam nas Escrituras:
“Ó vós todos que passais pelo caminho, parai e vede se há dor semelhante à minha dor” (Lm 1,12).
Não se trata de poesia. É uma realidade viva. A dor de Maria é única. Não apenas por ser profunda, mas porque foi unida à do seu Filho, o Salvador.
As origens de uma devoção profunda
A liturgia da Igreja, especialmente no dia 15 de setembro, dedica-se a essa Mãe que sofreu como nenhuma outra.
Mas antes de ser incluída no calendário litúrgico, essa devoção já era nutrida no coração de santos como Santo Anselmo e de monges cistercienses e beneditinos, que contemplavam a Virgem Maria aos pés da Cruz, em silêncio, firme, cheia de dor… mas cheia de amor.
Foi ali, no Calvário, que Maria se tornou nossa Mãe espiritual. Ela não gritou. Não caiu. Apenas permaneceu. E como é difícil permanecer!
Uma espada atravessou a alma da Mãe
Quando o profeta Simeão profetizou que uma espada transpassaria a alma da Virgem, ele já anunciava o caminho que ela deveria percorrer. E Maria percorreu. Do presépio ao Calvário.
Ali, aos pés da Cruz, o amor falou mais alto que a dor. Não havia glória, apenas sangue, silêncio e cruz. Mas ela ficou.
E por isso, a tradição católica lhe atribui o título de Corredentora, pois uniu suas dores às de Cristo, oferecendo-se com Ele pela salvação da humanidade.
Esse mesmo caminho do amor na dor também foi apresentado aos pastorinhos por Nossa Senhora em Fátima. Assim como Maria, eles souberam sofrer em silêncio, oferecendo tudo pelas almas.
A Dor que nos Salva
Mas a festa de Nossa Senhora das Dores não é apenas memória das dores que a Mãe de Deus experimentou. Ela é, sobretudo, um convite para que, assim como Maria, unamos nossos sofrimentos aos de Cristo.
Como filhos dEla, podemos unir nossas dores às d’Ela e encontrar forças para perseverar mesmo nos momentos mais difíceis.
É por isso que tantos católicos buscam formas concretas de corresponder a esse apelo.
Tornar-se Missionário de Fátima é uma forma concreta de viver essa união de sofrimentos e bênçãos, recebendo graças especiais e participando de Missas mensais com suas intenções.
Dores que duram até hoje
Segundo o filósofo Blaise Pascal, a agonia de Cristo dura até o fim do mundo. E Maria, como Mãe, continua sofrendo com cada pecado cometido, com cada filho que se afasta de Deus.
Foi isso que ela revelou em Fátima aos três pastorinhos: seu Coração Imaculado está ferido. E espera por almas dispostas a consolá-lo, oferecendo orações, sacrifícios e amor.
Você estaria disposto a consolar a Mãe de Deus?
Porque não basta apenas sentir compaixão… é preciso responder com generosidade. A dor de Nossa Senhora continua viva, e Ela ainda procura corações dispostos a se oferecer por amor.
Se essa resposta arde em seu coração, então talvez seja hora de dar um passo a mais.
Conheça o grupo Missionários de Fátima e junte-se àqueles que decidiram consolar a Mãe de Deus com a vida, a oração e o sacrifício.
Que o nosso consolo à Mãe Dolorosa seja feito de oração, entrega e fidelidade. Pois, ao consolar Maria, consolamos o próprio Coração de Jesus.





